segunda-feira, 20 de junho de 2016
Inauguramos, no dia 14 de junho, em Passo Fundo, RS, o centro de tratamento de câncer infanto-juvenil, no Hospital São Vicente de Paulo. É um Local específico para crianças que inclui sala de aula e professores municipais para não haver perda de aulas. Destinei R$ 800 mil em emenda parlamentar dois anos atrás. Hoje virou realidade! Sigamos ajudando a salvar vidas. Nosso próximo passo é a construção do Centro de transplante de medula óssea aqui no norte do RS.
quinta-feira, 16 de junho de 2016
Celebramos, hoje, 2 anos da Unidade de Transplante de Medula Óssea Pietro Albuquerque no ICDF. 129 transplantes já realizados!
Neste mês já somos 4.017.142 doadores de medula cadastrados no Registro Nacional! Se você não é doador, vá até o Hemocentro e cadastre-se!
Dona Eliane Bueno fez Transplante de Medula na Unidade Pietro Albuquerque no ICDF há 2 meses! Feliz da vida! #2AnosUnidadePietro
quarta-feira, 15 de junho de 2016
Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital
São Vicente de Paulo é inaugurado
No final da tarde de ontem (14) foi inaugurado o Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente de Paulo. A nova estrutura vai proporcionar o atendimento especial a crianças, jovens e adolescentes de 0 a 19 anos com câncer.
Conforme o presidente do Hospital São Vicente, Décio Ramos de Lima, a inauguração é um marco histórico. Ele destaca que a sede já está funcionando e disponibiliza equipamentos modernos e uma equipe médica especializada no tratamento de câncer.
O ex-deputado federal Beto Albuquerque também esteve presente na inauguração do espaço, que contou verbas de uma emenda parlamentar ainda do seu mandato. Beto destacou que a inauguração é muito importante, pois as crianças precisam de um espaço, e um atendimento especial, principalmente quando se trata de câncer.
Na oportunidade o prefeito Municipal Luciano Azevedo destacou também, que é um momento muito importante para a cidade e toda a região, e que deve ser muito valorizado. A população ganha mais uma estrutura para melhorar a qualidade de vida.
O novo Centro irá atender aproximadamente 2 milhões de pessoas, não só de Passo Fundo, mas de toda a região. Foram investidos 1 milhão e 200 mil reais. A nova sede funciona na Rua 15 de novembro 485, 4° andar ao lado da Pediatria.
Com informações da Rádio Uirapuru
São Vicente de Paulo é inaugurado
No final da tarde de ontem (14) foi inaugurado o Centro Oncológico Infantojuvenil do Hospital São Vicente de Paulo. A nova estrutura vai proporcionar o atendimento especial a crianças, jovens e adolescentes de 0 a 19 anos com câncer.
Conforme o presidente do Hospital São Vicente, Décio Ramos de Lima, a inauguração é um marco histórico. Ele destaca que a sede já está funcionando e disponibiliza equipamentos modernos e uma equipe médica especializada no tratamento de câncer.
O ex-deputado federal Beto Albuquerque também esteve presente na inauguração do espaço, que contou verbas de uma emenda parlamentar ainda do seu mandato. Beto destacou que a inauguração é muito importante, pois as crianças precisam de um espaço, e um atendimento especial, principalmente quando se trata de câncer.
Na oportunidade o prefeito Municipal Luciano Azevedo destacou também, que é um momento muito importante para a cidade e toda a região, e que deve ser muito valorizado. A população ganha mais uma estrutura para melhorar a qualidade de vida.
O novo Centro irá atender aproximadamente 2 milhões de pessoas, não só de Passo Fundo, mas de toda a região. Foram investidos 1 milhão e 200 mil reais. A nova sede funciona na Rua 15 de novembro 485, 4° andar ao lado da Pediatria.
Com informações da Rádio Uirapuru
Lei de Beto Albuquerque deve estimular
aumento do número de doadores de sangue no país
No Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira (14/06), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para a necessidade de um aumento rápido de doações voluntárias.No Brasil, apenas 1,8% dos mais de 200 milhões de brasileiros doa sangue. De acordo com a OMS, um país precisa de, pelo menos, 3% a 5% da população como doadora para que não haja desabastecimento.
Autor da lei 13.289/2016, que institui o Selo Empresa Solidária com a Vida, o ex-deputado federal e vice-presidente nacional do PSB Beto Albuquerque acredita que, com a regulamentação da medida, o número de doadores de sangue deve aumentar no país. “A lei foi pensada para aqueles que são solidários e voluntários, mas têm dificuldades de emprestar seu apoio a quem precisa porque a burocracia ou má vontade em alguns casos nas empresas privadas não facilitam ou permitem a saída em horário de expediente”, explicou Beto Albuquerque.
Sancionada em maio pelo presidente em exercício, Michel Temer, a lei cria o selo para empresas que promovam a doação de sangue e o cadastro de seus funcionários como doadores de medula óssea.
A meta do Ministério da Saúde é ampliar o número de doações dos atuais 1,8% da população para algo em torno de 2,2% a 2,3% nos próximos cinco anos.
Na última semana, o titular da pasta, ministro Ricardo Barros, decidiu criar um grupo de trabalho para viabilizar o cadastro nacional dessas empresas que incentivam seus funcionários. Beto será um dos integrantes do grupo de trabalho. “Doar sangue é uma ato de amor à vida. Às vezes vamos ajudar os outros e em outras poderemos precisar dos outros”, declarou o socialista.
De acordo com a OMS, os 193 países que compõem a Organização das Nações Unidas, apenas 62 têm o total do seu fornecimento de sangue a partir de doadores voluntários, e 35 ainda dependem de doadores familiares e até mesmo de doadores pago em mais de 75% do seu estoque.
A organização avalia que, em muitos países, a procura excede a oferta e os serviços enfrentam o desafio de tornar o sangue disponível suficiente para o atendimento. Um suprimento adequado só pode ser assegurado por meio de doações regulares voluntárias e não remuneradas.
terça-feira, 14 de junho de 2016
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Passo Fundo pode ter unidade de transplante de medula
Com intermédio do ex-deputado federal Beto Albuquerque, a unidade pode ser implantada no Hospital São Vicente de Paulo. O Projeto deve ser encaminhado ao Ministério da Saúde para a captação de recursos
Você já ouviu falar no Diário de Bia – Vencendo a Leucemia? Essa é uma página do Facebook que foi projetada para contar os conflitos de Beatriz Arantes, de 20 anos, para vencer a Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Através da página, que já tem mais de 185 mil curtidas, a estudante de Publicidade e Propaganda que mora em São Paulo mostra que, apesar do caminho em direção da cura ser difícil, não se deve esmorecer: a esperança é a principal aliada nessa luta.
O diagnóstico veio no dia 30 de agosto do ano passado, quando ela começou a apresentar manchas escuras pelo corpo. A ideia de registrar os passos do tratamento, segundo a mãe, foi pensada pela quantidade de mensagens que a família recebia. Hoje, além de contar sobre as consultas, a página centraliza informações sobre a doença e reúne as palavras de carinho de quem está enfrentando a doença ou já perdeu um familiar ou amigo por conta dela.
Bia permaneceu muito tempo no hospital, recebeu transfusões de sangue e passou pelas sessões de quimioterapia. Ela deixou o hospital no final de março deste ano. Depois, veio a notícia que ela precisaria do transplante de medula óssea. “Achei que meu tratamento e os dias no hospital haviam acabado, pois é muito difícil passar por isso. Fiquei um pouquinho chateada e até chorei... Mas não estou triste. Deus sabe o que é melhor para mim”, escreveu no dia 11 de maio.
Quando se descobre uma leucemia, a probabilidade de que seja necessário o transplante de medula óssea é muito grande. No início do tratamento da Bia, toda a família foi chamada para um teste de compatibilidade e, de 25% de chances, ninguém é compatível. Encontrar um doador no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), cujos dados são cruzados automaticamente com o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) tornou-se a única esperança. Dos mais de 3,7 milhões de doadores cadastrados e, com 0.001% de chance de haver um doador compatível, a Bia encontrou dois. “Você tem noção de como Deus é maravilhoso? Você tem noção do tamanho deste milagre”, questionou antes mesmo de saber se precisaria do transplante, que está marcado para o próximo dia 21.
A leucemia é uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. A produção de glóbulos brancos fica descontrolada e o funcionamento da medula óssea saudável torna-se cada vez mais difícil, diminuindo progressivamente a produção de células normais. Assim como no caso de Bia, muitos pacientes precisam de um transplante para viver, que requer um tratamento que destrói a sua medula para o recebimento das células contidas na do doador.
Uma notícia tem animado as pessoas que enfrentam, já enfrentaram a leucemia ou que apenas olham com sensibilidade à causa: começaram os acertos para a implantação de uma unidade de transplante de medula óssea no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). Numa reunião em Porto Alegre, entre o ex-deputado federal Beto Albuquerque, o médico Pablo Santiago, que é pediatra do setor de oncologia infantil do HSVP, Alberto Kaemmer, da Direção do Instituto do Câncer do HSVP e Cláudio Baumgarten, da Direção do Hospital Regina, em Novo Hamburgo, foi um definido calendário para apresentação do projeto, que será encaminhado ao Ministério da Saúde.
Essa possibilidade foi cogitada com a inauguração do Centro de Oncologia Pediátrica no hospital, que vai acontecer no dia 14 através de uma emenda parlamentar de Beto, que perdeu um filho pela leucemia e, desde então luta para aumentar o número de cadastrados no Redome. O ex-deputado é autor da Lei 11.930/2009, conhecida como a Lei Pietro, que instituiu a Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, e a Lei 13.289/2016, que concede o Selo Empresa Solidária com a Vida às empresas que adotarem políticas para conscientizar e estimular os funcionários a doar sangue e medula óssea.
Beto afirma que tudo o que foi possível será feito para que o hospital possa fazer os transplantes, facilitando-os tanto para os receptores. “Serei um parceiro incondicional do projeto e farei a interlocução com o Ministério para viabilizar a instalação dessa unidade na nossa cidade, que já é destaque na área da saúde”, enfatiza.
FONTE: DIÁRIO DA MANHÃ/PASSO FUNDO
Com intermédio do ex-deputado federal Beto Albuquerque, a unidade pode ser implantada no Hospital São Vicente de Paulo. O Projeto deve ser encaminhado ao Ministério da Saúde para a captação de recursos
Você já ouviu falar no Diário de Bia – Vencendo a Leucemia? Essa é uma página do Facebook que foi projetada para contar os conflitos de Beatriz Arantes, de 20 anos, para vencer a Leucemia Mieloide Aguda (LMA). Através da página, que já tem mais de 185 mil curtidas, a estudante de Publicidade e Propaganda que mora em São Paulo mostra que, apesar do caminho em direção da cura ser difícil, não se deve esmorecer: a esperança é a principal aliada nessa luta.
O diagnóstico veio no dia 30 de agosto do ano passado, quando ela começou a apresentar manchas escuras pelo corpo. A ideia de registrar os passos do tratamento, segundo a mãe, foi pensada pela quantidade de mensagens que a família recebia. Hoje, além de contar sobre as consultas, a página centraliza informações sobre a doença e reúne as palavras de carinho de quem está enfrentando a doença ou já perdeu um familiar ou amigo por conta dela.
Bia permaneceu muito tempo no hospital, recebeu transfusões de sangue e passou pelas sessões de quimioterapia. Ela deixou o hospital no final de março deste ano. Depois, veio a notícia que ela precisaria do transplante de medula óssea. “Achei que meu tratamento e os dias no hospital haviam acabado, pois é muito difícil passar por isso. Fiquei um pouquinho chateada e até chorei... Mas não estou triste. Deus sabe o que é melhor para mim”, escreveu no dia 11 de maio.
Quando se descobre uma leucemia, a probabilidade de que seja necessário o transplante de medula óssea é muito grande. No início do tratamento da Bia, toda a família foi chamada para um teste de compatibilidade e, de 25% de chances, ninguém é compatível. Encontrar um doador no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), cujos dados são cruzados automaticamente com o Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) tornou-se a única esperança. Dos mais de 3,7 milhões de doadores cadastrados e, com 0.001% de chance de haver um doador compatível, a Bia encontrou dois. “Você tem noção de como Deus é maravilhoso? Você tem noção do tamanho deste milagre”, questionou antes mesmo de saber se precisaria do transplante, que está marcado para o próximo dia 21.
A leucemia é uma doença maligna com origem nas células imaturas da medula óssea. A produção de glóbulos brancos fica descontrolada e o funcionamento da medula óssea saudável torna-se cada vez mais difícil, diminuindo progressivamente a produção de células normais. Assim como no caso de Bia, muitos pacientes precisam de um transplante para viver, que requer um tratamento que destrói a sua medula para o recebimento das células contidas na do doador.
Uma notícia tem animado as pessoas que enfrentam, já enfrentaram a leucemia ou que apenas olham com sensibilidade à causa: começaram os acertos para a implantação de uma unidade de transplante de medula óssea no Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). Numa reunião em Porto Alegre, entre o ex-deputado federal Beto Albuquerque, o médico Pablo Santiago, que é pediatra do setor de oncologia infantil do HSVP, Alberto Kaemmer, da Direção do Instituto do Câncer do HSVP e Cláudio Baumgarten, da Direção do Hospital Regina, em Novo Hamburgo, foi um definido calendário para apresentação do projeto, que será encaminhado ao Ministério da Saúde.
Essa possibilidade foi cogitada com a inauguração do Centro de Oncologia Pediátrica no hospital, que vai acontecer no dia 14 através de uma emenda parlamentar de Beto, que perdeu um filho pela leucemia e, desde então luta para aumentar o número de cadastrados no Redome. O ex-deputado é autor da Lei 11.930/2009, conhecida como a Lei Pietro, que instituiu a Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, e a Lei 13.289/2016, que concede o Selo Empresa Solidária com a Vida às empresas que adotarem políticas para conscientizar e estimular os funcionários a doar sangue e medula óssea.
Beto afirma que tudo o que foi possível será feito para que o hospital possa fazer os transplantes, facilitando-os tanto para os receptores. “Serei um parceiro incondicional do projeto e farei a interlocução com o Ministério para viabilizar a instalação dessa unidade na nossa cidade, que já é destaque na área da saúde”, enfatiza.
FONTE: DIÁRIO DA MANHÃ/PASSO FUNDO
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Adolescente que luta contra leucemia se prepara para olimpíada de matemática
Oziel, de 16 anos, que está internado em Campinas, conseguiu autorização especial para fazer, no hospital, prova de olimpíada de matemática
No fim de 2015, Oziel recebeu um diagnóstico de diabetes tipo 1. No início deste ano, o quadro clínico se agravou, com alterações significativas em exames laboratoriais e sangramentos na boca, o que levantou a hipótese até de dengue hemorrágica. “Primeiro, fui internado em Governador Valadares, mas lá não tem o tratamento. Depois disso, procuramos vários hospitais em Minas Gerais, porém acabei vindo para São Paulo”, contou o jovem.
Aluno do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual de Goiabeira, Oziel sonha com uma medalha de ouro nas olimpíadas de matemática, além de tentar uma vaga em curso de administração ou de medicina, no fim de 2017. O jovem, que recebeu o mesmo nome do pai, mora em um sítio, onde a família mantém pequena plantação para o seu sustento. No hospital, Oziel conta que sente falta de suas tarefas com as plantas e com os animais, mas diz que aproveita o tempo de internação para estudar. “Ontem, comecei a estudar depois do almoço e só terminei às 20h30”, contou.
Mas é quando se fala em matemática que o jovem se empolga de verdade: “Tudo o que falam que é conta, eu gosto. Fazer equação de segundo grau é diversão para mim. Faço o dever de casa não por obrigação, mas porque eu gosto”, disse. Hoje, sua rotina é divida entre sessões de quimioterapias e livros sobre a cama, com acompanhamento da pedagoga Cibelle. Oziel admite que gosta de assistir a alguns filmes, mas prefere aproveitar o acesso à internet para resolver questões do banco de provas da olimpíada.
O pai do garoto, Oziel de Oliveira Rodrigues, de 44, se enche de orgulho ao falar do único filho. Para a família, foi um momento muito difícil receber o diagnostico do menino. “Vê-lo melhorando e empenhado nos estudos nos dá alegria”, contou. “Ele sempre gostou de estudar. Nunca deu trabalho para ir à escola. Dava trabalho, sim, era para as professoras, porque vivia perguntando várias coisas que nem elas sabiam responder”, lembrou.
OBJETIVOS Em relação à competição, depois de seis participações, nas quais já recebeu duas menções honrosas (2012 e 2013), a meta do adolescente é o lugar mais alto do pódio. Para isso, já tem a garantia de fazer a primeira fase da 12ª Obmep, que ocorrerá no dia 7. As provas são realizadas pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e resolvidas nas escolas por turmas do ensino médio e do sexto ao nono ano do ensino fundamental. Segundo o regulamento do instituto, cada escola participante deve fazer a correção das avaliações e 5% dos alunos com as melhores pontuações são selecionados para a segunda fase da competição.
A coordenadora nacional da Obmep, Mônica Souza, contou que a escola de Oziel procurou o coordenador regional do Impa para contar sua história e revelar o desejo do estudante de participar. A situação inédita contará com a coordenação regional olimpíada em Campinas, que se responsabilizará pela aplicação e pelo envio dos dados do teste à escola. “Eles conversarão com a equipe médica para definir o melhor horário para o aluno fazer a prova”, explicou Mônica.
Para o oncologista pediátrico Amilcar Cardoso de Azevedo, que acompanha o adolescente há cerca de dois meses, o garoto tem total condição de participar da competição. “Ele já está na segunda fase do tratamento e responde muito bem. A expectativa é de que em breve possa ir para casa”, afirmou.
Enquanto isso...
Romerinho vai começar terapia
Passados 15 dias desde o embarque para a Califórnia patrocinado por uma campanha que bateu recorde de solidariedade, arrecadando R$ 800 mil em 20 dias, Romero Junio Silva do Espírito Santo, o Romerinho, de 16 anos, conclui os últimos exames para iniciar o tratamento no Hospital City of Hope.
Pelo tom da voz na ligação, é possível perceber que ele mantém o otimismo de sempre. A hematologista Cláudia de Bessa Solmucci, que se tornou sua madrinha, acompanha de perto o garoto. A campanha segue agora com a meta de trazer para o Brasil a instituição em que ele está se tratando contra a leucemia linfoblástica aguda. Na página #somostodosromerinho, no Facebook, está aberto um abaixo-assinado virtual.
Passados 15 dias desde o embarque para a Califórnia patrocinado por uma campanha que bateu recorde de solidariedade, arrecadando R$ 800 mil em 20 dias, Romero Junio Silva do Espírito Santo, o Romerinho, de 16 anos, conclui os últimos exames para iniciar o tratamento no Hospital City of Hope.
Pelo tom da voz na ligação, é possível perceber que ele mantém o otimismo de sempre. A hematologista Cláudia de Bessa Solmucci, que se tornou sua madrinha, acompanha de perto o garoto. A campanha segue agora com a meta de trazer para o Brasil a instituição em que ele está se tratando contra a leucemia linfoblástica aguda. Na página #somostodosromerinho, no Facebook, está aberto um abaixo-assinado virtual.
terça-feira, 24 de maio de 2016
SANCIONADA LEI DE BETO ALBUQUERQUE
QUE ESTIMULA DOAÇÃO DE SANGUE E DE MEDULA
As pessoas jurídicas que receberem o selo poderão usar a marca em propagandas e em publicações promocionais. Além disso, serão inscritas no Cadastro Nacional de Empresas Solidárias com a Vida. A cada ano, cinco delas serão premiadas com o título Empresa Campeã de Solidariedade. “Vamos conceder o ‘Selo Empresa Solidária com a Vida’ para aquelas que adotarem políticas internas que promovam campanhas de esclarecimentos e criem meios de facilitação aos seus funcionários para doarem sangue e se cadastrarem como doadores de medula óssea”, explicou Beto, que é presidente do PSB/RS e vice-presidente nacional da sigla.
O objetivo do programa é homenagear as empresas solidárias com a vida e informar os trabalhadores sobre a doação de sangue e os procedimentos para fazer parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Tem ainda o propósito de estimular as empresas a concederem condições ao trabalhador para que ele possa doar ou cadastrar-se como doador de medula óssea. “Isto porque os hemocentros funcionam em horário de trabalho o que impede trabalhadores de comparecerem e prestarem sua solidariedade”, completou o socialista.
Beto Albuquerque ressaltou também que os bancos de sangue e os centros de transplante de medula óssea carecem de doadores. A mesma avaliação tem o relator da proposta na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), senador Elmano Férrer (PTB-PI). Para ele, a ideia é que as empresas sejam as intermediárias entre os hemocentros e os cidadãos.
Com informações da Agência Senado
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
Hemoce atinge recorde de doações e inova em tecnologia e serviços
O balanço do ano de 2015 para o Hemoce foi positivo. Além do crescimento de 4,8% no número de doações em relação a 2014, houve inovações tecnológicas e implantação de novos serviços. Em todo o Ceará, foram registradas 110.355 doações de sangue pela Hemorrede Estadual entre o dia 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015. Mais do que as 105.279 doações recebidas em 2014. Esse número representa um recorde nos 32 anos de funcionamento do órgão.
“Nós agradecemos a todos que dedicaram algumas horas do dia para ajudar a quem precisa doando sangue. Foi um número que superou as expectativas e isso é a prova que a população cearense faz desse gesto de amor, um compromisso”, afirma a diretora geral do Hemoce, Luciana Carlos. Um dos períodos em que houve maior número de doações ocorreu durante a Semana Nacional do Doador Voluntário de Sangue, que aconteceu de 23 a 29 de novembro. Durante a semana comemorativa, foram contabilizadas 3.439 doações nas unidades do Hemoce em apenas sete dias.
Além do crescimento nas doações de sangue, o Hemoce superou a meta de cadastro de doadores de medula óssea em 2015. Mais de 20 mil pessoas foram cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), um sistema criado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), para registrar as informações de possíveis doadores. A cota estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 15 mil voluntários, anualmente. Desde 2000 o Hemoce já cadastrou 154.758 pessoas no Redome. Com isso aumenta as chances de compatibilidade entre doadores e pacientes do mundo inteiro que aguardam para realizar transplante de medula óssea.
Em 2015, foi realizado no Ceará o primeiro transplante de aplasia medular, o procedimento é resultado da parceria do Hemoce com o Hospital Universitário Walter Cantídio. A paciente transplantada foi uma mulher de 30 anos de idade, que mora na cidade de Pacatuba, a dona de casa já recebeu alta e passa bem. De acordo com o Hematologista Fernando Barroso, chefe da equipe de transplante do Hemoce e do HUWC, a doença provoca a falência da medula, ou seja, a produção das células do sangue deixa de existir e em alguns pacientes a única chance de sobrevivência é o transplante. A parceria entre o Hemoce e o Hospital Universitário acontece desde 2008 e iniciou com a realização de transplantes de medula óssea autólogo, quando a medula transplantada é do próprio paciente.
Mais inovações foram agregadas ao Hemoce em 2015, que passou a ter o primeiro banco de tecidos ovarianos do Ceará. É o único serviço público do Brasil a contar com esse tipo de procedimento. Com a nova técnica, as mulheres que tiveram diagnóstico de câncer podem manter sua fertilidade após o tratamento oncológico. De acordo com o ginecologista João Marcos Meneses, responsável pelo projeto, os ovários das pacientes que se submetem a radioterapia ou quimioterapia sofrem agressão química ou física durante o tratamento contra o câncer, podendo causar a infertilidade e até a menopausa precoce, ou seja, impossibilitando ou dificultando futuras gestações. Para tornar o sonho da gravidez uma realidade, os óvulos das pacientes com câncer, que ainda não se submeteram a quimioterapia, são congelados por tempo indeterminado. No futuro, quando a paciente já estiver curada do câncer, o óvulo pode ser reimplantado para tornar possível a gravidez.
Foi em 2015 que o Ceará se tornou o primeiro Estado do país a ter uma Hemorrede pública totalmente informatizada pelo padrão ISBT 128, código internacional para identificação de hemocomponentes, o que torna possível a identificação das bolsas de sangue em qualquer parte do mundo, de acordo com padrões da Organização Mundial da Saúde e recomendações do Ministério da Saúde. Outra conquista da Hemorrede foi à centralização dos testes de classificação sanguínea dos doadores da hemorrede no Hemocentro Coordenador de Fortaleza, a exemplo do que já acontecia nos laboratórios de sorologia e biologia molecular – NAT. De acordo com Denise Brunetta, médica coordenadora do setor, essa centralização trouxe padronização para os exames de todos os doadores aumentando a segurança e qualificação dos resultados.
Oferecer serviços de excelência é uma das missões do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará e, em 2015, o Hemoce recebeu mais uma vez a certificação ISO 9001:2008, isto significa que hemocentro do Ceará possui um sistema de gestão e qualidade com padrão internacional voltado para o ciclo do sangue. Desde 2012 o Hemoce é certificado pela norma ISO 9001:2008 e este é o segundo ciclo de certificação que o órgão participa. Cada ciclo é divido em três anos. O Hemoce ainda passa por mais duas auditorias, a primeira em 2016, e a segunda em 2017, para assegurar que o padrão continua sendo aplicado.
O Hemoce ajuda diariamente a salvar vidas de pessoas que depende das transfusões de sangue e transplante de medula óssea para sobreviver. O sangue doado na Hemorrede Estadual abastece 388 serviços de saúde entre hospitais, UPAs, policlínicas e clinicas de hemodiálise, atendendo cerca de 8 milhões de cearenses nos 184 municípios do Estado.
O que é necessário para doar:
Para ser um doador de sangue é preciso: estar saudável, bem alimentado, ter mais de 50kg, ter entre 16 a 69 anos de idade e apresentar um documento oficial e original com foto. Atenção: os menores de 18 anos precisam apresentar o termo de consentimento para menores de 18 anos, disponível para download no site do Hemoce (www.hemoce.ce.gov.br).
07.01.2016
Assessoria de Imprensa do Hemoce
Natássya Cybelly - (85) 3101-2308
imprensahemoce@gmail.com
Ana Martins
Gestora de Célula / Monitoramento
Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado
Casa Civil
comunicacao@casacivil.ce.gov.br / 85 3466.4898
quinta-feira, 7 de janeiro de 2016
Saiba a diferença entre a doação de medula óssea e do cordão umbilical
O sangue do cordão umbilical do recém-nascido é rico em células-tronco, que são capazes de se diferenciar nos diversos tipos de células do sangue. Por isso, o sangue nele contido pode ser doado, e deve ser armazenado em baixíssimas temperaturas, com o objetivo de utilizá-lo em tratamentos e transplantes.
Antigamente, o material contido tanto no cordão, quanto na placenta eram descartados. Hoje, com a tecnologia, pode-se guardar o sangue em um tanque de nitrogênio e manter as células-tronco disponíveis para serem utilizadas no tratamento de doenças que necessitam do transplante de medula óssea.
O transplante de medula óssea é uma opção de tratamento para as pessoas que têm doenças relacionadas ao sangue. Ele substitui a medula doente por uma medula nova, sadia. No entanto, a probabilidade de compatibilidade entre o doador e o doente é muito difícil, quando não se encontram doadores na mesma família, a chance de achar alguém compatível é de uma em um milhão.
O processo de coleta dos doadores de medula óssea é simples. Primeiramente é feita uma coleta de um hemograma para verificar a tipagem genética. Depois os dados são lançados em um cadastro de busca nacional. Assim, os pacientes que necessitam do transplante podem consultar o cadastro e checar se existe algum doador com o perfil genético necessário. Caso encontre, o doador será acionado e questionado a respeito da possibilidade de doação.
A hemoterapeuta e hematologista do Banco de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário, Ana Luísa Pedroso, explica que "a compatibilidade genética para um transplante de uma medula óssea, tem que estar muito próxima de 100%, isso quando a fonte, o material que vai ser trabalhado, também é uma medula óssea. Quando temos a célula-tronco do sangue de cordão, que é uma célula-tronco com características semelhantes à de medula óssea, mas vinda de uma outra fonte, e que até então era descartada, você consegue realizar um transplante com pelo menos 70% de compatibilidade". Daí vem a importância da doação do cordão umbilical, pois com isso, crescem as chances de encontrar alguém com perfil genético compatível ao do paciente.
O Ministério da Saúde montou uma rede de bancos públicos de sangue de cordão umbilical. A coleta é feita em uma maternidade pública, após a passagem da mãe por uma triagem. Caso a mãe aceite doar o material, a coleta é feita durante o parto. Após feitos testes sorológico e de viabilidade, se aprovado, o sangue é processado e estocado.
Alguns dos requisitos exigidos para a doação do sangue do cordão umbilical são: a mãe deve ter entre 18 e 35 anos, deve ter, pelo menos, duas consultas de pré-natal formalizadas, não pode ter tido nenhuma doença infectocontagiosa durante a gravidez, o parto deve acontecer, no mínimo, com 37 semanas de gravidez, o recém-nascido não pode ter nascido com algum sofrimento e o volume coletado não pode ser inferior a 100 ml, dentre outros requisitos. O procedimento é pago pelo SUS.
Fonte: Gotas Salvadoras
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Governo do RS realiza ato alusivo à Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
Nesta sexta-feira (18), o Governo do Estado do Rio Grande do Sul realizou solenidade alusiva a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que iniciou na segunda-feira (14). O ato, que acontece no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, contou com a presença do governador José Ivo Sartori, da secretária de Políticas Públicas, Maria Helena Sartori, e dos secretários da Saúde, João Gabardo, e do Trabalho e Assistência Social, Miki Breier, além de deputados e lideranças. Até 21 de dezembro, serão realizadas diversas ações de incentivo ao cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), em todo o Brasil.
A abertura oficial deste ano aconteceu em Recife (PE), onde a força da solidariedade e o engajamento em favor da vida marcaram a cerimônia, no Palácio do Campo das Princesas, com a presença do governador Paulo Câmara e do prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que se cadastraram como doadores. Na quarta-feira (16) foi a vez do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, abraçar a campanha em grande ato realizado na Capital Federal.
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do então deputado federal Beto Albuquerque (RS), que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do ex-parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença. De acordo com Beto o foco deste ano é convocar os quatro milhões de cadastrados no País a atualizarem seus dados. “Hoje cerca de 20% dos cadastrados no Redome não são encontrados. Por isso, faço um apelo aos 300 mil gaúchos que estão no Banco de Cadastro para que atualizem seus dados”.
Após a abertura, as irmãs Flávia e Fernanda Lima deram um testemunho emocionante do transplante realizado com sucesso há 17 anos. “É muito bom poder salvar a vida de alguém, ainda mais de uma irmã”, destacou Flávia.
Número de doadores vem aumentando no RS
Em 2009, quando a Lei Pietro foi instituída, o Rio Grande do Sul tinha 45 mil doadores e hoje conta com cerca de 300 mil. Beto revelou que a meta no pais é atingir 10 milhões de cadastrados, pois a chance de encontrar um doador compatível é um em 100 mil. “Essa não é uma meta para ontem, mas é uma meta totalmente possível de atingirmos. É muito importante que o Norte e o Nordeste avancem no número de cadastrados, pois o Brasil tem uma diversidade genética muito bem distribuída”, destacou Albuquerque.
Saiba mais
Este é o sétimo ano de realização da campanha e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016 o Brasil irá registrar 10.070 novos casos de leucemia, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
'A medulinha pegou', celebra pais em MG após transplante da filha
"O milagre chegou. Minha medulinha pegou!" foi uma das frases na mensagem publicada por Ione Vilela nas redes sociais para comemorar o sucesso do transplante de medula óssea da filha Isabella, de 6 anos. Era a única solução para a família de Juiz de Fora, que voltou a lutar contra a leucemia neste ano.
O doador, que vive nos Estados Unidos, foi encontrado em outubro. O transplante foi realizado em 24 de novembro no hospital Samaritano, em São Paulo, onde a menina está internada desde 29 de julho para o tratamento.
"Mais uma vez, muito emocionados, vamos dividir com vocês esse momento tão feliz quanto o dia em que a nossa Bebella nasceu. Hoje [quarta] tivemos mais uma bênção de Deus e a medula pegou!! Sabemos que temos um longo caminho pela frente!! Muitas vindas ao hospital, exames... Mas também estamos certos de que Deus continuará abençoando nossos caminhos", explicou a mãe na mensagem.
Isabella foi diagnosticada com leucemia pela primeira vez em dezembro de 2013, quando estava com 4 anos e meio. Após meses de quimioterapia, a doença entrou em remissão em meados de 2014, mas retornou em maio deste ano, quando a menina reiniciou o tratamento. No agradecimento, Ione Vilela ressaltou todos os médicos e instituições onde Isabella foi cuidada em Juiz de Fora e em São Paulo, além das pessoas que abraçaram a campanha #UmAnjoparaBella em prol do cadastramento de doadores e a pessoa, ainda desconhecida, que permitiu a cura da filha.
"Não seria possível sem o nosso querido anjo doador!! Te amamos!! Não seria possível sem o apoio constante de nossos familiares e amigos! Tudo isso não seria possível sem o apoio de todos vocês que estão junto conosco desde o princípio: orando, ajudando nas campanhas de doação de sangue e medula", publicou Ione Vilela.
Outro caso de sucesso
Também em novembro, o juiz-forano Paulo Sérgio, o Paulinho, de 5 anos, também passou pelo transplante de medula óssea no mesmo hospital em São Paulo. O irmão caçula foi o doador. A família anunciou que a medula pegou no final do mês e agora ele permanece em observação.
Como se tornar um doador
Podem se cadastrar como doadores de medula óssea quem tem entre 18 e 55 anos. A pessoa deve procurar a unidade do Hemominas, levando um documento original e oficial com fotos.
No local, receberá orientação de como é feito o cadastro e o transplante. Será colhida uma amostra de 5 ml de sangue, usada para fazer o exame, que terá o resultado codificado e cadastrado no Redome, o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
No entanto, os doadores precisam manter os dados atualizados no site do Inca até completar 60 anos, para ser localizado em caso de compatibilidade.
Em Juiz de Fora, o Hemominas funciona na esquina da Avenida Rio Branco com Rua Barão de Cataguases, no Centro. O cadastramento é feito de segunda a sexta, de 8h às 18h. Em caso de dúvidas, as pessoas podem ligar para (32) 3257-3117 ou 3257-3113.
Fonte: G1
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Espera angustiante
Na busca por uma medula, metade dos pacientes morre à espera por leito e doador
Menos de 2% dos brasileiros são doadores voluntários de medula
por Kamila Almeida*
Nesta sexta-feira, ZH publica um site especial sobre Ana Luiza e a importância de se tornar um doador de medula óssea
Foto:
Michel Fontes / Arte ZH
A saga de quem busca uma medula nova para sobreviver torna-se ainda
mais dura com a notícia tétrica de que metade dos pacientes morre no
aguardo do transplante. Os motivos vão desde a dificuldade de identificar, depois de localizar o doador até a falta de leito disponível nos hospitais para o procedimento.
Se você já é cadastrado como doador de medula, clique aqui para atualizar os seus dados.Ana Luiza Cunha da Costa, seis anos, contrariou todas as previsões e estatísticas. Diagnosticada com aplasia medular — falência total no sistema responsável pelas defesas do organismo — aos três anos, a menina não encontrou alguém compatível, mas foi salva pela decisão dos pais: selecionar um bebê em laboratório para ser 100% compatível com Ana Luiza. Há um ano e meio Antônia nasceu e doou parte da medula, regenerando o sistema imunológico da irmã e a esperança da família.
ZH acompanhou 10 meses da luta da família de Gravataí, na Região Metropolitana, e publica na sexta-feira um webdocumentário de 20 minutos, dividido em cinco capítulos, e um site especial falando da importância de se tornar um doador de medula óssea.
Veja um trecho do webdocumentário que será
divulgado na íntegra na sexta-feira:
No Brasil, são 3,3 milhões de voluntários cadastrados no banco de medula — o que corresponde a 1,66% da população. Apesar de haver pessoas, como Ana Luiza, que não encontram compatibilidade no banco de doadores de medula e haver a necessidade de mais voluntários, principalmente de etnias diversas se cadastrarem, o maior drama hoje é encontrar um leito no Brasil para efetuar o transplante.
— Foi justamente o aumento na oferta de medulas que fez com que a demanda se tornasse um desafio. Entre 60% e 70% dos pacientes consegue um doador (incluindo a busca entre os parentes e o banco de medula), mas são poucos leitos para atender a todos os que precisam. Infelizmente, acontece muito de o paciente morrer na fila por uma vaga já com doador compatível localizado — Lúcia Silla, presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
No Rio Grande do Sul inteiro são apenas 20 leitos, sendo o Hospital de Clínicas de Porto Alegre o único do Estado a realizar transplantes com doadores voluntários. O tempo de espera no país todo pode chegar a oito meses.
— Precisamos sensibilizar as autoridades para que se criem mais leitos. A carência é o dobro do que dispomos hoje — apela Lúcia.
A resistência em aumentar as vagas tem a ver com o valor gasto com cada um destes pacientes, que podem custar cerca de R$ 80 mil nos três primeiros meses e, se tiver complicações, passar de R$ 2 milhões até a cura.
O transplante de medula óssea é um dos mais complexos porque representa a substituição do sistema imunológico do paciente pelo do doador.
*Colaborou Thaís Martins
Fonte: Zero Hora.
Se você já é cadastrado como doador de medula, clique aqui para atualizar os seus dados.Ana Luiza Cunha da Costa, seis anos, contrariou todas as previsões e estatísticas. Diagnosticada com aplasia medular — falência total no sistema responsável pelas defesas do organismo — aos três anos, a menina não encontrou alguém compatível, mas foi salva pela decisão dos pais: selecionar um bebê em laboratório para ser 100% compatível com Ana Luiza. Há um ano e meio Antônia nasceu e doou parte da medula, regenerando o sistema imunológico da irmã e a esperança da família.
ZH acompanhou 10 meses da luta da família de Gravataí, na Região Metropolitana, e publica na sexta-feira um webdocumentário de 20 minutos, dividido em cinco capítulos, e um site especial falando da importância de se tornar um doador de medula óssea.
Veja um trecho do webdocumentário que será
divulgado na íntegra na sexta-feira:
No Brasil, são 3,3 milhões de voluntários cadastrados no banco de medula — o que corresponde a 1,66% da população. Apesar de haver pessoas, como Ana Luiza, que não encontram compatibilidade no banco de doadores de medula e haver a necessidade de mais voluntários, principalmente de etnias diversas se cadastrarem, o maior drama hoje é encontrar um leito no Brasil para efetuar o transplante.
— Foi justamente o aumento na oferta de medulas que fez com que a demanda se tornasse um desafio. Entre 60% e 70% dos pacientes consegue um doador (incluindo a busca entre os parentes e o banco de medula), mas são poucos leitos para atender a todos os que precisam. Infelizmente, acontece muito de o paciente morrer na fila por uma vaga já com doador compatível localizado — Lúcia Silla, presidente da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea.
No Rio Grande do Sul inteiro são apenas 20 leitos, sendo o Hospital de Clínicas de Porto Alegre o único do Estado a realizar transplantes com doadores voluntários. O tempo de espera no país todo pode chegar a oito meses.
— Precisamos sensibilizar as autoridades para que se criem mais leitos. A carência é o dobro do que dispomos hoje — apela Lúcia.
A resistência em aumentar as vagas tem a ver com o valor gasto com cada um destes pacientes, que podem custar cerca de R$ 80 mil nos três primeiros meses e, se tiver complicações, passar de R$ 2 milhões até a cura.
O transplante de medula óssea é um dos mais complexos porque representa a substituição do sistema imunológico do paciente pelo do doador.
*Colaborou Thaís Martins
Fonte: Zero Hora.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
Beto Albuquerque abre Semana de Mobilização na Câmara
LEI PIETRO |
16.12.2014
Cerimônia abre a sexta edição do projeto na Câmara. Foto Chico Ferreira
Estiveram presentes os deputados Alexandre Roso (PSB-RS), Paulo Foletto (PSB-ES), Júlio Delgado (PSB-MG) e Alexandre Toledo (PSB-AL) além do Coordenador geral do Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, Éder Muralha Borba, da diretora-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília (FHB), Beatriz Mac Dowell Soares e do superintendente do Instituto de Cardiologia do DF, João Gabbardo Reis.
De acordo com o autor do projeto que instituiu a Semana de Mobilização, Beto Albuquerque, a conscientização da população sobre a importância do cadastramento no Redome é muito importante para o sucesso da iniciativa. “Cada cadastro que fazemos aqui é uma luz que se abre e que pode encontrar na frente alguém que precise de um transplante e salvar a vida daquele paciente. Nós precisamos ter a consciência de que na vitória ou na derrota nós temos que ter a sensatez de compreender que está em nossas mãos melhorar o ambiente do transplante de medula óssea no nosso país”.
A campanha, instituída pela Lei nº 11.930/09, conhecida como Lei Pietro, chega à sua sexta edição e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo o deputado, o número de cadastrados no Redome já passou dos três milhões, aumentando a expectativa de transplantes. No entanto, Beto lembra que é preciso ter mais leitos para acomodar esses pacientes. “Nesse momento existem em torno de 167 brasileiros que encontraram seu doador compatível, mas estão na fila dos leitos hospitalares para fazer o transplante”, destacou.
EXEMPLO NO DISTRITO FEDERAL
O superintendente do Instituto de Cardiologia do DF, João Gabbardo foi citado pelo líder do PSB como exemplo na política de incentivo dos transplantes. Segundo o socialista, o instituto criou a maior unidade de transplante de medula óssea no Distrito Federal com 41 novos leitos. “São 27 leitos diretos para o transplante e 12 para o pós-transplante e isto melhora muito a expectativa de todos aqueles que já têm doadores”.
REIVINDICAÇÃO
O deputado aproveitou a oportunidade para destacar que há um limite para que os hospitais abram mais leitos para o transplante de medula óssea. “Existem medicamentos que não estão cobertos pela tabela do SUS e são todos medicamentos pós-transplantes. E por não estarem na tabela, o hospital, quando os usa, pode pagar até R$ 30 mil. Então ou entra na tabela do SUS ou o hospital fica com medo de ampliar o número de leitos para não gastar essa quantia”, afirmou.
O Coordenador geral de Transplantes do Ministério da Saúde, Éder Borba agradeceu a oportunidade de apresentar os dados do sistema brasileiro de transplantes, que, de acordo com ele, é o maior do mundo. “O Brasil, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), conseguiu construir de maneira exemplar uma lei de transplantes, que é uma lei das mais rigorosas, das mais éticas, pois é uma lei que proíbe e criminaliza o tráfico de órgãos e tecidos.”
Para encerrar a cerimônia, a diretora-presidente da FHB, Beatriz Soares elogiou a iniciativa do deputado líder socialista. Segundo a diretora, o trabalho do deputado contribui para que o Brasil tenha um dos maiores cadastros de doadores de medula óssea do mundo. “Uma das ações da coordenação de transplante permitiu a operação das cotas, que para o DF triplicou o número de pessoas que poderão se cadastrar”, concluiu Beatriz.
Rodrigo Abreu
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Começa a 6ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
LEI PIETRO |
15.12.2014
Abertura da 6ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Foto: Sergio Neglia
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do deputado Beto Albuquerque, que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença.
Durante a abertura oficial das atividades, realizada nesta segunda-feira (15), na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, Beto destacou que neste ano foram realizados no Brasil, 250 transplantes não-aparentados, que é o transplante mais difícil porque depende do cadastro do cidadão e da compatibilidade genética. “Só um banco cada vez maior é capaz de fazer transplantes de pessoas não-aparentadas. Se somarmos a todos os tipo de transplantes (autólogos – onde o paciente é seu próprio doador – e aparentados – quando o doador pertence a família), chegamos a 12.556 transplantes de medula óssea no país”, comemorou.
Segundo Beto, apesar dos avanços, a necessidade de ampliar o número de leitos é um novo problema. “Há um ajuste que o governo federal precisa fazer que é incluir na lista do Sistema Único de Saúde (SUS), alguns medicamentos que são caros no tratamento da leucemia e que acabam caindo na conta do hospital. “Muitos hospitais não ampliam os leitos porque podem estar ampliando uma despesa que não é ressarcida. Este é um quadro que precisamos enfrentar”.
Ao encerrar, Beto anunciou a destinação de recursos para melhorar a área da saúde. “Este ano encerro minhas atividades como deputado federal, mas vou deixar praticamente todas as emendas parlamentares que eu tenho disponível para o próximo ano locadas na área hospitalar e muitas para o tratamento de leucemia”. Entre os investimentos anunciados, estão R$ 1,5 milhão para a Santa Casa, R$ 1,5 milhão para o Hospital Conceição e cerca de R$ 4 milhões para o Instituto do Câncer Infantil do Hospital de Clínicas.
Durante a atividade na Câmara de Vereadores, a unidade móvel do Hemocentro cadastrou 53 novos doadores em pouco mais de três horas. O ato contou com a presença do presidente da Câmara, vereador Carlos Garcia, da vereadora e autora da Lei que instituiu a Semana Municipal de Doação de Medula Óssea, Jussara Cony, do médico hematologista, Marcelo Capra, vereadores e servidores da Casa.
Brasília – Na Câmara dos Deputados, a cerimônia de abertura da Semana será realizada amanhã (16), às 15h, no Hall da Taquigrafia, com as presenças do deputado Beto Albuquerque; do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); do superintendente do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, Dr. João Gabbardo dos Reis; da diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Dra. Beatriz Mac Dowell Soares; e do coordenador Geral de Transplante do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.
Na mesma data, estará disponível, também no Hall da Taquigrafia, unidade de captação externa do Hemocentro de Brasília para coleta de amostra de sangue e cadastramento no Redome. Os interessados poderão realizar o cadastro até o dia 17, das 14h às 17h. No local, entre os dias 15 e 19, serão exibidos vídeos com informações sobre a doação e o tratamento.
Caminhada da Medula reuniu dezenas de pessoas na Redenção. Foto: Sergio Neglia
Este é o sexto ano de realização da campanha idealizada pelo parlamentar socialista e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de doadores voluntários aumentou significativamente. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Atualmente, com 3,6 milhões de doadores inscritos, esse percentual subiu para 70%.
Ainda de acordo com o Inca, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma o deputado.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Caminhada na Redenção dá início a 6ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
LEI PIETRO |
14.12.2014
Evento reuniu dezenas de pessoas. Foto: Sergio Néglia
No domingo (14), teve início mais uma Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Até 21 de dezembro, serão realizadas diversas ações de incentivo ao cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), em todo o Brasil.
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença.
Em Porto Alegre, no domingo, aconteceu a 2ª Caminhada da Semana, no Parque da Redenção, para conscientizar as pessoas da importância do cadastramento de possíveis doadores. O evento teve a presença do autor da Lei nacional, Beto Albuquerque, e da Lei que institui a Semana Municipal para Doação de medula, Jussara Cony.
Já nesta segunda-feira (15), às 10h, será realizada a cerimônia oficial de abertura da Semana na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Na ocasião, a unidade móvel do hemocentro estrará cadastrando candidatos a doadores de medula óssea, das 9h às 13h, no estacionamento da Câmara.
Brasília - Na Câmara dos Deputados, a cerimônia de abertura da Semana será realizada na terça-feira (16), às 15h, no Hall da Taquigrafia, com as presenças do deputado Beto Albuquerque; do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); do superintendente do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, Dr. João Gabbardo dos Reis; da diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Dra. Beatriz Mac Dowell Soares; e do coordenador Geral de Transplante do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.
Na mesma data, estará disponível, também no Hall da Taquigrafia,
unidade de captação externa do Hemocentro de Brasília para coleta de
amostra de sangue e cadastramento no Redome. Os interessados poderão
realizar o cadastro até o dia 17, das 14h às 17h. No local, entre os
dias 15 e 19, serão exibidos vídeos com informações sobre a doação e o
tratamento.
Saiba mais
Este é o sexto ano de realização da campanha idealizada pelo parlamentar socialista e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de doadores voluntários aumentou significativamente. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Atualmente, com 3,5 milhões de doadores inscritos, esse percentual subiu para 70%.
Ainda de acordo com o Inca, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma o deputado.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Câmara dos Deputados adere à Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea
LEI PIETRO |
10.12.2014
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença.
Na Câmara, a cerimônia de abertura da Semana será realizada na terça-feira (16), às 15h, no Hall da Taquigrafia, com as presenças do deputado Beto Albuquerque; do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); do superintendente do Instituto do Coração do Distrito Federal, Dr. João Gabbardo dos Reis; da diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Dra. Beatriz Mac Dowell Soares; e do coordenador Geral de Transplante do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.
Na mesma data, estará disponível, também no Hall da Taquigrafia, unidade de captação externa do Hemocentro de Brasília para coleta de amostra de sangue e cadastramento no Redome. Os interessados poderão realizar o cadastro até o dia 17, das 14h às 17h. No local, entre os dias 15 e 19, serão exibidos vídeos com informações sobre a doação e o tratamento.
Este é o sexto ano de realização da campanha idealizada pelo parlamentar socialista e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de doadores voluntários aumentou significativamente. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Atualmente, com 3,5 milhões de doadores inscritos, esse percentual subiu para 70%.
Ainda de acordo com o Inca, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma o deputado.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Tatyana Vendramini
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Cinderela careca surpreende garota de
5 anos com leucemia
Isabella Harvey foi diagnosticada com leucemia pela primeira vez aos 3
anos de idade. Aos 5 anos a doença retornou e a perda dos cabelos mexeu
muito com sua auto estima. “É difícil para ela. Ela sempre usa um
chapéu e nunca fica sem ele em público”, conta a mãe de Isabella.
Para tentar alegrar a garotinha, os pais entraram em contato com a organização Gianna Nicole’s Heart of Hope, que apoia crianças com câncer, para agendar uma sessão de fotos com o tema princesa.
A fotógrafa Alana Hubbard pediu para a modelo que interpretaria a Cinderela usasse uma touca para que ela parecesse careca.
O resultado foi incrível: completamente surpreendida, Isabella não ficou mais envergonhada ao ver uma princesa da Disney tão parecida com ela: “Ela sentiu que poderia ser uma princesa também“, contou a mãe.


Via Veja SP
Para tentar alegrar a garotinha, os pais entraram em contato com a organização Gianna Nicole’s Heart of Hope, que apoia crianças com câncer, para agendar uma sessão de fotos com o tema princesa.
A fotógrafa Alana Hubbard pediu para a modelo que interpretaria a Cinderela usasse uma touca para que ela parecesse careca.
O resultado foi incrível: completamente surpreendida, Isabella não ficou mais envergonhada ao ver uma princesa da Disney tão parecida com ela: “Ela sentiu que poderia ser uma princesa também“, contou a mãe.



Via Veja SP
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Pedrinho, o menino-aranha
Contra leucemia, menino mobiliza rede de solidariedade no Facebook
Grupo promove campanha de doação de sangue, rifas e brechós para ajudar família de Pedro Henrique, que enfrenta dificuldade financeira
por Bruna Scirea
Pedrinho está internado há um mês no setor de oncologia do Hospital de Clínicas
Foto:
Viviane da Cunha / Arquivo Pessoal
A rotina de Pedrinho, de seus familiares e amigos, sofreu uma
reviravolta há exatamente um mês. Em 24 de novembro, o menino de três
anos foi diagnosticado com leucemia. Separado do irmão gêmeo, passou,
então, a enfrentar dias de exames, tratamento, variações de humor e
muito sono — mas também solidariedade.
Nas redes sociais, Pedro Henrique Azeredo da Cunha foi associado a um de seus super-heróis preferidos, e virou o "Menino-Aranha" — nas fotos, ele sempre aparece com camiseta e bonecos do Homem-Aranha. Em dois dos grupos criados para apoiá-lo no tratamento contra o câncer, já se reúnem mais de 6 mil pessoas ("Pedro Henrique" e "Pedro Henrique, nosso pequeno homem-aranha").
Além de se encarregar por orações e pensamentos positivos, elas promovem campanhas de doação de sangue e, principalmente, rifas e briques de roupas e objetos novos ou usados. Com o pai desempregado, a mãe afastada do trabalho e uma família grande (são quatro filhos), a arrecadação de dinheiro é mais do que bem-vinda.
Diagnosticada com leucemia há um ano, menina dá exemplo de alegria
— É uma fase e vai passar, mas é muito difícil ver um filho no hospital. Nada me conforma, é revoltante. Então, perante tudo isso, essa rede de apoio, de amigos, é o que está me dando forças. Sempre tive muitos amigos, mas agora eles se multiplicaram — afirma promotora de vendas Viviane Azeredo da Cunha, mãe do Pedrinho.
Um 2014 difícil para a família
A mobilização pela causa do menino na Internet é motivada essencialmente pela doença que ele enfrenta. Mas quem conhece a família de Viamão tem motivos a mais para endossar a rede de solidariedade: 2014 tem sido um longo para Viviane, Patrique e as quatro crianças. Em março, o pai perdeu o emprego. Meses depois, o irmão de Pedro, João Vitor, foi internado com pneumonia. Em setembro, Viviane sofreu um acidente de carro e, a partir de uma radiografia na região abdominal, recebeu a notícia de que está com um tumor no ovário — que não sabe se é benigno ou maligno.
Leia as últimas notícias de Zero Hora
Semanas depois, Pedro Henrique foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda (LLA) do tipo B, e a vida se resumiu a acompanhar o filho, 24 horas, todos os dias, no centro de oncologia do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.
— Eles enfrentam uma situação financeira bem difícil. Então criei um grupo no Facebook para arrecadar o que fosse possível entre amigos, e a comunidade cresceu. Para ajudar, basta entrar no grupo, e colaborar com doações. Todo o dinheiro é depositado em uma conta no nome do Pedrinho e será usado para custear os exames necessários — afirma Daianna Marcon, amiga da família, e criadora do grupo "Pedro Henrique" no Facebook.

Pedro Henrique (à esquerda) e João Vitor com bonecos do Homem-Aranha
Foto: Viviane da Cunha / Arquivo Pessoal
Pedro e o irmão gêmeo são dependentes do plano de saúde da avó, o IPE Saúde, que não cobre todos os gastos. De acordo com Viviane, nas duas primeiras semanas, exames já tinham somado mais de R$ 2 mil. O dinheiro do primeiro brechó, realizado em 16 de setembro no Brique da Redenção, será usado para abater essa dívida. Outro brechó está marcado para 14 de dezembro, no mesmo local.
Pedrinho não tem previsão de alta. Nessa semana, chegam exames que vão avaliar a gravidade da doença e o tipo de tratamento mais adequado. Segundo a mãe, o cabelo está caindo, o menino está irritado e até um pouco agressivo por causa da medicação. Em dias assim, uma das maiores alegrias do super-herói mirim é a visita do irmão gêmeo — que terá de se acostumar com a nova rotina de Pedro.
— Vou ter que dizer a eles que não poderão mais fazer as mesmas coisas. Pedro não poderá comer churrasco, tomar sol ou correr com João Vitor, como sempre fez. Não vai ter praia, e o quarto dos dois não será mais o mesmo. O tratamento leva pelo menos um ano e tudo vai mudar, mas eles são fortes e me dão força para acreditar.
* Fonte: Zero Hora
Nas redes sociais, Pedro Henrique Azeredo da Cunha foi associado a um de seus super-heróis preferidos, e virou o "Menino-Aranha" — nas fotos, ele sempre aparece com camiseta e bonecos do Homem-Aranha. Em dois dos grupos criados para apoiá-lo no tratamento contra o câncer, já se reúnem mais de 6 mil pessoas ("Pedro Henrique" e "Pedro Henrique, nosso pequeno homem-aranha").
Além de se encarregar por orações e pensamentos positivos, elas promovem campanhas de doação de sangue e, principalmente, rifas e briques de roupas e objetos novos ou usados. Com o pai desempregado, a mãe afastada do trabalho e uma família grande (são quatro filhos), a arrecadação de dinheiro é mais do que bem-vinda.
Diagnosticada com leucemia há um ano, menina dá exemplo de alegria
— É uma fase e vai passar, mas é muito difícil ver um filho no hospital. Nada me conforma, é revoltante. Então, perante tudo isso, essa rede de apoio, de amigos, é o que está me dando forças. Sempre tive muitos amigos, mas agora eles se multiplicaram — afirma promotora de vendas Viviane Azeredo da Cunha, mãe do Pedrinho.
Um 2014 difícil para a família
A mobilização pela causa do menino na Internet é motivada essencialmente pela doença que ele enfrenta. Mas quem conhece a família de Viamão tem motivos a mais para endossar a rede de solidariedade: 2014 tem sido um longo para Viviane, Patrique e as quatro crianças. Em março, o pai perdeu o emprego. Meses depois, o irmão de Pedro, João Vitor, foi internado com pneumonia. Em setembro, Viviane sofreu um acidente de carro e, a partir de uma radiografia na região abdominal, recebeu a notícia de que está com um tumor no ovário — que não sabe se é benigno ou maligno.
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Semanas depois, Pedro Henrique foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda (LLA) do tipo B, e a vida se resumiu a acompanhar o filho, 24 horas, todos os dias, no centro de oncologia do Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.
— Eles enfrentam uma situação financeira bem difícil. Então criei um grupo no Facebook para arrecadar o que fosse possível entre amigos, e a comunidade cresceu. Para ajudar, basta entrar no grupo, e colaborar com doações. Todo o dinheiro é depositado em uma conta no nome do Pedrinho e será usado para custear os exames necessários — afirma Daianna Marcon, amiga da família, e criadora do grupo "Pedro Henrique" no Facebook.
Pedro Henrique (à esquerda) e João Vitor com bonecos do Homem-Aranha
Foto: Viviane da Cunha / Arquivo Pessoal
Pedro e o irmão gêmeo são dependentes do plano de saúde da avó, o IPE Saúde, que não cobre todos os gastos. De acordo com Viviane, nas duas primeiras semanas, exames já tinham somado mais de R$ 2 mil. O dinheiro do primeiro brechó, realizado em 16 de setembro no Brique da Redenção, será usado para abater essa dívida. Outro brechó está marcado para 14 de dezembro, no mesmo local.
Pedrinho não tem previsão de alta. Nessa semana, chegam exames que vão avaliar a gravidade da doença e o tipo de tratamento mais adequado. Segundo a mãe, o cabelo está caindo, o menino está irritado e até um pouco agressivo por causa da medicação. Em dias assim, uma das maiores alegrias do super-herói mirim é a visita do irmão gêmeo — que terá de se acostumar com a nova rotina de Pedro.
— Vou ter que dizer a eles que não poderão mais fazer as mesmas coisas. Pedro não poderá comer churrasco, tomar sol ou correr com João Vitor, como sempre fez. Não vai ter praia, e o quarto dos dois não será mais o mesmo. O tratamento leva pelo menos um ano e tudo vai mudar, mas eles são fortes e me dão força para acreditar.
* Fonte: Zero Hora
quinta-feira, 20 de novembro de 2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Moradora da Serra doará medula óssea a desconhecido
Chance de compatibilidade entre doador e paciente que não são parentes é de uma em 100 mil
Foto: Divulgação/Prefeitura de Antônio Prado
Daqui a 21 dias, a doméstica Joziane de Almeida, 31 anos, terá a oportunidade de ajudar a salvar uma vida. Ela vai retirar a medula óssea para doar a uma pessoa sobre quem ela não sabe absolutamente nada. O detalhe é que a chance de compatibilidade entre um paciente e um doador que não são parentes é de uma em 100 mil. No dia 8 de dezembro, a moradora de Antônio Prado vai a Porto Alegre, onde realiza o procedimento no Hospital de Clínicas. Joziane é uma das 4.998 pessoas que em 2011 se cadastraram no Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs) para se tornar doadora. Ela participou de uma campanha para auxiliar uma criança de seis anos afetada por leucemia. Joziane se sensibilizou, mas não era compatível com a criança que, sem doador, não resistiu à doença. Há dois meses, a doméstica recebeu a notícia que tinha compatibilidade com um paciente que precisava de medula. "Estou muito feliz, mas ao mesmo tempo ansiosa. É um sentimento tão bom que não tem como explicar, sabendo que tu podes salvar uma pessoa, mesmo sem saber quem é. Isso é muito bom". Envolvida por esse sentimento, a doméstica faz um apelo para que todos integrem do cadastro nacional. O Hemocs conta com 30.448 doadores. Para se tornar um, basta ter entre 18 e 54 anos. O Brasil tem o terceiro maior banco de dados do gênero do mundo. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 3,5 milhões de pessoas estão cadastradas. A retirada da medula exige que o doador fique internado por 24 horas. O material é aspirado por uma agulha do quadril. No doador, a medula se refaz depois de 7 a 15 dias.
Fonte:http://gaucha.clicrbs.com.br/rs/noticia-aberta/moradora-da-serra-doara-medula-ossea-a-desconhecido-122767.html
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
Pacientes derrubam na Justiça limite imposto pelo governo para doações de medula óssea no país
POR VINICIUS SASSINE
06/11/2014 6:00 / ATUALIZADO 06/11/2014 13:26
A servidora pública Fabiana Ikeda, que espera há um mês num hospital particular de Brasília por um doador compatível: ‘o transplante é minha única expectativa de vida’
Foto: André Coelho / Agência O GloboA servidora pública Fabiana Ikeda, que espera há um mês num hospital particular de Brasília por um doador compatível: ‘o transplante é minha única expectativa de vida’ - André Coelho / Agência O Globo
BRASÍLIA - O Ministério da Saúde vê abuso nos pedidos de exames de compatibilidade (feitos por laboratórios) e limitou o número de novos candidatos a doadores que podem se cadastrar nos bancos de medula óssea. Quem espera por uma doação vê nesse teto uma ameaça à própria vida. E a Justiça, em pelo menos duas decisões recentes, vê a razão do lado dos pacientes. Em meio a um delicado cabo de guerra, com argumentos de ambos os lados, está em jogo a sobrevivência de 1,1 mil pessoas na fila do transplante.
Gente como a servidora pública Fabiana Ikeda de Oliveira, de 37 anos, com leucemia linfoide aguda. Entre a internação por dores no corpo e o resultado dos exames, não se passaram 24 horas. Ela está no leito de um hospital privado de Brasília há um mês, inscrita no cadastro de receptores. O transplante é a única possibilidade de cura, mas na família não apareceu um doador: a mãe também teve leucemia e morreu de forma fulminante há três anos; o pai já extrapolou a idade para doar; o teste com o irmão mostrou incompatibilidade. As chances agora só existem a partir de rostos anônimos do banco de doadores.
- O transplante é minha única expectativa de vida. Se eu não conseguir, vou ter pouco tempo - diz Fabiana, mãe de Gabriel, de 14 anos, e Tarsila, de 9.
O teto estabelecido pelo Ministério da Saúde começou em 2012 - eram admitidos, então, no máximo 267,1 mil novos cadastrados anuais no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). No ano seguinte, outra portaria estendeu o limite para 400 mil novos doadores anuais.
O Redome tem hoje 3,5 milhões de doadores cadastrados. É o terceiro maior banco do mundo, atrás dos de Alemanha e Estados Unidos. O SUS custeia tudo, diferentemente do que ocorre em outros países.
Cada exame de histocompatibilidade, condição básica para a inclusão de alguém no registro, custa R$ 375. As chances de êxito na identificação de um doador são de 64%, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), responsável pelo banco de dados. Na Alemanha, chegam a 80%.
O mais importante, na visão do governo, é ampliar a qualidade genética das doações. Por isso o teto na Bahia, estado com preponderância de negros - e, portanto, grandes chances de compatibilidade com a maioria dos brasileiros - subiu de 5.020 para 20 mil. No Rio, a quantidade se manteve a mesma: 14.040. Por vias judiciais, esses tetos passaram a ser atacados.
- As portarias não foram editadas para limitar, mas para ordenar. O Redome, até 2003, tinha 30 mil doadores cadastrados. Hoje são 3,5 milhões. O valor gasto só com os exames era superior ao que se investia no próprio transplante. Agora, uma rede de estudos genéticos avalia características genéticas por região - afirma Luis Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca.
AÇÕES MOVIDAS PELA OAB
Em junho, a Justiça Federal em Franca (SP) derrubou as restrições à quantidade de doadores na cidade, a partir da ação movida por uma paciente com leucemia. No mês passado, a Justiça Federal em Goiânia obrigou o Ministério da Saúde a fazer, em até 20 dias, os exames de histocompatibilidade das amostras do Hemocentro da capital goiana e de outros laboratórios onde haja material semelhante. O teto em Goiás foi considerado inconstitucional.
A ação foi movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado, a partir do apelo da família de uma criança de 6 anos com leucemia. Movimento similar ocorre em Pernambuco e Mato Grosso do Sul, onde as seccionais da OAB preparam ações para derrubar as restrições.
Profissionais da área, no entanto, enxergam na iniciativa uma pressão de grandes laboratórios para voltar a faturar com exames desenfreados. Não falta quem concorde com a visão do ministério e diga ser mais importante a variabilidade do que a quantidade de doadores.
Fabiana, na fila de espera, critica o teto. Mas diz confiar no registro de doadores:
- É lógico que estou otimista. Tenho de estar sempre.
Ela já recebeu indicativos de 20 potenciais doadores com características genéticas semelhantes - Fabiana é descendente de japoneses. A família, capitaneada pelo marido, começou uma campanha nas redes sociais para ampliar as doações.
- Eu entendo que o aumento de doadores me beneficia. Eu tenho dois filhos para cuidar - afirma a servidora do Ministério do Desenvolvimento Social.
O tempo médio de espera por uma medula óssea, nos casos de transplante entre não aparentados, é de quatro meses. Mais dois meses, em média, são gastos na espera por um leito do SUS. Os problemas relacionados aos doadores, com os questionamentos judiciais aos tetos definidos pelo Ministério da Saúde, se somam a outros entraves para o transplante de medula óssea: a falta de leitos, a falta de centros especializados e a demora do Redome em dar respostas sobre doadores.
Só nove estados fazem transplantes alogênicos, aqueles em que há necessidade de doadores: São Paulo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Goiás. Em 2013 houve apenas 669 transplantes alogênicos de medula óssea, 6,2% a mais que em 2012, quando houve 630.
BATALHA PARA OUTROS DOENTES
Somados os autólogos (com a medula do próprio paciente), o Brasil fez 1.813 transplantes de medula óssea em 2013, 3,4% a mais que em 2012. Os números são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Para este ano, o Inca estima em 9.370 os novos casos de leucemia no país.
A batalha pela medula não é uma exclusividade dos pacientes com leucemia. O aposentado Elvis Silva Magalhães, 47, mora em Brasília e demorou 38 anos para conseguir receber a medula de um dos seus irmãos. O transplante ocorreu em 2005 e, segundo ele, resultou na cura de uma doença congênita, a anemia falciforme. A cirurgia ocorreu num centro especializado em Ribeirão Preto (SP). A capital brasileira não faz transplante alogênico.
Elvis se livrou de transfusões de sangue, úlceras e crises de dor decorrentes da doença. Agora, à frente da Associação Brasiliense de Pessoas com Doença Falciforme, o aposentado tenta convencer o Ministério da Saúde a editar uma portaria com protocolos para o transplante de medula. Ele foi o segundo a ser transplantado no país, num procedimento experimental.
- É preciso, cada vez mais, fortalecer esse banco de medula óssea e ampliar os registros - defende.
MINISTÉRIO DA SAÚDE PRETENDE RECORRER
O Ministério da Saúde pretende recorrer das decisões da Justiça que derrubam o teto de doadores da medula em Franca (SP) e em Goiás. De acordo com o coordenador do Sistema Nacional de Transplantes do ministério, Heder Murari Borba, as ações movidas na Justiça “são eivadas de boa índole”, mas não fazem sentido do ponto de vista técnico. Por isso, a recomendação técnica é de contestar as decisões judiciais.
– O banco do Brasil é o maior banco público do mundo. O da Alemanha e o dos Estados Unidos são privados. As portarias visam a qualificar os doadores. Geneticistas dizem que não adianta buscar doadores de forma aleatória – diz Borba.
O coordenador reconhece que o tempo de espera pela medula óssea é longo. O ministério vai anunciar medidas nos próximos dias para melhorar o sistema, segundo ele.
– A principal medida não é aumentar a quantidade de doadores, mas regular os leitos e ampliar o atendimento. As medidas vão contemplar essa questão dos leitos, com uma regulação a partir de Brasília.
O banco genético já existente no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome) está sendo estudado para que se identifique, do ponto de vista genético, quais regiões necessitam de uma ampliação do teto de doadores. Mudanças estão previstas para 2015.
– O Brasil está interligado com outros países do mundo, tudo pago pelo SUS. Para se ter uma ideia, o segundo maior banco na América Latina é o da Argentina, com 400 mil doadores cadastrados. É preciso que se façam buscas em regiões onde há pares genéticos raros. Todos os alelos do Redome estão sendo analisados – afirma o coordenador do Ministério da Saúde.
Fonte: O Globo.
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