terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Caminhada na Redenção dá início a 6ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea


Evento reuniu dezenas de pessoas. Foto: Sergio Néglia


No domingo (14), teve início mais uma Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. Até 21 de dezembro, serão realizadas diversas ações de incentivo ao cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), em todo o Brasil.
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença.
Em Porto Alegre, no domingo, aconteceu a 2ª Caminhada da Semana, no Parque da Redenção, para conscientizar as pessoas da importância do cadastramento de possíveis doadores. O evento teve a presença do autor da Lei nacional, Beto Albuquerque, e da Lei que institui a Semana Municipal para Doação de medula, Jussara Cony.
Já nesta segunda-feira (15), às 10h, será realizada a cerimônia oficial de abertura da Semana na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Na ocasião, a unidade móvel do hemocentro estrará cadastrando candidatos a doadores de medula óssea, das 9h às 13h, no estacionamento da Câmara.
Brasília Na Câmara dos Deputados, a cerimônia de abertura da Semana será realizada na terça-feira (16), às 15h, no Hall da Taquigrafia, com as presenças do deputado Beto Albuquerque; do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); do superintendente do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, Dr. João Gabbardo dos Reis; da diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Dra. Beatriz Mac Dowell Soares; e do coordenador Geral de Transplante do Ministério da Saúde, Heder Murari Borba.
Na mesma data, estará disponível, também no Hall da Taquigrafia, unidade de captação externa do Hemocentro de Brasília para coleta de amostra de sangue e cadastramento no Redome. Os interessados poderão realizar o cadastro até o dia 17, das 14h às 17h. No local, entre os dias 15 e 19, serão exibidos vídeos com informações sobre a doação e o tratamento.

Saiba mais

Este é o sexto ano de realização da campanha idealizada pelo parlamentar socialista e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número de doadores voluntários aumentou significativamente. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Naquele ano, dos transplantes de medula realizados, apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. Atualmente, com 3,5 milhões de doadores inscritos, esse percentual subiu para 70%.
Ainda de acordo com o Inca, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma o deputado.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.

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