quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Especialistas culpam falta de infraestrutura em transplantes de medula




Durante debate sobre a infraestrutura para realização da doação de medula óssea no País especialistas afirmaram que a maior dificuldade do setor é a disponibilidade de leitos e o baixo número de centros especializados nesse tipo de transplante. O encontro foi promovido, nesta terça-feira (17), pela Comissão de Seguridade Social e Família, por iniciativa do líder da Legenda na Casa, deputado Beto Albuquerque (RS).
O socialista é autor da Lei nº 11.930/2009, conhecida como Lei Pietro em homenagem ao seu filho, vítima de leucemia mieloide aguda, que faleceu em fevereiro de 2009 após 13 meses de luta contra a doença. A Lei estabeleceu a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Nesse período, diversas atividades são realizadas em todo o País com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A coordenadora de Atendimento de Atenção Hospitalar e Urgências do Ministério da Saúde, Maria do Carmo, afirmou que o Governo Federal está atento à falta de infraestrutura do setor e prevê o financiamento de R$ 200 mil por leito para doação de medula óssea no Brasil.
De acordo com o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Fernando Bouzas, outro problema é a falta de equidade nas regiões brasileiras, com os grandes centros de transplante concentrados no sul e sudeste. “Pacientes de outras localidades precisam se deslocar, o que dificulta a realização dos transplantes.” O diretor do CEMO reforçou que hoje com a modernização do Redome é possível buscar doadores em todo o mundo. “Se antes a chance de encontrar um doador era de 17% hoje chega a quase 90%.”
Para Beto Albuquerque, de fato desde a época da descoberta da doença de Pietro em 2008 até os dias de hoje muito se avançou no cadastro e na realização de transplantes. “O Sistema Único de Saúde é responsável por 98% dos transplantes de medula, órgão e tecidos”. Mas o parlamentar alertou para a necessidade do Governo Federal em elevar a qualidade do financiamento público de saúde. “Só assim aumentaremos a oferta de qualidade do serviço no País.”
A campanha idealizada pelo parlamentar socialista já alcançou bons resultados. Segundo o Inca, atualmente, o Brasil conta com mais de 3 milhões de pessoas na lista de voluntários, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha. Beto chamou atenção para a necessidade de conscientizar os doadores cadastrados acerca da importância de que realmente compareçam para doar. “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.
Por essa razão, a presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Beatriz Mac Dowell Soares, defende um programa de incentivo as pessoas que já doam sangue com frequência. “São pessoas que de alguma forma já estão comprometidas com a causa”, explica. Os hemocentros são parceiros do Inca na coleta de sangue e no cruzamento do cadastro do Redome com o Cadastro Nacional de Receptores (Rereme).
Experiência
Durante a audiência na Comissão de Seguridade, as irmãs Flávia Lima Moreira e Fernanda Lima Moreira emocionaram o plenário ao contarem sua experiência. Há 15 anos Flávia doou sua medula óssea para Fernanda. De acordo com Flávia, se não fosse a rede de doadores de sangue e plaquetas anônimos, mesmo com sua medula Fernanda não sobreviveria. “Temos que estimular cada vez mais voluntários para fazer parte dessa campanha que pode salvar muitas vidas. Iniciativas como a do deputado Beto enriquecem o País.”
Coleta de Sangue
Ainda nesta terça-feira (17), ficou disponível na Câmara, durante todo o dia, uma unidade para cadastramento e coleta de amostra de sangue para cadastro Redome.
Durante a cerimônia que antecedeu o início do cadastramento, o deputado Alexandre Roso (PSB-RS) lembrou a importância da campanha de doação ao falar do aumento significativo no número de pessoas inscritas no Redome nos últimos anos. “O que temos hoje é muito bom, mas precisamos continuar nessa luta, lembrando de oferecer também todo um procedimento de qualidade aos pacientes.”
Já o deputado José Stédile (RS) ressaltou que é preciso levar, cada vez mais, a campanha de doação para os estados e os municípios, e fazer com ela cresça. “Essa é uma campanha que o povo brasileiro tem que conhecer e que tem que se aliar. Porque a doação é um gesto de amor à vida e de amor ao próximo”, afirmou o socialista.
Dados do Inca mostram que o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada.
Doença – Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Doação – Para ser um doador basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Andrea Leal e Tatyana Vendramini

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dezenas de pessoas realizam
caminhada em defesa da vida



Neste domingo (15) aconteceu uma grande mobilização em defesa da vida. Dentro das atividade da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea (Lei Pietro), que acontece de 14 a 21 de dezembro, dezenas de pessoas se uniram e realizaram uma caminhada no Parque da Redenção para conscientizar as pessoas da importância do cadastramento de possíveis doadores. De autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que perdeu um filho vítima de leucemia, a Lei Pietro já ajudou a aumentar consideravelmente o número de pessoas cadastradas desde que foi instituída. “O número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores de todas as etnias no país para fazermos frente à doença”, informa Beto.

Em Caruaru, campanha incentiva cadastro de doação de medula óssea

Nesta terça (17), será realizada uma ação gratuita no Marco Zero da cidade. Os interessados em fazer o cadastro serão encaminhados ao Hemope.

Ações gratuitas serão realizadas das 9h às 17h, 
no Marco Zero de Caruaru (Foto: Fabíola Blah/G1)

A Associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO) em parceria com a Secretaria de Saúde de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está realizando a campanha “Salvando Vidas em Vida”. A semana de mobilização de incentivo ao cadastro de doação de medula óssea vai até o dia 21 de dezembro e conta com palestras e cadastros diários no Hemope.
Nesta terça-feira (17), a instituição promoverá uma ação gratuita no Marco Zero da cidade, das 9h às 17h, com panfletagem, teste de glicemia, aferição de pressão e orientação sobre nutrição. O participante que desejar se cadastrar para doar medula será encaminhado ao Hemocentro.
A campanha é em comemoração a Lei Pietro, criada em 2009, para homenagear o filho do Deputado Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul, que faleceu por falta de um doador de medula óssea. A iniciativa pretende ainda sensibilizar a sociedade sobre a importância de doar sangue, plaqueta e órgãos.
Em Caruaru, o Hemope funciona na Avenida Osvaldo Cruz, no Bairro Maurício de Nassau, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Dúvidas podem ser esclarecidas no site da ATMO.



Serviço
Ações da Campanha “Salvando Vidas em Vida”
Local: Marco Zero de Caruaru
Dia: 17 de dezembro
Horário: das 9h às 17h.


Fonte: Do G1 Caruaru


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Aberta a 5ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

A abertura da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea foi realizada na manhã desta sexta-feira (13), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS). A semana, que acontece de 14 a 21 de dezembro, está em sua quinta edição e tem o objetivo de ampliar o número de doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Durante a sexta-feira, a unidade móvel do Hemocentro realizou em frente à Assembleia o cadastramento de possíveis doadores. Até o final da manhã mais de 50 pessoas já tinham se cadastrado.
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) conduziu os trabalhos. Ele é o proponente da Lei Pietro (11.930/2009), que instituiu a Semana e leva esse nome em homenagem ao seu filho falecido em 2009, vítima de leucemia, antes de completar 20 anos. Beto falou sobre a luta de mais de um ano contra a doença. “Infelizmente, não conseguimos encontrar um doador compatível para meu filho.”
O parlamentar também proferiu uma palestra para desmitificar o transplante de medula, com o conhecimento de causa de quem perdeu o filho para a doença por falta de doador. Desde a primeira campanha, em 2009, o número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. “Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores de todas as etnias no Brasil para podermos fazer frente à doença”, reiterou.
Beto comemorou o crescimento do número de doadores cadastrados, mas alertou para a necessidade de conscientizá-los acerca da importância de que realmente compareçam para doar. “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.
O incentivo ao cadastro como doador é o foco do deputado no combate à leucemia. “Se o governo investisse mais em campanhas de doação, o Sistema Único de Saúde (SUS) teria redução nos gastos com tratamento”, aponta. Entretanto, Beto chamou à atenção para a importância do SUS, muitas vezes criticado, que hoje é responsável por 98 % dos transplantes de medula, órgão e tecidos.
Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “É uma loteria”. Por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada.
A vereadora de Porto Alegre, Jussara Cony (PCdoB), que perdeu o neto para leucemia em novembro de 2012, também participou do ato. Jussara é autora do projeto, aprovado nesta semana, que criou a Semana Municipal de Mobilização para Doação de Medula Óssea e foi batizado com o nome de seu neto Matheus. “Este é um momento de celebração da vida de todos, doares e receptores de medula”.
Em seu depoimento, Jussara ressaltou que a lei nacional é de grande importância e já obteve resultados impressionantes. “A lei precisa ter suporte em todo o Brasil, a partir dos municípios, porque ela desencadeou uma nova concepção do significado da doação de medula óssea”, disse.
Representando a presidência da Assembleia, o deputado Miki Breier (PSB) declarou o apoio unânime dos deputados à Semana. Ele lembrou que, após o início desse trabalho de sensibilização, o número de doadores aumentou consideravelmente possibilitando que muitas vidas fossem salvas.
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), Ricardo Rivero, destacou as atividades da Semana no combate à falta de informação. E ratificou o apoio da entidade às iniciativas para que mais pessoas procurem o hemocentro de sua cidade.
Manoel Nelson Silveira veio representando o Hospital Conceição, que há um ano também conta com um centro receptor de cadastros. Beto anunciou que a abertura da Semana em 2015 dever ser feita no Conceição, já que a classe médica também precisa ser sensibilizada para a importância da doação de medula. O deputado informou, ainda, que o hospital será contemplado com R$ 1,5 milhão de emenda de sua autoria, para que possa realizar exames e diagnósticos de leucemia e outros tipos de câncer.
Flavia Moreira há 15 anos fez uma doação para sua irmã, Fernanda Lima. Num depoimento emocionado, ela salientou a importância de leis como a Pietro e Matheus. Foto: Sérgio Néglia























Flavia Moreira há 15 anos fez uma doação para sua irmã, Fernanda Lima. Num depoimento emocionado, ela salientou a importância de leis como a Pietro e Matheus. “Elas nos dão a chance de sermos mais generosos e solidários”. Fernanda também deu seu depoimento. “Queria que todos recebessem essa bênção.” Ela incentiva que as pessoas não esperem fazer a doação só porque o problema atingiu alguém próximo.
O deputado estadual Ciro Simoni (PDT), que recentemente deixou o cargo de secretário da Saúde do RS, destacou investimentos realizados nos hemocentros gaúchos e reconheceu a importância do trabalho que vem sendo realizado pelo deputado federal.
CAMINHADA – No domingo (15), acontece uma caminhada com distribuição de camisetas da campanha, dentro da programação da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A concentração será às 10h, no Monumento ao Expedicionário no Parque da Redenção. A expectativa é reunir centenas de pessoas na atividade.
COMO DOAR – Para ser um doador de medula basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.
No ato do cadastro, são coletados 5 ml de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), juntamente com os dados do doador, que será procurado caso apareça um paciente compatível.
Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
A medula pode ser coletada da bacia, por meio de punção, ou diretamente da veia. Fundamental, no entanto, é que os candidatos a doadores saibam que a medula óssea coletada da bacia não tem relação com a medula vertebral. “Muitos deixam de se cadastrar por medo de afetar a coluna”, afirmou Albuquerque.
Beto citou que já tramita na Câmara proposição que autoriza o empregado a faltar um dia de trabalho por ano, sem prejuízo salarial, para fazer inscrição ou atualização de dados no Redome.
Ele reiterou que a leucemia só pode ser enfrentada com a solidariedade do doador, “porque é como um raio, que nunca avisa quando e onde vai cair, podendo atingir qualquer um, quando menos se espera. Lá em casa o raio caiu em dezembro de 2007 e até hoje não sei de onde veio.”
Fabiana Calçada com informações da Agência AL/RS

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Abertura da Semana de Mobilização Nacional para
Doação de Medula Óssea


Amanhã faremos a abertura da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea 2013, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a partir das 09h30min.

Na ocasião, a Unidade Móvel do Hemocentro estará cadastrando candidatos a doadores de medula óssea em frente a Assembleia, das 09h às 12h e das 13h30min Às 16h. Seja solidário!