sexta-feira, 24 de maio de 2013

Anvisa lança cartilha com orientações sobre armazenamento do sangue de cordão umbilical

Não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de procedimento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária lançou nesta sexta-feira uma cartilha para esclarecer os benefícios e as limitações do armazenamento do sangue de cordão umbilical, prática que vem crescendo nos últimos anos. Um dos objetivos é orientar futuros pais que veem na coleta uma forma de garantir o tratamento de doenças do filho.
O texto explica que o cordão umbilical é uma alternativa no tratamento de doenças hematológicas, por ser rico em células-tronco, porém são raros os relatos de transplantes de sangue de cordão autólogo (no próprio doador) no mundo e não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de procedimento.
"Nem sempre será possível utilizar o próprio sangue de cordão armazenado. Este uso é contra-indicado em algumas situações. Por exemplo, para tratar doenças de origem genética, como certas leucemias (a causa mais comum de transplantes realizados na infância), uma vez que o sangue do cordão pode carregar o mesmo material genético e os mesmos defeitos responsáveis pela doença manifestada", diz a cartilha.
De acordo com a Anvisa, das 45.661 unidades de cordão umbilical armazenadas em bancos privados no país, entre 2003 e 2010, apenas três foram utilizadas para transplante autólogo. A legislação proíbe que os bancos privados façam transplantes usando o material de uma pessoa para tratamento de outro paciente. Nos bancos privados, os custos são arcados pelo contratante. A cartilha incentiva as pessoas a doarem os cordões umbilicais para os bancos públicos, onde o acesso é gratuito.
A maioria dos transplantes usa células-tronco do sangue do cordão armazenado em unidades públicas. Mais de 10 mil pacientes no mundo foram tratados desta maneira, segundo a Anvisa.

Fonte Jornal Correio do Povo. Imagem: Google.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Lei que prevê tratamento de câncer em 60 dias vale a partir desta quinta
Prazo conta após diagnóstico e inclusão de dados no prontuário médico.

Entra em vigor nesta quinta-feira (23) a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.
A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro do ano passado e tinha 180 dias para começar a valer.
O paciente que não conseguir iniciar seu tratamento dentro do prazo que prevê a lei pode fazer uma denúncia junto à ouvidoria do SUS pelo telefone 136. Essas denúncias serão fiscalizadas pelo Ministério da Saúde. Em último caso, o paciente pode ainda acionar a Justiça contra o estado ou o município em que o problema tiver ocorrido.
A nova regra, porém, não vale para três casos: câncer de pele não melanoma (a biópsia às vezes já é o tratamento), tumor de tireoide com menor risco e pacientes sem indicação de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas dessas situações, porém, o uso de remédios deve começar logo após a detecção da doença.
A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 518 mil casos de câncer sejam diagnosticados em 2013, número que deve aumentar com o envelhecimento da população e o aumento do tabagismo no sexo feminino.

Desenhista Reginaldo da Silva Filho e a mulher, Laudiceia, no Recife (Foto: Katherine Coutinho/G1)

Em todo o país, 277 hospitais, centros e institutos estão habilitados a realizar procedimentos oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco deles – quatro no Norte e um no Nordeste – têm apenas um local de tratamento. É o caso do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Piauí.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será preciso ampliar os serviços principalmente nessas duas regiões e no interior do país. Os investimentos para isso têm sido feitos desde 2011, com a implantação de 80 novos centros de radioterapia, aquisição de equipamentos e parcerias junto ao Ministério da Educação (MEC) para formar profissionais na área de oncologia, o que leva de dois a três anos.
"[Isso] Vai exigir uma reorganização dos estados e municípios, dos hospitais. (...) Outro grande desafio é termos mais médicos especialistas em câncer", disse Padilha, em entrevista à Globo News.
De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os cinco estados com apenas uma unidade de atendimento ao câncer pelo SUS apresentam um perfil populacional baixo, e o cálculo do número de locais necessários é feito com base no total de habitantes. Apesar disso, segundo Magalhães, esses "vazios assistenciais" serão identificados e corrigidos.
Para quem mora no Norte e no Nordeste, muitas vezes a saída é viajar milhares de quilômetros em busca de atendimento especializado. Foi o caso de duas mulheres, uma de Rondônia e outra da Paraíba, que foram diagnosticadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Rosemar Rodrigues Barbosa, de 25 anos, e Jaciara de Lima Cosmo, de 18, fazem parte dos 6% dos atendimentos do hospital que incluem pessoas de fora da região. As duas começaram o tratamento menos de 20 dias após o diagnóstico da doença: uma tem um tumor na língua e a outra, um linfoma (câncer no sistema linfático).
Na tentativa de ajudar no tratamento de pacientes com câncer, clínicas privadas também poderão se credenciadar ao SUS. O objetivo do Ministério da Saúde é aproveitar a estrutura que já existe e expandi-la em novos turnos. Magalhães conta que 20 serviços privados de radioterapia estão se credenciando à rede pública, e outros já 50 foram consultados pelo governo.
"A data de hoje é um marco na disposição legal, mas nada acontece de um dia para o outro. Apoiamos a iniciativa da lei porque vira uma força a mais para o que já estávamos tratando de forma especial, que são as doenças crônicas. Cada vez mais, conseguimos colocar o câncer no centro da Política Nacional de Saúde", avalia.

Novo sistema
Desde o dia 16, municípios e estados brasileiros têm acesso ao Sistema de Informação do Câncer (Siscan), um programa de computador que reunirá o histórico de todos os pacientes oncológicos e do tratamento de cada um.
A partir de agosto, as prefeituras e os governos estaduais serão obrigados a cadastrar as informações nesse sistema – que estará disponível ao público, via internet. Quem não cumprir o acordo terá repasses suspensos por parte do governo federal.
"O Siscan vai permitir um monitoramento online em tempo real, mostrar onde há mais dificuldades, a concentração dos tipos de câncer, para elaborar forças-tarefa e agilizar procedimentos. Onde houver indícios de descaso por parte de um gestor ou prestador, haverá punição administrativa", explica o secretário.
Mais de mil pessoas foram treinadas a usar o novo sistema, com cursos a distância e manuais, segundo Magalhães. Depois de agosto, será feito o primeiro balanço, que após esse período deve ser mensal.
O Siscan ainda não chegou, porém, a instituições como o Hospital do Câncer de Pernambuco, onde o desenhista Reginaldo Carlos da Silva Filho, de 23 anos, luta contra um câncer nos ossos e nos pulmões. Após os primeiros sintomas, há cinco anos, ele levou oito meses para receber atendimento e mais de cinco meses para iniciar o tratamento.
Toda semana, Reginaldo viaja quase 70 km da cidade onde mora, Lagoa de Itaenga, até o hospital em Recife. Ele tem recebido o apoio da mulher, que conheceu em São Paulo, depois de nove meses de conversas a distância, e com quem se casou em fevereiro.


Irmãs Clediléia e Clereni se apoiam uma na outra para vencer o câncer (Foto: Anaísa Catucci/G1)

Demora no diagnóstico
Um dos problemas que a nova lei não contempla é a demora que o paciente enfrenta para obter o diagnóstico correto da doença. Esse foi o caso da vendedora Clediléia Maria Magalhães, de 35 anos, que vive em de Campinas (SP) e levou oito meses para receber o resultado de uma mamografia, que acabou identificando um nódulo. Agora, ela vive uma fase de "angústia, com um peso nas costas", à espera de novos exames para saber se se trata de um tumor maligno.
"O médico do posto disse que tem possibilidade de não ser câncer e que há casos mais graves na minha frente. Mesmo com a orientação de um oncologista, que me examinou e pediu exames pré-operatórios, ele resolveu cancelar tudo, depois solicitou uma ultrassonografia e, se for possível, irá encaminhar para um mastologista", disse.
Já a irmã mais velha de Clediléia, Clereni Maria Cândido, de 47 anos, foi diagnosticada em 2007 com um tumor no ovário que se espalhou para outros órgãos. Para detectar a doença, ela resolveu pagar as próprias despesas – pelo menos, R$ 2,5 mil. Acabou passando por três hospitais, quatro cirurgias e se aposentou por invalidez.
Para o oncologista Pedro Ricardo de Oliveira Fernandes, do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, a nova regra não melhora os problemas da rede pública.
"Diante da situação que enfrentamos hoje, é uma utopia acreditar que vai ocorrer com tanta agilidade a mudança do cenário que temos nos hospitais da cidade. Os exames ambulatoriais pelo SUS demoram muito e, quando precisamos de exames sofisticados, existem pacientes que morrem na fila por conta da precariedade", diz.
Na opinião do secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os serviços do SUS devem facilitar o diagnóstico por meio de exames como ultrassom, endoscopia e colonoscopia.
"Outro ponto é apostar na detecção precoce. Quanto mais cedo o médico, na atenção básica, suspeitar de algo, maior pressão haverá para o paciente fazer os exames e iniciar o tratamento", diz.
Esse é o ponto fraco da maioria dos casos. Segundo Rodrigo Almeida de Souza, diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Rondônia, o diagnóstico precoce depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e ser encaminhado a um especialista.
Esse tempo prolongado pode ser determinante, como vive na pele a dona de casa Francisca Camurça, de 53 anos, que faz tratamento contra um câncer de mama em Porto Velho, após quase sete meses de espera pelo resultado.
Sobre o tratamento, Francisca não tem queixas. "Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença", lamenta.
Apesar de essas situações de longa espera não parecerem exceção, há casos exemplares de atendimento de câncer no país. Os moradores do interior paulista Conceição Aparecida de Matos e José Gomes Ferreira, de 71 anos, se beneficiaram da rapidez dos serviços oferecidos em Jaú.
Ela, que trabalha como costureira, foi diagnosticada com câncer de intestino e ele, de próstata. Em um mês, Conceição passou por cirurgia e agora faz acompanhamento. José segue o mesmo caminho, e admite que a falta de informação e o preconceito para fazer exames preventivos fizeram com que ele só procurasse um médico aos 60 anos de idade.
No entanto, o atendimento não deve apenas ser rápido, mas também preciso. No caso da professora de Sobradinho (DF) Maria Aparecida Nere, de 53 anos, uma avaliação equivocada poderia ter lhe custado a vida.
Após fazer um autoexame das mamas em 2011, ela suspeitou que estava com câncer no seio esquerdo. Consultou-se com dois ginecologistas do SUS, e eles disseram que era apenas gordura e que não deveria se preocupar, pois "câncer não dói". Mas dois exames feitos no mesmo ano mostraram que os especialistas estavam errados.
Hoje, após fazer cirurgia e sessões de químio e radioterapia, Maria Aparecida espera pelo resultado de uma ressonância magnética – feita em clínica particular – para saber se um caroço identificado no tórax e outro na mama esquerda são novos tumores.

Ajuda influente
O aposentado gaúcho Adão Monteiro, de 66 anos, acredita que só conseguiu o tratamento contra um câncer de próstata porque teve ajuda de um vereador.
Ele esperou 11 meses para tratar a doença, diagnosticada em 2011, e precisou passar por 37 sessões de radioterapia no Complexo Hospitalar da Santa Casa, em Porto Alegre.
"Foi demorado. Se não conhecer ninguém influente, a pessoa morre. Eles não dão bola. (...) É um descaso com o ser humano. Quando a pessoa estiver morrendo, daí eles atendem", desabafa a mulher de Adão, Regiane Alves Monteiro.
Outro entrave vivido por pacientes com câncer é a falta de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, que às vezes não são encontrados no SUS e precisam ser comprados. Adão também passou por isso, e decidiu entrar na Justiça contra a Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde mora, para receber o remédio de que precisava.

Atendimento
Dados do ministério mostram que, antes mesmo da nova lei, 78% dos casos de câncer em estágio inicial já têm sido tratados em até 60 dias. Nos casos de câncer em estágio avançado, esse índice sobe para 79%. As informações mostram ainda que 95% das crianças e dos adolescentes começam a ser tratados dentro desse prazo.
Apesar disso, ainda há uma grande desigualdade de tratamento em cidades mais distantes dos grandes centros urbanos, disse Padilha.

"Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias" Alexandre Padilha, ministro da Saúde

Se o prazo máximo estiver próximo do fim e o tratamento ainda não tiver começado, os pacientes poderão procurar e cobrar a Secretaria Municipal de Saúde, segundo Padilha.
"Sabemos que será um grande desafio para os municípios cumprirem o prazo, mas é preciso que o cidadão busque informações nos equipamentos de saúde. [...] O ministério também terá uma comissão de acompanhamento de cumprimento dos prazos em todo o país", disse.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o paciente ou os familiares também podem ligar para o Disque Saúde (Ouvidoria Geral do SUS), no telefone 136.

Câncer no Brasil
O Inca prevê 518 mil novos casos de câncer em 2013. No ano passado, foram mais de 500 mil diagnósticos de tumores, e o gasto público com internações foi de R$ 806 milhões. Esse é o segundo problema de saúde que mais mata no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares.
Entre as mulheres, o câncer que mais mata é o de mama – foram 12.705 casos entre 2010 e 2011, o que representa 15,3% das mortes femininas no país. Já entre os homens, o câncer de traqueia, brônquios e pulmões somou 13.677 casos no mesmo período, alcançando 14,2% dos óbitos.

"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente" Nise Yamaguchi, oncologista

Para Padilha, a população brasileira também precisa melhorar os hábitos como forma de prevenção.
"É um problema de saúde pública que será cada vez mais presente por conta do modelo de vida, da urbanização e do envelhecimento. [...] A prevenção do câncer, antes de mais nada, é não fumar, ter hábitos saudáveis, fazer exercícios", destacou.

'Decisão cautelosa e útil'
Na opinião da oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina e médica dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, a decisão do governo é extremamente cautelosa, útil, e vem da necessidade de agilizar o sistema.
"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente. É preciso saber o que se está fazendo, e isso não é imediato, depende da resposta do patologista, de uma biópsia", explica.
Nise diz que, na maioria das situações, dois meses são um prazo razoável. A exceção fica por conta de alguns tipos de leucemia, que avançam mais rápido. Em relação às metástases – quando um tumor se espalha para outros órgãos ou tecidos –, não é possível saber quando elas vão ocorrer, razão pela qual não dá para afirmar se 60 dias são um período seguro ou não.
De acordo com a especialista, na maioria dos países não existe esse tipo de lei.
"Neste Brasil continental, seria impossível dar conta de um prazo menor, pois não adianta uma lei para não ser cumprida. Dentro de um ano é que poderemos avaliar essa medida", diz a médica.

Fonte: Luna D'Alama - Do G1, em São Paulo
*Colaboraram G1 PE, DF, RO, RS,  Ribeirão Preto e Franca, Bauru e Marília, e Campinas e Região



quarta-feira, 22 de maio de 2013


Menina de 18 anos cria algoritmo 

que diagnostica leucemia

Estudante americana desenvolveu ferramenta que identifica casos da doença por meio de determinadas características das células


Brittany Wenger vive em Sarasota, na Flórida, e desenvolveu uma ferramenta capaz de
 diagnosticar a leucemia de linhagem mista

São Paulo – Muitas garotas de 18 anos costumam ouvir música, navegar na internet e ir às compras. No caso da americana Brittany Wenger, a ciência é outro hobby. A estudante desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista, uma das formas mais agressivas e menos detectáveis da doença já catalogadas pela medicina.
Wenger criou uma "rede neural artificial" que detecta determinados padrões na expressão genética dos pacientes. "Diferentes tipos de câncer têm diferentes impressões digitais moleculares", explicou ela ao siteMashable. Ao analisar características específicas como tamanho, forma e espessura das células, o algoritmo pode dizer se a pessoa tem leucemia ou não.
A pesquisa que deu origem à nova ferramenta começou quando a estudante tinha 15 anos. Sua prima foi diagnosticada com câncer de mama e Wenger decidiu juntar seus conhecimentos de programação para ajudar na melhor detecção da doença.
Para isso, ela analisou padrões genéticos a fim de identificar quais aspectos estavam presentes em células cancerígenas. O trabalho voltado para o câncer de mama rendeu a Wenger um prêmio de 10 mil dólares pago pelo Google em 2012. Foi um estímulo para ela prosseguir buscando uma solução similar para a leucemia.
Como funciona
Por meio do site Cloud4Cancer, é possível ter uma ideia de como a ferramenta funciona. A plataforma foi criada pela jovem para que o algoritmo ficasse ao alcance dos médicos. Nela, o especialista preenche um breve formulário sobre os aspectos de uma amostra celular previamente recolhida e recebe na hora o diagnóstico sobre o câncer de mama.
Os números do trabalho são animadores. A ferramenta identificou cerca de 99% dos casos de câncer avaliados – índice de sucesso 5% acima daquele oferecido por outros métodos disponíveis no mercado. Ao todo, mais de 7 milhões de testes já foram realizados com o algoritmo em três anos.
"Eu ensinei o computador a responder uma questão simples: o nódulo é maligno ou benigno?", resume Wenger.
O Instituto Nacional do Câncer estima que 52 mil novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2012. Na última semana, a atriz Angelina Jolie, que tinha predisposição genética para a doença, teve suas mamas removidas cirurgicamente para reduzir as chances de contrair a doença.
Assista aqui ao vídeo (em inglês) no qual Brittany fala sobre sua pesquisa sobre câncer de mama que levou à criação do algortimo premiado pelo Google:


Fonte: Saulo Pereira Guimarães, da Exame.com

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Atitude que salva vidas...

" Um pouco de você por uma vida"



As chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras - podem chegar a uma em cem mil! Por isso, ao se tornar um doador, você está ajudando a diminuir essa distância.

Qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos e boa saúde poderá doar medula óssea. Ela é retirada do interior dos ossos da bacia, a...través de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

Todos os dados são organizados nos Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

O processo de doação é muito simples. Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (05 ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada. Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação. Seu atual estado de saúde será então avaliado.
COMPARTILHE essa idéia!!Seja um anjo herói na vida de alguém por toda uma vida!

Fonte: Liga da Medula. 
Curta e compartilhe essa ideia: http://www.facebook.com/ligadamedula.ossea?fref=ts

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ENCONTRO com Fátima Bernardes
Mães de transplantados contam o que mudou na visão delas sobre o mundo

Assista no link: http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/t/videos/v/maes-de-transplantados-contam-o-que-mudou-na-visao-delas-sobre-o-mundo/2561312/


Alícia com três anos é transplantada de coração.

A pequena Alícia, que tem apenas três anos, contou que está ótima após o transplante de coração.  "Eu tenho que agradecer a quem me doou o coraçãozinho", agradeceu a pequena Alícia em seu breve depoimento.  

segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!”


"Eu estou disposta a doar, quantas vezes forem necessárias!" Danubia Borges.


Boa noite!
Um depoimento emocionante de uma doadora de Medula Óssea..
"A emoção ainda toma conta de mim, e é complicado tentar colocar no papel algo tão importante assim. Toda vez que tento expressar em palavras o que vivi, lágrimas começam a surgir sem que eu perceba.
Tudo começou há quase dois anos atrás quando um amigo teve aplasia medular, uma pessoa que estava acostumada a salvar vidas. Ele um rapaz jovem, casado, com uma vida toda pela frente, bombeiro por profissão e por amor.
Ali começava a luta da família, foram várias campanhas, foram várias noites sem dormir e dias intermináveis em busca de uma compatibilidade. Ele lutou até o fim, mas infelizmente não acharam.
Em uma dessas campanhas resolvi me inteirar mais sobre o assunto, já que não há uma divulgação e a falta de informação às vezes dificulta muito.
Eu não tinha noção o que era necessário fazer pra tornar uma doadora de medula óssea.
Através das informações passadas pela família me tornei doadora na esperança de um dia poder ajudar alguém.
Meses se passaram e eu no fundo nunca pensei que um dia fosse compatível com alguém.
No mês de fevereiro desse ano pra minha surpresa o pessoal do Hemocentro entrou em contato, dizendo que talvez eu pudesse ser compatível com alguém, pediram então que eu fosse até lá pra fazer uma segunda coleta para que fizessem exames mais específicos.
Assim foi feito. Informaram-me no dia que caso houvesse a compatibilidade o pessoal do INCA entraria em contato.
Dias se passaram e eu mais uma vez achava que não tinha dado em nada. Mas pra minha surpresa o INCA entrou em contato, dizendo que sim, que eu era compatível com uma pessoa que estava precisando, e perguntaram se eu estava disposta a fazer a doação de medula óssea.
Hora alguma eu hesitei, disse que estava disposta sim quantas vezes fosse necessário.
A partir daí começou todo o processo. Eles entraram em contato com o pessoal do Araújo Jorge (aqui mesmo em Goiânia) Associação de Combate ao Câncer do estado de Goiás.
Fiz todos os exames e assinei o termo de responsabilidade aceitando fazer a doação.
Exames entregues, tudo ok, saúde em perfeito estado, era hora de partirmos para a doação.
Marcaram a data da minha internação. Tiraram todas as minhas dúvidas e falaram como seria o procedimento.
Eu tive que doar 2 bolsas de sangue para que depois eu as recebesse de volta no dia da doação.
Internei numa quinta-feira apenas para receber soro e pra que eles me preparassem para o procedimento no outro dia.
Enfermeiros a todo o momento aferiam minha pressão, minha temperatura e com todo cuidado e atenção tentavam me deixar o mais a vontade possível.
No outro dia pela manhã foi feito o procedimento, fui pro centro cirúrgico logo pela manhã.
Foi feito uma medicação para que eu dormisse, tomei anestesia “RAC” não senti absolutamente nada, e acordei no final do procedimento.
Eles fazem dois furinhos minúsculos na região da bacia (furos a ponta de um lápis de escrever) e tiram a quantidade de sangue de acordo com o seu peso.
Voltei para o quarto, recebi uma bolsa de sangue que havia doado durante o procedimento mesmo, e a outra quando já estava no quarto.
O efeito da anestesia passou e a única coisa que sentia era um incomodo da região da bacia, nada de insuportável, pelo contrário (mulheres que já tiveram filho, o incomodo que senti é o mesmo de quando está próximo de dar a luz).
Depois do procedimento os cuidados foram os mesmo, aferiam pressão e temperatura, continuei tomando soro e de repouso.
Só no outro dia pela manhã que recebi alta, o médico passou pra ver como estava e viu que não era necessário nem mesmo fazer mais curativo pois a cicatrização estava ótima.
Então fui embora pra minha casa, com a sensação de ter ajudado alguém, extremamente emocionada.
Pedem para que não peguem peso, e fique de repouso por uns 3 dias. Depois disso a vida volta ao normal. Continuo tomando uma vitamina a base de ferro.
Daqui uma semana, volto ao Araújo Jorge para fazer um hemograma completo, pra ver se está correndo tudo bem.
Difícil tentar descrever tudo o que estou sentindo. Só queria compartilhar com vocês a emoção que sinto nesse momento. Já estou em casa, me recuperando muitíssimo bem.
Uma felicidade extrema de saber que há um alguém, que pra mim não tem rosto, nem nome e nem sobrenome e que nesse momento também pode estar sentindo o mesmo que eu.
Acho que agora eu entendo perfeitamente o porquê deles (INCA) não informarem a identidade nem de quem está doando muito menos de quem está recebendo.
É uma emoção que transborda dos meus olhos todas as vezes que me pego pensando na felicidade dessa pessoa de poder ter esperança de vida!
Pra mim foi tudo tão simples, foi tudo tão rápido e tão gratificante. Doar algo que pra mim não me fará falta e que pra alguém é de uma importância extrema.
Imagino a angústia, a demora e o sofrimento não só dele, mas da família também em busca da cura, em busca de uma compatibilidade, de alguém disposto a ajudar.
Lógico que se possível queria muito conhecer essa pessoa que recebeu a medula, mas só de saber que eu de alguma forma pude ajudar e que ainda consegui levar esperança e assim fazer com que ele desse um singelo sorriso de felicidade pra mim já é o suficiente.
Talvez a gente devesse olhar mais para o lado, respirar outros ares e doar mais.
Doar medula óssea, doar sorriso, doar carinho, doar um simples abraço ou uma palavra de força e conforto.
Obrigada a todos que DOARAM um tempo pra mandar uma mensagem de força e carinho.
Muita coisa passando pela cabeça e no coração, os olhos dizem!
O significado é muito importante, mas os sinônimos também fazem parte:
Doar: Ceder gratuitamente a outrem; fazer doação, dar.
Sinônimos: brindar, ceder, conceder, dadivar, dar, facultar, obsequiar,oferecer, ofertar, outorgar e presentear
“Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!”
Eu estou disposta a doar, quantas vezes forem necessárias!"
Danubia Borges.


Fonte: Liga da Medula Óssea.