Anvisa lança cartilha
com orientações sobre armazenamento do sangue de cordão umbilical
Não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de
procedimento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária lançou nesta
sexta-feira uma cartilha para esclarecer os benefícios e as limitações do
armazenamento do sangue de cordão umbilical, prática que vem crescendo nos
últimos anos. Um dos objetivos é orientar futuros pais que veem na coleta uma
forma de garantir o tratamento de doenças do filho.
O texto explica que o cordão umbilical é uma alternativa no
tratamento de doenças hematológicas, por ser rico em células-tronco, porém são
raros os relatos de transplantes de sangue de cordão autólogo (no próprio
doador) no mundo e não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de
procedimento.
"Nem sempre será possível utilizar o próprio sangue de
cordão armazenado. Este uso é contra-indicado em algumas situações. Por
exemplo, para tratar doenças de origem genética, como certas leucemias (a causa
mais comum de transplantes realizados na infância), uma vez que o sangue do
cordão pode carregar o mesmo material genético e os mesmos defeitos
responsáveis pela doença manifestada", diz a cartilha.
De acordo com a Anvisa, das 45.661 unidades de cordão
umbilical armazenadas em bancos privados no país, entre 2003 e 2010, apenas
três foram utilizadas para transplante autólogo. A legislação proíbe que os
bancos privados façam transplantes usando o material de uma pessoa para
tratamento de outro paciente. Nos bancos privados, os custos são arcados pelo
contratante. A cartilha incentiva as pessoas a doarem os cordões umbilicais
para os bancos públicos, onde o acesso é gratuito.
A maioria dos transplantes usa células-tronco do sangue do
cordão armazenado em unidades públicas. Mais de 10 mil pacientes no mundo foram
tratados desta maneira, segundo a Anvisa.
Fonte Jornal Correio do Povo. Imagem: Google.
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