terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Beto busca apoio da ALRGS para a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula


Deputado foi recebido pelo presidente da AL, Pedro Westphalen. Foto: Fabiana Calçada

O deputado federal Beto Albuquerque, fez uma visita cortesia ao presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado estadual Pedro Westphalen, nesta segunda-feira (25). Acompanhado do deputado estadual Miki Breier e do assessor da bancada socialista na ALRS, Luiz Noé, Beto Albuquerque aproveitou para solicitar ao presidente, o engajamento da Casa na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula óssea, instituída pela Lei 11.930, sancionada em 22 de abril de 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A semana da Lei Pietro, que leva o nome do filho de Beto falecido em fevereiro de 2009 em razão de leucemia, prevê que todos os anos, de 14 a 21 de dezembro, a doação de medula óssea seja incentivada.
Para o deputado, a semana de mobilização é importante para desmistificar, esclarecer e mobilizar as pessoas a fim de que procurem o Hemocentro e se cadastrem como possíveis doadores. Segundo Beto, ocorrem cerca de 9 mil casos de leucemia todos os anos no Brasil, e o desafio é vencer o pouco tempo que se tem para reagir à doença. “Uma das formas de vencer esse pouco tempo é tendo um grande cadastro de candidatos a doadores de medula. Já agregamos três milhões de doadores através dessas campanhas. Os transplantes dependem da nossa solidariedade”, afirmou.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Saudade é o amor que fica! 

Depoimento de um pediatra e oncologista

“Médico pediatra e oncologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivência e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar.
No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós médicos somos treinados para nos sentirmos “deuses”. Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim. Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia. Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
-E o que a morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela, quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei “entupigaitado”. Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
-E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: -E o que a saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim…
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo “meu anjo, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existe saudades! O amor que ficou é eterno.”
Rogério Brandão - Médico oncologista clinico
Fonte ATMO: http://atmo.org.br/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Neste Carnaval doe sangue, doe medula!

Bonita campanha do Hemocentro da Paraíba, doe sangue e doe medula! Feliz Carnaval! 

Fonte: ATMO - http://atmo.org.br

MEDULA ÓSSEA
Estímulo à doação é tema de Projeto de Lei
Criação e implantação do Programa de Doação de Medula Óssea, pretende desenvolver junto ao funcionalismo público municipal a consciência sobre a importância e necessidade de ampliar o número de doadores de Medula Óssea

Partindo do pressuposto que o Poder Público não pode se eximir de uma questão importante, quanto a doação de medula óssea, que pode vir a salvar inúmeras vidas, o vereador Eduardo Peliciolli (PSB) protocolou um projeto de lei para realizar o Programa de Cadastro de Doadores de Medula Óssea em parceria com o Hemocentro Regional de Passo Fundo, a criação da Semana de Mobilização Municipal para Cadastramento de Doadores de Medula Óssea na data indicada de 14 a 21 de dezembro e ainda desenvolver estímulos para os servidores públicos municipais se cadastrarem no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea - REDOME. “Não podemos mais perder vidas como a de Pietro Albuquerque por que há falta de doadores cadastrados. Nesse exato momento, outros passo-fundenses aguardam por doadores compatíveis”, esclarece Peliciolli. 

O vereador alerta que quando não há um doador aparentado, um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais, a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). “Assim, o Programa de Doação de Medula Óssea atuará em parceria com o Hemopasso, em forma de convênio entre a entidade e o poder público. Além disso o programa deverá desenvolver, com a colaboração do Hemocentro as atividades de efetuar campanha de divulgação e esclarecimento junto a todos os servidores municipais da Administração Direta e Indireta com a finalidade de estimular a doação de Medula Óssea, elaborar o cadastramento dos servidores municipais que, voluntariamente, se dispõem a doar a Medula Óssea, expedir aos servidores municipais doadores de Medula Óssea comprovante de inclusão no REDOME, e elaborar uma agenda para coletar o sangue dos doadores, somente com autorização do órgão controlador”, salienta o vereador.

(Vereador Eduardo Peliciolli / FOTO DIVULGAÇÃO)

Peliciolli argumenta que os servidores públicos municipais que se cadastrarem como Doadores de Medula Óssea de forma voluntária, terão como folga do serviço dois dias, sem prejuízo da remuneração ou ao banco de horas, podendo gozar deste benefício junto ao período de férias. “Apesar de crescente, o número de doadores ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes, principalmente, pelo fato da probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil ser de um em cem mil. Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa”, pontua o vereador.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Fonte: Redação Passo Fundo / DM




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Por que congelar células-tronco?




A moda de congelamento de células-tronco tem se destacado entre os famosos e tem ganhado cada vez mais pais que se preocupam com o futuro dos seus filhos. A técnica é feita no nascimento do bebê e garante que a criança seja tratada com maior eficácia nos casos de doenças ou transplantes de medula durante sua vida. Saiba mais sobre o assunto e veja por que congelar células-tronco.Células-tronco

Doenças que podem ser curadas com as células-tronco

Fonte: Mundo Das Tribos


As células-tronco obtidas através do sangue do cordão umbilical do bebê são muito importantes. Por isso, é essencial que sejam conservadas com segurança e tecnologia. Algumas famosas como Heloísa Perissé, Isabela Garcia e Nívea Stelmann são adeptas as tendências. Durante o nascimento dos bebês, elas foram acompanhadas por um profissional especializado.

Durante o parto, as células-tronco ficam no cordão umbilical, que é coletado pelo profissional em uma bolsa especial. A bolsa é levada para o laboratório, onde ocorre a separação de células vermelhas e plasma das células brancas (onde ficam as células-tronco), que são compactadas e armazenadas em tanque de nitrogênio líquido. O material é congelado em uma temperatura de 196º C negativos. As células são congeladas em um sistema de temperatura decrescente, não congelando de forma brusca.


O sangue do cordão umbilical é congelado, pois possui o mesmo potencial terapêutico que a medula óssea, ou seja, trata doenças relacionadas a cânceres no sangue (onco-hemetológicas). Ele é rico em células-tronco adultas e possui vários benefícios de uso. Como se trata de células novas, que não foram expostas a agentes como poluição, radiação, infecções e outros, em caso de transplantes, as chances de rejeição são menores.


Leucemias, mielomas, linfomas, anemias, osteoporose, deficiências imunológicas, doenças metabólicas e muitas outras. Estudos prometem a cura de diabetes tipo 1, lesões raquimedulares, esclerose múltipla, cerebrais, ósseas e articulares, doenças cardíacas (infarte, insuficiências e chagas) e outras.


No ano de 2010, foi feito um estudo realizado pela Duke University (nos Estados Unidos) com crianças e bebês com paralisia cerebral sugeriu que, quando são tratadas com o sangue do próprio cordão, apresentam melhoras significativas no desenvolvimento motor e de fala. No entanto, esse tipo de uso de células-tronco ainda está sendo testado.


As células-tronco são excelentes para o tratamento de várias doenças. Elas têm sido também grandes apostas para o tratamento de doenças degenerativas. A capacidade regenerativa de uma célula-tronco é muito grande e o tratamento com uso possui maior eficácia. Os médicos acreditam que em um futuro próximo o uso dessas células poderá atuar na regeneração do fígado, coração e outros órgãos que são degenerados com o tempo.