segunda-feira, 1 de setembro de 2014

SAÚDE NASCIDA PARA SALVAR

ESPERANÇA EM FAMÍLIA


ANTÔNIA É FRUTO de fertilização pensada para salvar a irmã, Ana Luiza. Agora, ela completou doação de medula em busca de vida normal às duas

Antônia, de apenas um ano, tinha uma missão audaciosa: salvar a irmã. O bebê de cabelos encaracolados e bochechas fartas não faz ideia, mas concretizou, há três dias, o ato de amor planejado pelos pais.

Os 260ml de medula óssea da caçula deixaram a conta-gotas o recipiente similar a uma bolsa de sangue, percorreram um fio transparente e penetraram o corpo da irmã Ana Luiza, cinco anos, rumo à cura de uma aplasia medular que a fez crescer em uma redoma por dois anos e 11 meses. O transplante ocorreu às 15h8min de sexta- feira e terminou às 16h2min do mesmo dia, sob a vigília de enfermeiros e médicos e dos pais Gerciani Cunha da Costa, 39 anos, e Alex Gularte da Costa, 45.

O procedimento foi realizado no mesmo quarto em que Ana está internada, no Centro de Transplantes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Para se preparar, ela pegou o rímel da mãe escondido, passou protetor labial cor-de-rosa e acomodou uma flor gigante na cabeça. Aos pés da cama, as bonecas, Aila, Dora e Luiza. Queria tudo impecável. Assim que o transplante começou, a mãe, sempre falante, ficou muda. O pai não tirava os olhos da menina, emocionado. Ana Luiza permanecia estática, mexendo apenas os olhos.

– Queremos tirar uma foto contigo, Ana – disse Gerciani.

A menina a fitou contrariada.

– Claro, tiramos no dia que tu nasceste. Vamos fazer uma agora bem bonita – explicou a mãe.

– Tá bem, no dia em que eu renasci, né? – consentiu Ana.

Minutos antes da infusão da medula, Ana interrogou a médica:

– Como que a medula sabe que tem de ir para o lugar certo, já que a gente recebe na veia e sangue não tem olho nem pé para andar?

– Sangue enxerga e anda até de skate. Corre e sabe onde ficar, é muito esperto – rebateu Liane Daudt, chefe do Serviço de Hematologia Clínica e Transplante de Medula Óssea do Clínicas.

Ao fim do procedimento, Gerciani foi até o quarto de Antônia, cinco andares acima.

– Deu tudo certo com a mana. Tu vais salvá-la – disse, enquanto a bebê se jogava em direção à mãe.

Fora reações já esperadas, de vômito, prostração e dor de cabeça, Ana passa bem. Até as 19h de ontem, o estado de saúde era estável. Antônia já teve alta. Sem a irmã, embrião produzido em laboratório, Ana Luiza não sobreviveria. A gestação de Antônia não seria programada pelos pais sem a necessidade de um doador 100% compatível. No meio médico, o feito – realizado em uma clínica de reprodução particular de Porto Alegre –, pioneiro no Estado e segundo no país, é sinônimo de dilema e controvérsia, pois muitos especialistas julgam antiético criar um ser para salvar outro.

Para os Cunha, foi uma decisão baseada no desespero de manter vivo um filho e na capacidade de dar amor “ao anjo” que chegou para ampliar a família. A história foi tema de reportagem em ZH em 4 de maio (veja acima, no detalhe).

A pega da medula, jargão para definir a hora em que um novo sistema imunológico passa a orquestrar o corpo do receptor e é retomada a produção das células do sangue, tem um prazo de 21 dias para acontecer. Ana Luiza ainda poderá enfrentar infecções e tem a chance de as células-tronco recebidas da irmã não reconhecerem os órgãos do seu corpo. Mesmo as irmãs sendo totalmente compatíveis, em 5% a 10% dos casos não ocorre a pega da medula. Além disso, o risco de morte é de 15% e, em 70% dos transplantados, ocorre a Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro, que é quando o sistema imunológico novo não percebe os órgãos do corpo receptor como próprios dele.

Quanto mais tempo houver de doença, maiores são os riscos. Esse é o caso de Ana. Um dos motivos para que os médicos que cuidavam do transplante fossem contrários à gravidez programada.

Gerciani é professora de matemática. A teimosia da filha em viver a fez deixar de crer em probabilidades. O primeiro tratamento prometia 80% de certeza de que a medula acordaria. Nada. A expectativa de 25% de chance de o irmão Alex Junior, 22 anos, ser compatível não se confirmou. A chance de encontrar um doador compatível é de um a cada 100 mil doadores cadastrados no banco de medulas. Se a mãe tivesse engravidado espontaneamente, precisaria de 13 gestações. No caso de Antônia, foram feitos dezenas de embriões até um ser compatível.

– Se tiver 1% de chance de dar certo, vamos transformá-la em 100% – confia a mãe.

Cadastro é esperança de 1,3 mil pacientes


A aplasia medular severa de Ana Luiza consiste na falência da medula óssea (a dela tem funcionamento de menos de 20%), o que a deixa sem os principais elementos do sangue que combatem infecções. Quase três anos se passaram desde o diagnóstico e a menina para quem um resfriado poderia ser fatal resistiu fortemente. Mas uma semana antes da internação para o transplante, Antônia contraiu um resfriado e o transmitiu para Ana Luiza. A menina que não poderia ter mais do que 37,5°C de febre chegou aos 39,5ºC, antecipando a internação em início de agosto.

Com o resultado dos exames comparados aos de um adulto saudável, Antônia não ficou debilitada pela gripe. Em função do pouco tamanho, a doação da medula ocorreu em duas etapas – uma em 18 de julho e outra em 29 de agosto.

Ana já disse mais de uma vez que as crianças são muito mais fortes do que os adultos. Tirando a palidez do rosto, a altivez de Ana mascara a doença que lhe põe entre a vida e a morte diariamente.

– Ela é praticamente um milagre. A totalidade dos pacientes não resiste tanto tempo. O fato de ela ter ficado quase dois anos sem febre e sem internar é realmente muito fora da normalidade. A mãe dela tem toda a razão de desconfiar das probabilidades – disse a médica Liane Daudt.

Enquanto a mãe zelará pela saúde da Ana, o pai pediu licença do Exército, onde é sargento, para cuidar da menor, com o auxílio de familiares. Em algumas de suas visitas diárias ao hospital, Alex tem levado Antônia para ficar com Gerciani no pátio. Ana mata a saudade da irmã por meio de vídeos e fotos.

Esta história se mistura a de tantos outros pacientes que precisam de uma medula nova para sobreviver, não fosse o detalhe de ter um doador encomendado para a salvação. Aguardando pela chance de cura através da medula, há hoje no Brasil 1,3 mil pacientes – sendo mais de 90 no Rio Grande do Sul.

– Se mais pessoas se cadastrassem, quem sabe todo este sofrimento tivesse sido contornado no início. A parte boa é que agora temos também a Antônia, que amamos demais – avaliou Alex, o pai.

A previsão de internação é de mais 40 a 60 dias. Em casa, os cuidados seguirão rigorosos. Os primeiros três meses são os mais críticos. Ana ainda vai levar dois anos para frequentar a escola, quando se espera que esteja curada. Esse é o maior sonho do pai.

– Nas brincadeiras em casa, ela cita os nomes das amiguinhas de quando tinha três anos e frequentava a escola. Ela só teve aquelas. Sinto que ela está perdendo uma parte da infância. Agora está enclausurada para poder voar por aí – disse Alex.

E os planos para quando ela voltar para casa?

– Não sei nem mais receber visita. A família toda precisará de terapia, mas o tratamento que eu achei mais adequado foi ver a Antônia e a Ana no dia a dia, que elas estão lutando, Antonia se mantendo saudável e Ana implorando para viver – crê Gerciani.
COMO SER UM DOADOR?
-Para ingressar no cadastro de medula óssea são retirados 10ml de sangue (onde se identifica o HLA – espécie de “código de barras” de cada pessoa), e preenche um formulário com dados pessoais.
-Podem se tornar doadores voluntários pessoas entre 18 e 60 anos.
-Os dados do sangue e as informações pessoais ficam cadastradas no sitema informatizado que realiza o cruzamento dos dados do paciente que necessita de um transplante e fica disponível para doação até os 65 anos.
-A necessidade dos pacientes que aguardam por transplante é urgente, por isto. É importante manter os dados do cadastro atualizados para que os doadores sejam facilmente localizados. Mudanças podem ser informados pelo site www.inca.gov.br/doador






Fonte: Zero Hora: 01/09/2014.

domingo, 31 de agosto de 2014

Mais de 200 pessoas se cadastram para doar medula óssea em Lajeado, RS


Assista aqui reportagem veiculada no RBS Notícias em 31 de julho de 2014. 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Semana de Mobilização para Doação de 
Medula Óssea em Esteio



Nesta quarta-feira (14), por proposição do Vereador Harri Zanoni (PSB) foi aprovada na Câmara de Vereadores de Esteio, a Semana de Mobilização para Doação de Medula Óssea.
Representando o deputado Beto Albuquerque, autor da Lei Pietro, o companheiro Sandro Severo apresentou a Lei, da importância e quais os passos para se cadastrar e passar a ser um doador de medula óssea.
Nosso agradecimento especial aos companheiros socialistas e aos pais e família do Nickollas e Amigos do Nick Gomes, por toda sua luta e trabalho, bem como todos os pais e familiares que se uniram por esta causa!

Desde a sanção da #LeiPietro, o número de doadores voluntários aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões em todo o País. Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia por ano, doença que, na maioria das vezes, somente pode 

te pode ser vencida por meio de transplante. Esse aumento representa uma grande vitória, mas também precisamos trabalhar para que haja condições e agilidade no transplante. É inaceitável que, no Brasil, a pessoa encontre o doador e fique na fila à espera de um leito!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Por um cadastro de mais perfis
MORADORES DAS REGIÕES de Alegrete, Cruz Alta, Palmeira das Missões e Pelotas, áreas com população mais heterogênea, são fortes candidatos a contribuir com diversidade ao cadastro nacional, que possibilita transplante para não aparentados
 



Fábio Marques de Freitas tem apenas cinco anos e já enfrenta um desafio de gente grande. Com uma leucemia diagnosticada em outubro do ano passado, ele tem no histórico mais de 50 dias em internações, além de quimioterapia e sessões de hemodiálise em virtude da forte medicação recebida para combater o tumor. Para ficar completamente curado, o menino precisa de um transplante de medula – mas nem os pais ou a irmãzinha de dois anos possuem perfil genético compatível para a doação.

Para que Fábio consiga o transplante, o banco nacional de doadores de medula óssea precisa se diversificar. A diretora da Central Estadual de Regulação de Transplantes, Rosana Nothen, explica que, apesar dos mais de 3,3 milhões de doadores cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), a grande maioria possui o mesmo perfil imunogenético: o de brancos descendentes de europeus.

Por isso, as populações indígena, negra e de outras etnias têm mais dificuldade de encontrar doadores não aparentados – aqueles que não têm laços familiares com o paciente.

PORTARIA FEDERAL ESTABELECE COTAS

Para tentar garantir que o cadastro adquira uma maior representatividade de toda a diversidade genética da nossa população, foi publicada em 10 de março, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, a Portaria nº 342, que regulamenta critérios de distribuição e controle de cotas para cadastro de novos doadores no Redome. O objetivo é atrair doadores nesses nichos que precisam ter mais representação no registro.

– As populações que foram entrando no banco são mais do mesmo. Começou-se a refletir sobre o perfil desse banco em relação à representação da população brasileira, e isso levou o Ministério da Saúde a criar políticas segmentares de busca pelos perfis que são menos representados dentro do banco – afirma Rosana.

No caso do Rio Grande do Sul, os que mais podem contribuir para melhorar esse quadro são os moradores das regiões de Alegrete, Cruz Alta, Palmeira das Missões e Pelotas, áreas com uma população mais heterogênea. A família de Fábio é de Santiago e São Luiz Gonzaga, cidades próximas a duas dessas regiões.

Pai do garoto, o motorista de ônibus Fernando Libardi de Freitas, que se recupera de um câncer no rim diagnosticado seis meses antes do que foi descoberto no filho, mobilizou amigos e parentes, com apoio da empresa Nortran, onde trabalha, para se tornarem doadores voluntários.

– Para quem doa, é o transplante mais simples de todos. Todas as esperanças que a gente tinha até agora tomaram um caminho inverso. Temos que ter força e lutar com ele – diz o esperançoso pai de Fábio.

COMO SER UM DOADOR

É preciso ter entre 18 e 54 anos e apresentar boa saúde

-Nos locais de cadastro, será coletada uma amostra de sangue, de 5 a 10 ml, para a tipagem HLA, que identifica as características genéticas para a seleção de um doador

-Os dados, além da ficha cadastral, serão inseridos no Redome. O sistema informatizado realiza o cruzamento com dados dos pacientes que necessitam de um transplante. Sempre que surge um novo doador, verifica-se a compatibilidade

-Se o doador for compatível, será chamado para outros exames

-O transplante é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas. A medula óssea é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias

-Importante: mantenha os dados cadastrais atualizados

PROCURE UM HEMOCENTRO

-Centro de Hemoterapia e Hematologia do Rio Grande do Sul (Hemorgs) – (51) 3336-6755
-Hospital de Clínicas de Porto Alegre – (51) 3359-8504
-Hospital Conceição (Porto Alegre) – (51) 3357-2139
-Hemocentro Regional de Alegrete – (55) 3426-4127
-Hemocentro Regional de Caxias do Sul – (54) 3290-4543
-Hemocentro Regional de Cruz Alta – (55) 3326-3478 / 3168
-Hemocentro Regional de Pelotas – (53) 3222-3002
-Hemocentro Regional de Santa Maria – (55) 3221-5192
-Hemocentro Regional de Santa Rosa – (55) 3511-7367 / 3513-0612
-Hemocentro Regional de Passo Fundo – (54) 3311-5555
-Hemocentro Regional de Palmeira das Missões – (55) 3742-5676


Matéria Jornal ZERO HORA/RS - 02 de maio de 2014

quarta-feira, 23 de abril de 2014

BRASÍLIA             | 22.04.2014

Centro de transplante de medula óssea do DF se chamará Pietro Albuquerque

 
 Equipe do ICDF fala sobre nova ala de transplante de medula. Foto: Chico Ferreira


O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), visitou, nesta terça-feira (22), as obras da ala destinada ao transplante de medula óssea do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). O socialista é autor da Lei nº 11.930, conhecida como Lei Pietro em homenagem ao seu filho, vítima de leucemia mieloide aguda, que faleceu em fevereiro de 2009, após 13 meses de luta contra a doença.

A Lei estabeleceu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Nesse período, diversas atividades são realizadas em todo o País com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Nesta terça, data em que são comemorados cinco anos de vigência da Lei, Beto foi surpreendido com uma expressiva homenagem, recebida com muita emoção. Durante a visita, o superintendente do hospital, João Gabbardo, comunicou que o novo setor receberá o nome de Pietro Albuquerque, graças, segundo Gabbardo, ao engajamento do parlamentar na luta contra a doença.

Desde a sanção, o número de doadores voluntários aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões em todo o País. Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia por ano, doença que, na maioria das vezes, somente pode ser vencida por meio de transplante. “Esse aumento representa uma grande vitória, mas também precisamos trabalhar para que haja condições e agilidade no transplante. É inaceitável que, no Brasil, a pessoa encontre o doador e fique na fila à espera de um leito”, ressaltou Beto.

A inauguração da nova ala do ICDF está prevista para o final do mês de maio. De acordo com a diretora clínica Núbia Vieira, o andar destinado a transplantes de medula óssea tem 1.200 metros quadrados e a previsão é que passe a funcionar com mais de 40 leitos. Segundo o Ministério da Saúde, este será o maior centro de transplantes de medula óssea do Brasil. “Também teremos o atendimento do hospital-dia – quando o paciente já transplantado vem apenas para receber medicamentos, sem necessidade de internação –, com 13 poltronas disponíveis”, acrescentou Núbia.

Atualmente, o hospital conta com apenas dois leitos destinados ao transplante de medula, mas são realizados apenas os chamados autólogos, cujas células, tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo. Desde novembro de 2013, já foram realizados 12 procedimentos dessa natureza.

Com a inauguração da nova ala, passarão a ser realizados também os transplantes alogênicos, que consiste na retirada de material de outra pessoa para ser implantada no paciente.

Há cinco anos, o Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul assumiu a gestão do ICDF, que enfrentava dificuldades para manter essa estrutura em Brasília. Desde então, o hospital passou a ser referência na região em transplantes como o de coração e o de fígado.

Doença – Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.


Tatyana Vendramini
SAÚDE  | 22.04.2014

Lei Pietro completa cinco anos

Arte: Vagner Campos

Nesta terça-feira (22), a sanção da Lei Pietro completa cinco anos. De autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), a lei institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia, doença que na maioria das vezes somente pode ser enfrentada por meio de transplante. No Rio Grande do Sul, onde são registrados 1 mil novos casos de leucemia por ano, há 51 mil pessoas cadastradas no banco de doadores de medula óssea.

O parlamentar calcula que é preciso chegar a 300 mil cadastros de possíveis doadores no Estado para que a demanda seja atendida.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Clínicas receberá R$ 543 mil em investimentos
Emenda do deputado federal do PSB-RS Beto Albuquerque busca qualificar transplantes de medula óssea



Confira matéria postada no site da Instituição: 
http://www.hcpa.ufrgs.br/content/view/6800/927/

Beto destina mais de R$ 540 mil
para o Hospital de Clínicas
PORTO ALEGRE | 30.01.2014

Direção do HCPA recebe ofício anunciando a destinação dos recursos. Foto: Mariana Raimondi.

Na tarde desta quinta-feira (30) o deputado Beto Albuquerque entregou a equipe diretiva do Hospital de Clínicas de Porto Alegre ofício com emenda parlamentar no valor de R$ 543 mil para investimentos em equipamentos para pesquisa, diagnóstico de câncer e transplantes de medula.
O aporte de recursos repassados ao Hospital, que é um dos principais centros de referência no tratamento do câncer infanto-juvenil do país, é proveniente de emenda individual ao Orçamento Geral da União 2014 através do Ministério da Educação.
“Possuo um compromisso com esta causa, pois perdi um filho pra Leucemia em 2009. Ao invés de me encolher, decidi lutar para que pais não enterrem seus filhos para esta doença, como eu. Reitero que estou à disposição da comunidade do Hospital de Clínicas. Tenho certeza que este é o início de uma caminhada de parceria”, afirma o parlamentar que é um grande batalhador na causa.
Participaram do encontro, além da comitiva do deputado Beto e do presidente do HCPA, Professor Amarilio Vieira de Macedo Neto, a chefe do Serviço de Hematologia, Dra. Liane Esteves Daudt e a vice-presidente Administrativa, Tanira Torelly Pinto. Representando a bancada socialista na Câmara de Vereadores de POA, que apoia este reconhecimento e auxílios às instituições de saúde do município, o vereador Paulinho Motorista.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Especialistas culpam falta de infraestrutura em transplantes de medula




Durante debate sobre a infraestrutura para realização da doação de medula óssea no País especialistas afirmaram que a maior dificuldade do setor é a disponibilidade de leitos e o baixo número de centros especializados nesse tipo de transplante. O encontro foi promovido, nesta terça-feira (17), pela Comissão de Seguridade Social e Família, por iniciativa do líder da Legenda na Casa, deputado Beto Albuquerque (RS).
O socialista é autor da Lei nº 11.930/2009, conhecida como Lei Pietro em homenagem ao seu filho, vítima de leucemia mieloide aguda, que faleceu em fevereiro de 2009 após 13 meses de luta contra a doença. A Lei estabeleceu a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Nesse período, diversas atividades são realizadas em todo o País com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
A coordenadora de Atendimento de Atenção Hospitalar e Urgências do Ministério da Saúde, Maria do Carmo, afirmou que o Governo Federal está atento à falta de infraestrutura do setor e prevê o financiamento de R$ 200 mil por leito para doação de medula óssea no Brasil.
De acordo com o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea (CEMO) do Instituto Nacional do Câncer (Inca), Luiz Fernando Bouzas, outro problema é a falta de equidade nas regiões brasileiras, com os grandes centros de transplante concentrados no sul e sudeste. “Pacientes de outras localidades precisam se deslocar, o que dificulta a realização dos transplantes.” O diretor do CEMO reforçou que hoje com a modernização do Redome é possível buscar doadores em todo o mundo. “Se antes a chance de encontrar um doador era de 17% hoje chega a quase 90%.”
Para Beto Albuquerque, de fato desde a época da descoberta da doença de Pietro em 2008 até os dias de hoje muito se avançou no cadastro e na realização de transplantes. “O Sistema Único de Saúde é responsável por 98% dos transplantes de medula, órgão e tecidos”. Mas o parlamentar alertou para a necessidade do Governo Federal em elevar a qualidade do financiamento público de saúde. “Só assim aumentaremos a oferta de qualidade do serviço no País.”
A campanha idealizada pelo parlamentar socialista já alcançou bons resultados. Segundo o Inca, atualmente, o Brasil conta com mais de 3 milhões de pessoas na lista de voluntários, perdendo apenas para os Estados Unidos e a Alemanha. Beto chamou atenção para a necessidade de conscientizar os doadores cadastrados acerca da importância de que realmente compareçam para doar. “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.
Por essa razão, a presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Beatriz Mac Dowell Soares, defende um programa de incentivo as pessoas que já doam sangue com frequência. “São pessoas que de alguma forma já estão comprometidas com a causa”, explica. Os hemocentros são parceiros do Inca na coleta de sangue e no cruzamento do cadastro do Redome com o Cadastro Nacional de Receptores (Rereme).
Experiência
Durante a audiência na Comissão de Seguridade, as irmãs Flávia Lima Moreira e Fernanda Lima Moreira emocionaram o plenário ao contarem sua experiência. Há 15 anos Flávia doou sua medula óssea para Fernanda. De acordo com Flávia, se não fosse a rede de doadores de sangue e plaquetas anônimos, mesmo com sua medula Fernanda não sobreviveria. “Temos que estimular cada vez mais voluntários para fazer parte dessa campanha que pode salvar muitas vidas. Iniciativas como a do deputado Beto enriquecem o País.”
Coleta de Sangue
Ainda nesta terça-feira (17), ficou disponível na Câmara, durante todo o dia, uma unidade para cadastramento e coleta de amostra de sangue para cadastro Redome.
Durante a cerimônia que antecedeu o início do cadastramento, o deputado Alexandre Roso (PSB-RS) lembrou a importância da campanha de doação ao falar do aumento significativo no número de pessoas inscritas no Redome nos últimos anos. “O que temos hoje é muito bom, mas precisamos continuar nessa luta, lembrando de oferecer também todo um procedimento de qualidade aos pacientes.”
Já o deputado José Stédile (RS) ressaltou que é preciso levar, cada vez mais, a campanha de doação para os estados e os municípios, e fazer com ela cresça. “Essa é uma campanha que o povo brasileiro tem que conhecer e que tem que se aliar. Porque a doação é um gesto de amor à vida e de amor ao próximo”, afirmou o socialista.
Dados do Inca mostram que o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia a cada ano, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada.
Doença – Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Doação – Para ser um doador basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
Andrea Leal e Tatyana Vendramini

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Dezenas de pessoas realizam
caminhada em defesa da vida



Neste domingo (15) aconteceu uma grande mobilização em defesa da vida. Dentro das atividade da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea (Lei Pietro), que acontece de 14 a 21 de dezembro, dezenas de pessoas se uniram e realizaram uma caminhada no Parque da Redenção para conscientizar as pessoas da importância do cadastramento de possíveis doadores. De autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), que perdeu um filho vítima de leucemia, a Lei Pietro já ajudou a aumentar consideravelmente o número de pessoas cadastradas desde que foi instituída. “O número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores de todas as etnias no país para fazermos frente à doença”, informa Beto.

Em Caruaru, campanha incentiva cadastro de doação de medula óssea

Nesta terça (17), será realizada uma ação gratuita no Marco Zero da cidade. Os interessados em fazer o cadastro serão encaminhados ao Hemope.

Ações gratuitas serão realizadas das 9h às 17h, 
no Marco Zero de Caruaru (Foto: Fabíola Blah/G1)

A Associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO) em parceria com a Secretaria de Saúde de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, está realizando a campanha “Salvando Vidas em Vida”. A semana de mobilização de incentivo ao cadastro de doação de medula óssea vai até o dia 21 de dezembro e conta com palestras e cadastros diários no Hemope.
Nesta terça-feira (17), a instituição promoverá uma ação gratuita no Marco Zero da cidade, das 9h às 17h, com panfletagem, teste de glicemia, aferição de pressão e orientação sobre nutrição. O participante que desejar se cadastrar para doar medula será encaminhado ao Hemocentro.
A campanha é em comemoração a Lei Pietro, criada em 2009, para homenagear o filho do Deputado Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul, que faleceu por falta de um doador de medula óssea. A iniciativa pretende ainda sensibilizar a sociedade sobre a importância de doar sangue, plaqueta e órgãos.
Em Caruaru, o Hemope funciona na Avenida Osvaldo Cruz, no Bairro Maurício de Nassau, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Dúvidas podem ser esclarecidas no site da ATMO.



Serviço
Ações da Campanha “Salvando Vidas em Vida”
Local: Marco Zero de Caruaru
Dia: 17 de dezembro
Horário: das 9h às 17h.


Fonte: Do G1 Caruaru


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Aberta a 5ª Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

A abertura da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea foi realizada na manhã desta sexta-feira (13), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS). A semana, que acontece de 14 a 21 de dezembro, está em sua quinta edição e tem o objetivo de ampliar o número de doadores voluntários cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Durante a sexta-feira, a unidade móvel do Hemocentro realizou em frente à Assembleia o cadastramento de possíveis doadores. Até o final da manhã mais de 50 pessoas já tinham se cadastrado.
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB/RS) conduziu os trabalhos. Ele é o proponente da Lei Pietro (11.930/2009), que instituiu a Semana e leva esse nome em homenagem ao seu filho falecido em 2009, vítima de leucemia, antes de completar 20 anos. Beto falou sobre a luta de mais de um ano contra a doença. “Infelizmente, não conseguimos encontrar um doador compatível para meu filho.”
O parlamentar também proferiu uma palestra para desmitificar o transplante de medula, com o conhecimento de causa de quem perdeu o filho para a doença por falta de doador. Desde a primeira campanha, em 2009, o número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. “Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores de todas as etnias no Brasil para podermos fazer frente à doença”, reiterou.
Beto comemorou o crescimento do número de doadores cadastrados, mas alertou para a necessidade de conscientizá-los acerca da importância de que realmente compareçam para doar. “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.
O incentivo ao cadastro como doador é o foco do deputado no combate à leucemia. “Se o governo investisse mais em campanhas de doação, o Sistema Único de Saúde (SUS) teria redução nos gastos com tratamento”, aponta. Entretanto, Beto chamou à atenção para a importância do SUS, muitas vezes criticado, que hoje é responsável por 98 % dos transplantes de medula, órgão e tecidos.
Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “É uma loteria”. Por isso, quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada.
A vereadora de Porto Alegre, Jussara Cony (PCdoB), que perdeu o neto para leucemia em novembro de 2012, também participou do ato. Jussara é autora do projeto, aprovado nesta semana, que criou a Semana Municipal de Mobilização para Doação de Medula Óssea e foi batizado com o nome de seu neto Matheus. “Este é um momento de celebração da vida de todos, doares e receptores de medula”.
Em seu depoimento, Jussara ressaltou que a lei nacional é de grande importância e já obteve resultados impressionantes. “A lei precisa ter suporte em todo o Brasil, a partir dos municípios, porque ela desencadeou uma nova concepção do significado da doação de medula óssea”, disse.
Representando a presidência da Assembleia, o deputado Miki Breier (PSB) declarou o apoio unânime dos deputados à Semana. Ele lembrou que, após o início desse trabalho de sensibilização, o número de doadores aumentou consideravelmente possibilitando que muitas vidas fossem salvas.
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), Ricardo Rivero, destacou as atividades da Semana no combate à falta de informação. E ratificou o apoio da entidade às iniciativas para que mais pessoas procurem o hemocentro de sua cidade.
Manoel Nelson Silveira veio representando o Hospital Conceição, que há um ano também conta com um centro receptor de cadastros. Beto anunciou que a abertura da Semana em 2015 dever ser feita no Conceição, já que a classe médica também precisa ser sensibilizada para a importância da doação de medula. O deputado informou, ainda, que o hospital será contemplado com R$ 1,5 milhão de emenda de sua autoria, para que possa realizar exames e diagnósticos de leucemia e outros tipos de câncer.
Flavia Moreira há 15 anos fez uma doação para sua irmã, Fernanda Lima. Num depoimento emocionado, ela salientou a importância de leis como a Pietro e Matheus. Foto: Sérgio Néglia























Flavia Moreira há 15 anos fez uma doação para sua irmã, Fernanda Lima. Num depoimento emocionado, ela salientou a importância de leis como a Pietro e Matheus. “Elas nos dão a chance de sermos mais generosos e solidários”. Fernanda também deu seu depoimento. “Queria que todos recebessem essa bênção.” Ela incentiva que as pessoas não esperem fazer a doação só porque o problema atingiu alguém próximo.
O deputado estadual Ciro Simoni (PDT), que recentemente deixou o cargo de secretário da Saúde do RS, destacou investimentos realizados nos hemocentros gaúchos e reconheceu a importância do trabalho que vem sendo realizado pelo deputado federal.
CAMINHADA – No domingo (15), acontece uma caminhada com distribuição de camisetas da campanha, dentro da programação da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea. A concentração será às 10h, no Monumento ao Expedicionário no Parque da Redenção. A expectativa é reunir centenas de pessoas na atividade.
COMO DOAR – Para ser um doador de medula basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.
No ato do cadastro, são coletados 5 ml de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), juntamente com os dados do doador, que será procurado caso apareça um paciente compatível.
Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
A medula pode ser coletada da bacia, por meio de punção, ou diretamente da veia. Fundamental, no entanto, é que os candidatos a doadores saibam que a medula óssea coletada da bacia não tem relação com a medula vertebral. “Muitos deixam de se cadastrar por medo de afetar a coluna”, afirmou Albuquerque.
Beto citou que já tramita na Câmara proposição que autoriza o empregado a faltar um dia de trabalho por ano, sem prejuízo salarial, para fazer inscrição ou atualização de dados no Redome.
Ele reiterou que a leucemia só pode ser enfrentada com a solidariedade do doador, “porque é como um raio, que nunca avisa quando e onde vai cair, podendo atingir qualquer um, quando menos se espera. Lá em casa o raio caiu em dezembro de 2007 e até hoje não sei de onde veio.”
Fabiana Calçada com informações da Agência AL/RS

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Abertura da Semana de Mobilização Nacional para
Doação de Medula Óssea


Amanhã faremos a abertura da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea 2013, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul a partir das 09h30min.

Na ocasião, a Unidade Móvel do Hemocentro estará cadastrando candidatos a doadores de medula óssea em frente a Assembleia, das 09h às 12h e das 13h30min Às 16h. Seja solidário!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013



SAÚDE

Números apresentados pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) e pelo Ministério da Saúde revelam que 576 mil novos casos de câncer devem ser diagnosticados, no Brasil, no ano que vem. A estatística foi divulgada ontem, data que marcou o Dia Nacional de Combate ao Câncer.

Segundo as informações, o tumor de pele não melanoma, o mais frequente tanto entre homens quanto em mulheres, deverá atingir 182 mil pessoas, o equivalente a 31,5% dos casos.

As maiores taxas da doença são esperadas para as regiões Sul e Sudeste, que registram maiores índices populacionais e de envelhecimento. A previsão é de que ocorram 299 mil casos novos no Sudeste e 116 mil no Sul.

– Os dados só reforçam a necessidade de o câncer ser prioridade absoluta, para gestores e profissionais de saúde – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Estatística serve de base para políticas públicas de oncologia

O ministro destacou ainda o crescimento dos casos de câncer de cólon e reto, que hoje ocupam o segundo lugar do ranking dos tipos mais frequentes entre mulheres e o terceiro entre homens.

Os dados fazem parte da publicação Estimativa 2014 – Incidência de Câncer no Brasil, elaborada a cada dois anos pela Divisão de Vigilância e Análise de Situação do Inca, cujas informações servem de base para políticas públicas na área de oncologia.

Fonte: Zero Hora: 28 de novembro de 2013. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Para se fazer parte do cadastro de candidatos a doador basta
ir a um Hemocentro para extrair uma pequena quantidade de sangue da veia (apenas 5 ml) e preencher um formulário
 com informações pessoais.


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Primeiro transplante de medula óssea
no DF é realizado com sucesso

Primeiro transplante de medula óssea no DF é realizado com sucesso
A cirurgia durou menos de uma hora e ocorreu de maneira tranquila


BRASÍLIA (20/11/13) – O primeiro transplante de medula óssea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal foi realizado esta quarta-feira (20) no Instituto de Cardiologia do DF (ICDF). A cirurgia durou menos de uma hora e foi considerada um sucesso pela equipe médica que acompanhou o caso. 
"O procedimento ocorreu de maneira tranquila. Somente após esse tempo saberemos se as células repovoaram a medula adequadamente para que o transplante tenha sido, de fato, bem-sucedido", afirmou o chefe da equipe médica, Gustavo Bettarello. 
O paciente Humberto Ribeiro, que é aposentado e tem 66 anos, passará pelo processo de recuperação que deve durar de 10 a 12 dias. Ele é portador de Mieloma Múltiplo, um tipo de câncer. 
A filha do paciente, Simone Oliveira, contou que quando o pai foi diagnosticado com a doença foi um choque para a família. "Quando soubemos, foi um grande baque. Ficamos felizes ao saber que havia a estrutura completa para o tratamento do caso dele. Estamos esperançosos", comemorou. 

REFERÊNCIA – Esse foi o primeiro transplante de medula, totalmente pago pelo SUS, realizado na capital federal. Outros procedimentos, como os de coração, córnea, rim, fígado, pulmão e agora de medula, já têm como referencia nacional o Distrito Federal
Para o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, isso representa um marco para a capital. "Esse dia é muito importante, pois estabelece um parâmetro idealizado pelo GDF: tornar o Distrito Federal uma referência nacional em transplantes de tecidos e órgãos", afirmou o secretário. 
Ainda segundo Barbosa, hoje há maior preparo tanto na estrutura dos hospitais quanto na capacitação dos profissionais. "Isso é um ganho enorme para a população que depende do SUS", ressaltou. 
Em parceria com a Secretaria de Saúde do DF, a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) coletou, armazenou e processou o sangue do paciente. 
(L.C/T.V*)

Fonte: Governo do Distrito Federal - Por  | Para: CBN Foz

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Primeira cirurgia de medula óssea do DF 
será feita nesta quarta-feira (20)

Expectativa é que brasilienses vítimas de leucemias, linfomas, anemias graves e imunodeficiências busquem na capital esse tipo de tratamento


Está marcado para as 14h de hoje o primeiro transplante de medula óssea no Distrito Federal. O paciente, um senhor de 67 anos, morador da Bahia, tem um mieloma múltiplo e será submetido ao procedimento no Instituto de Cardiologia, no Cruzeiro. A expectativa é que a medula doente seja substituída por outra saudável. Para isso, os médicos utilizarão as células sanguíneas do próprio indivíduo. Ainda este mês, a técnica deve ser repetida no DF, em uma mulher.

O transplante de hoje será feito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) e é indicado para doenças como leucemias, linfomas, anemias graves e imunodeficiências. O material sanguíneo do idoso foi coletado e congelado há oito dias, na Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). Ele estava em tratamento há cerca de um ano no Hospital de Base do DF. Há dois dias, passou por um processo de quimioterapia e, após o transplante, deve ficar entre 10 e 15 dias internado em uma área isolada para não contrair infecção.

A diretora-presidente do Hemocentro, Beatriz Mac Dowell Soares, explica que houve um longo processo de preparo. “Ele passou por quimioterapia, cuidado de coleta, congelamento e análise do material. O transplante de medula é indicado pelo médico e pode ser feito utilizando as células do próprio paciente ou de outras pessoas”, explica. No último caso, o tratamento depende da localização de doadores compatíveis.

Fonte: Correio Braziliense: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/11/20/interna_cidadesdf,399407/primeira-cirurgia-de-medula-ossea-do-df-sera-feita-nesta-quarta-feira.shtml 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Entenda os requisitos e o processo para ser
doador de medula óssea

Programa Bem Estar alertou para a importância da doação de medula.

O transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar diversas doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, hemoglobinopatias, imunodeficiências congênitas, erros inatos de metabolismo, mieloma múltiplo e doenças autoimunes, por exemplo.
O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, com a finalidade de reconstituir uma medula saudável, como explicou o hematologista e diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA Luis Fernando Bouzas no Bem Estar desta terça-feira (12).
No entanto, para quem precisa, não é tão simples assim encontrar um doador – estima-se que a chance de achar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil, mas esse número pode aumentar ainda mais, dependendo da miscigenação. No Brasil, por exemplo, a mistura de raças dificulta um pouco a localização de doadores compatíveis, mas dados mostram que hoje existem mais de 3 milhões cadastrados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
Para quem quer ser doador, existem alguns requisitos, como ter uma boa saúde (sem doenças infecciosas, como hepatite, Chagas, HIV, sífilis e outros problemas como diabetes, câncer e doenças específicas do sangue) e ter entre 18 e 55 anos para fazer o cadastro, mas ele pode ser chamado até os 60 anos, como lembrou o hematologista Luis Fernando Bouzas.
Como explicou a pediatra Ana Escobar, a compatibilidade não tem relação com o tipo sanguíneo, como no caso da doação de sangue, mas sim com a genética. É importante que as características sejam compatíveis para evitar a rejeição, ou seja, o ideal é que a compatibilidade seja total, mas existem casos em que o transplante é feito sem essa totalidade e pode dar certo.
Em Curitiba, a repórter Paola Manfroi mostrou a história do estudante Mayckel Douglas Machado, que aos 10 anos, descobriu que tinha uma doença rara, a anemia de Fanconi.
Ele precisava de um transplante de medula óssea e conseguiu. A doadora topou encontrá-lo depois da cirurgia, como mostrou a reportagem (veja no vídeo).
Segundo o diretor Luis Fernando Bouzas, durante o procedimento, são retiradas células de acordo com o peso do doador e do receptor. É muito mais fácil um adulto doar para uma criança, por exemplo, do que o contrário justamente por causa da diferença de peso. Normalmente, é retirado de 10% a 15% da medula óssea, o que não faz falta para o doador e logo se regenera em cerca de 15 dias.

Confira abaixo como é o processo para ser doador:
1. A pessoa precisa comparecer a um hemocentro para fazer um cadastro com seus dados pessoais e a coleta de uma amostra de sangue para realizar os testes genéticos. Nesse momento, não são feitos exames para verificar doenças e a informação válida é a dada pelo doador. Depois de feito o cadastro, ele pode ser chamado em 5, 10 ou 15 anos, dependendo da necessidade de um paciente pela compatibilidade do doador. É preciso, no entanto, manter o cadastro atualizado para que a pessoa seja encontrada.
2. Se for selecionado, são feitos testes no doador para verificar se há doenças e se ele tem condições de doar.
3. Se ele estiver em condições, a coleta da medula pode ser feita por dois métodos. O mais tradicional é o que retira da bacia, com uma agulha, com anestesia geral ou peridural.
O outro é através da veia, onde retira-se células tronco do sangue do paciente - essas células têm a capacidade de se regenerar em 20 dias. A decisão de qual método usar é do médico, que saberá qual procedimento vai proteger doador e beneficiar o receptor.

Ferro no cordão umbilical
Além da doação da medula óssea, o sangue do cordão umbilical do bebê também pode ser doado, como lembrou a pediatra Ana Escobar.
 De acordo com a médica, esse sangue tem hemoglobina fetal, rica em ferro, que vai ajudar a manter a reserva do mineral nos primeiros meses de vida e consequentemente prevenir a anemia na criança.
Nos primeiros minutos de vida, o bebê está ligado à mãe através do cordão umbilical – nesse momento, ele continua recebendo nutrientes, sangue e oxigênio pela placenta. Por isso, a recomendação é que o cordão seja cortado depois de 2 a 3 minutos do nascimento, para a criança receber uma dose extra de sangue, como mostrou a reportagem da Natália Ariede.

Fonte: Do G1, em São Paulo: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/11/entenda-os-requisitos-e-o-processo-para-ser-doador-de-medula-ossea.html

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Exemplo de gente grande

Menina de sete anos doa cabelos cacheados para o Instituto da Mama

Mechas de Vitória da Silva, de Taquara, ajudarão na confecção de perucas para mulheres em tratamento de câncer


Menina de sete anos doa cabelos cacheados para o Instituto da Mama Mateus Bruxel/Agencia RBS
Vitória foi sensibilizada pela campanha do Outubro Rosa Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS

Ela tem a alegria e a doçura típicas de uma menina de sete anos, mas a maturidade e a sensibilidade que são difíceis de encontrar inclusive em muitos adultos. Vitória Rayana Paiva da Silva, de Taquara, decidiu doar os cabelos cacheados, que desciam até a cintura, para o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama).

Os fios serão usados para fazer duas perucas, que vão embelezar mulheres durante o tratamento do câncer de mama.

- Eu queria ajudar as pessoas, o cabelo cresce de novo - revela a pequena, com um sorriso meigo.

A família apoiou a iniciativa de Vitória, assim como a secretaria da Saúde do município, e ela cortou os cabelos no final do mês passado, encerrando em grande estilo o Outubro Rosa. Os cachos foram entregues nesta terça-feira ao Imama.    

Fonte: Denise Waskow - Diário Gaúcho

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mulher descobre leucemia no 5º mês de gestação e vence a doença

POR Giovanna Balogh

Ela não pode pegar a filha no colo após o parto nem amamentá-la. Também não teve a oportunidade de comemorar o nascimento da menina nem receber visitas na maternidade. A representante comercial Priscila Lang de Moraes Baeta, 36, conta que foi difícil não estar ao lado da filha, que nasceu prematura, durante os cinco meses que a menina ficou internada em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal. Enquanto Manuela, hoje com 1 ano e 4 meses, lutava para viver, a mãe fazia o mesmo em um outro hospital. Priscila tentava se curar de uma grave leucemia descoberta no quinto mês de gestação.
Priscila conta que ela e a sua família viveram intensamente a  experiência de lidar com a vida e a morte ao mesmo tempo – tanto dela como da menina, que nasceu com 27 semanas de gestação pesando apenas 800 gramas.
Priscila conta que o primeiro sinal de que algo não ia bem foi uma febre fraca e persistente. “Primeiro acharam que era virose. Tomei remédios permitidos durante a gravidez e a febre não ia embora. Os médicos só notaram que podia haver algo de errado quando apareceram nódulos nas minhas axilas, que incharam. Meu médico me orientou a procurar um clínico-geral no hospital Sírio Libanês e não sai mais de lá”, conta.
Após uma série de exames, os médicos deram o diagnóstico. Priscila conta que chorou ao saber da doença, mas que não tinha a dimensão do que estava por vir. Além da necessidade de começar o quanto antes a quimioterapia, ela precisava ‘segurar’ a filha o máximo de tempo possível na barriga para que ela pudesse se desenvolver. “Tomei quimios orais enquanto estava grávida para não comprometer o desenvolvimento dela. Ao mesmo tempo que precisava começar um tratamento mais agressivo, tinha que manter ela na minha barriga o máximo possível.”
Priscila pega a filha no colo um mês após o nascimento da menina (Foto: Arquivo Pessoal)

O combinado com os médicos era de que ela levaria a gestação adiante até que as células cancerígenas atingissem os níveis máximos, o que aconteceu dez dias após descobrir a doença. Quando o exame de sangue apontou que ela tinha 87% de células cancerígenas no corpo, foi colocada em uma ambulância e transferida imediatamente para o hospital Albert Einstein já que no Sírio Libanês  não existe maternidade. Lá, ela foi  submetida a uma cesárea de emergência sem saber se ela e a menina sobreviveriam. Por conta do bebê ser muito prematuro, foi preciso fazer uma cesárea com corte na vertical para que a criança fosse retirada sem nenhum trauma ou pressão.
As duas conseguiram passar pela cirurgia e foram separadas. Priscila voltou para o Sírio Libanês, onde foi direto para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Em seguida, ela iniciou séries intensas de quimioterapia. Eram sete dias tomando a quimioterapia por 24 horas. “Foram cinco ciclos de quimioterapia. Eu passava muito mal, desmaiava e tomava só banho deitada na cama. Tinha hora que eu nem raciocinava. Tomava morfina como quem toma aspirinas”, conta Priscila que ficou, ao todo, cinco meses e meio internada.
Ela conta que no período de internação pode sair algumas vezes para visitar a filha. O primeiro encontro delas foi quando a menina tinha quase um mês de vida. No primeiro dia, ela conta qe não conseguiu pegar a filha no colo. No dia seguinte, tomou coragem e fez o método canguru (ténica que ajuda reforçar o sistema imunológico de prematuros ao colar o bebê pelado no colo da mãe). “Sabia que ela precisava de minha ajuda e foi por ela que lutei tanto pela vida.” Priscila diz que durante os dias que esteve com a menina foi quando os médicos notaram que a recém-nascida mais se desenvolveu.
Priscila conta que também se fortalecia toda vez que via a filha, mas que era obrigada a voltar a ser internada e ficar longe do seu bebê. “Nunca sabia se ia conseguir vê-la de novo.” Assim como a mãe, Manuela também enfrentou batalhas para sobreviver. A menina passou por uma cirurgia no coração para corrigir uma válvula, operou a coluna, teve uma displasia pulmonar e infecção. “Ela lutou para viver tanto quanto eu”, relata a mãe. Os detalhes sobre o quadro de saúde do bebê eram escondidos pela família para que Priscila não ficasse ainda mais fragilizada. “Só fui saber das cirurgias meses depois quando vi a cicatriz nela”, conta. Apesar de todas as cirurgias, a menina não tem sequelas.
Manu teve alta antes da mãe e foi cuidada pelo pai, avós e por uma enfermeira que auxiliou a família enquanto Priscila seguia internada. Em novembro, a representante comercial passou por um transplante de medula. Segundo Priscila, a ajuda da família foi fundamental. “A minha família e do meu marido ficaram um ano vivendo por nossa conta”, diz. Engenheiro, o  marido de Priscila chegou a se afastar do emprego em uma multinacional enquanto a mãe e a sogra de Priscila se revezavam nos hospitais.
A representante comercial conta que ao ter alta não conseguia cuidar da filha como queria pois não tinha forças. “Tomava 17 remédios e nem conseguia levantar da cama quando ela chorava.” Além do cansaço, Priscila usava um cateter que a recém-nascida puxava toda vez que ia para o colo da mãe.  “Usei muito tempo o cateter, que só foi tirado em abril deste ano, pois não tinha mais veias para tomar os medicamentos”, conta.
Priscila lembra que aos 27 anos teve um câncer de tireoide e que a iodoterapia (tratamento radioativo onde o paciente fica isolado) não se compara à leucemia que enfrentou. “Naquela época, achava que tinha recebido minha cota de provocação e que viveria tranquila o resto da vida. Hoje acho que aquilo foi um resfriado muito fraco se comparado com o que passei dessa vez”, relata.
Depois de um ano careca e usando perucas já que não se adaptou com os lenços e não gostava de se ver careca, Priscila comemora que será o primeiro Natal que passará com cabelos no corte ‘joãozinho’. No ano passado, ela passou o Natal em casa com a filha, mas conta que estava muito fragilizada.
Apesar da grande expectativa para a festa de fim de ano, Priscila conta que o que mais emocionou nos últimos meses foi a festa de um ano de Manu, completado no dia 13 de junho. A família organizou uma grande festa para comemorar a recuperação das duas. Na ocasião, a menina foi batizada pelo mesmo padre na igreja onde Priscila casou. A festa contou com a presença de todos os médicos que acompanharam o caso das duas. “Muita gente chorou, os médicos choraram. Não pude receber visitas, nem ela quando nasceu. Meu marido, minha mãe e minha sogra ficavam o tempo todo de máscaras pois a nossa imunidade era muito baixa e todo cuidado era necessário. Foi a oportunidade de reencontrar todo mundo que torceu pela gente”, conta. Priscila diz que a festa foi para  “celebrar a vida”.

Priscila e a filha Manuela lutaram pela vida em hospitais separados durante meses (Foto: Arquivo pessoal)


Foto: Folha de São Paulo: http://maternar.blogfolha.uol.com.br/2013/11/05/mulher-descobre-leucemia-no-5o-mes-de-gestacao-e-vence-a-doenca/