quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Doação de esperança

Duas vidas para salvar Gabriela

Jovem paranaense receberá partes do pulmão da mãe e do tio por conta de uma fibrose cística e como alternativa para a morosidade da fila de espera para transplantes no país

Duas vidas para salvar Gabriela Andréa Graiz/Agencia RBS

Gabriela entre seus doadores: a mãe, a professora Alessandra, e o tio, o representante comercial Adenilson Foto: Andréa Graiz / Agencia RBS




Aproxima-se o mais esperançoso dos dias para Gabriela Cristina Tasca, 18 anos. Na segunda-feira, a paranaense receberá partes do pulmão da mãe e do tio como medida emergencial para conter a rápida piora de uma fibrose cística.

O transplante intervivos é uma alternativa à morosidade da fila de espera por um transplante no Brasil.
Líder em número de doadores no país durante muito tempo, o Rio Grande do Sul hoje está em sexto lugar, com 18,5 doadores por milhão de habitantes, de acordo com dados parciais da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), referentes ao primeiro semestre de 2013. No ano passado, o Estado ocupava a quinta posição (veja quadros na página ao lado). A média nacional atual é de 13,3 doadores, ainda muito distante da espanhola, referência mundial no ramo, com 35,3 (dado de 2011). Amanhã, marcando a Semana Nacional de Doação de Órgãos, a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre promove um flashmob para alertar para o drama de 28 mil pacientes que aguardam por um órgão no Brasil. 

Gabriela se mudou para a Capital por conta do tratamento para a doença que provoca produção de muco demasiadamente espesso, o que dificulta a remoção e favorece infecções repetidas que acabam destruindo o pulmão. A jovem está permanentemente ligada a um tubo de oxigênio há quase um ano. Um passeio na rua ou no shopping exige que carregue o cilindro em um carrinho, o que lhe dá uma autonomia de apenas três horas e mobiliza curiosos demais ao redor. Tarefas simples, como tomar banho ou se vestir, tornaram-se um suplício que a deixa exausta e ofegante.

– Poder voltar a respirar vai ser muito bom – vibra.

A paciente chora ao mencionar a iniciativa da mãe, a professora Alessandra Tasca, 38 anos, e do tio, o representante comercial Adenilson Bastos, 41 anos, que não devem enfrentar limitações físicas depois da cirurgia.

– Vou dar a vida de novo para ela – orgulha-se Alessandra.

Se Gabriela dependesse exclusivamente do surgimento de um doador cadáver, é provável que não sobrevivesse. Além da disponibilidade de órgãos de crianças e adolescentes ser menor, o pulmão é o que mais sofre em um sistema de logística lenta. A escassa oferta determina a imprevisibilidade do fim da agonia, componente dos mais estressantes para especialistas e familiares. Um doador pode aparecer logo ou nunca.

– A falta de ritmo é a principal marca de um país que não tem cultura de doação. O tempo de espera está muito longo. A realização dos transplantes depende de espasmos de generosidade, de estimulações da mídia. Não tendo ritmo para a doação, o tempo previsto em lista de espera é impossível de ser estimado – explica o cirurgião José Camargo, diretor médico do Hospital Dom Vicente Scherer.

Para o nefrologista Valter Duro Garcia, coordenador de Transplantes da Santa Casa, as maiores dificuldades nacionais estão espalhadas por diversos pontos da estrutura que precisa operar de maneira ágil e sincronizada para que o diagnóstico de morte cerebral de um doador em potencial permita que, em poucas horas, uma cirurgia de implante seja concluída com sucesso. Um único doador mobiliza cerca de cem pessoas.

– O problema é que quase metade das mortes encefálicas no Brasil não são detectadas – lamenta Garcia.


OS ENTRAVESFatores que impedem o aumento do número de doadores
IDENTIFICAÇÃO DA MORTE ENCEFÁLICAQuase metade dos casos de morte encefálica não é identificada no país, o que impede que tenham início os trâmites do processo de doação. Com a demora no diagnóstico, não é possível aproveitar muitos órgãos. 
Como avançar: unidades de tratamento intensivo e emergências devem contar com equipamentos adequados e médicos treinados para o diagnóstico de morte encefálica.
NEGATIVA DA FAMÍLIAHá três fatores determinantes na entrevista em que o profissional de saúde questiona a família sobre a possibilidade de doação dos órgãos do paciente:
– Pré-disposição prévia: quem é fortemente contra o procedimento dificilmente mudará de ideia.
– Atendimento no hospital: se os parentes estiverem insatisfeitos com o serviço ou a equipe, tendem a não autorizar.
– Capacidade do entrevistador: é essencial ter habilidade para sensibilizar e motivar em um momento tão difícil.
Como avançar: é preciso que haja um trabalho permanente de formação da população, com palestras em escolas e campanhas. Hospitais devem oferecer um atendimento humanizado em todos os setores, da portaria à UTI, para que pacientes e familiares se sintam acolhidos. Entrevistadores devem ser altamente capacitados e atender bem os familiares, independentemente da vontade de doar ou não os órgãos do paciente.
MANUTENÇÃO DO DOADORMuitos doadores em potencial acabam não se efetivando como doadores porque sofrem parada cardíaca antes da retirada dos órgãos.
Como avançar: hospitais precisam dispor de intensivistas bem treinados e equipamentos adequados para a manutenção do paciente com morte encefálica. Quando ocorre o diagnóstico da morte cerebral, os órgãos começam a morrer lentamente, até a parada do coração. Com os cuidados adequados, é possível fazer com que o coração continue batendo por mais tempo, aumentando as chances de viabilizar transplantes.
PROFISSIONAIS QUALIFICADOS E AGILIDADEUm único doador pode mobilizar até cem pessoas. Entre a identificação da morte encefálica e a cirurgia de implante do órgão no receptor, é essencial que todos os profissionais envolvidos executem suas tarefas com rapidez. Em tese, todos os hospitais devem ter um médico ou enfermeiro como coordenador de transplantes, mas é comum que esse funcionário acumule outras tarefas ou não seja adequadamente remunerado, o que compromete sua atuação. Hospitais que não destacam um profissional para essa função específica muitas vezes estão ligados a uma Organização de Procura de Órgãos (OPO), que administra a logística de transplantes de diversas instituições.
Como avançar: com profissionais bem treinados e motivados, remunerados adequadamente por suas funções. Uma logística eficiente é fundamental, com equipes de remoção disponíveis para deslocamentos 24 horas por dia.
AVALIAÇÃO DE CONTRAINDICAÇÕESA equipe médica deve examinar o histórico do paciente e considerar aspectos que podem impedir o transplante ou comprometer a boa recuperação do receptor, como casos recentes de câncer ou infecções. Uma avaliação minuciosa pode considerar aptos a doar pacientes que, à primeira vista, seriam descartados.
Como avançar: aprimoramento das técnicas de transplante e liberalização dos critérios de aceitação dos doadores. Até alguns anos atrás, vetavam-se doadores acima de 60 anos. Hoje, por exemplo, um doador com hepatite pode beneficiar um receptor com a mesma doença, permitindo melhora da qualidade de vida e a interrupção de um período de longa espera e incertezas na fila.
Fonte: Valter Duro Garcia, nefrologista e coordenador de transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre



Fonte: ZERO HORA - 26/09/2013: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/09/duas-vidas-para-salvar-gabriela-4280807.html

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Beto dedica a Pietro prêmio recebido do 

Ministério da Saúde

Beto Albuquerque recebe o prêmio das mãos do ministro Padilha. Foto: Sérgio Francês

“Recebo este troféu em nome do Pietro”. Com esta frase o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) agradeceu no final da manhã desta quarta-feira (25), em Brasília, o prêmio Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos 2013 recebido das mãos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por suas ações desenvolvidas como parlamentar em prol do Sistema Nacional de Transplante do Ministério da Saúde.
Autor da Lei Pietro, que leva o nome do filho falecido em fevereiro de 2009 por complicações decorrentes de leucemia mieloide aguda, Beto emocionou a plateia e inclusive o ministro ao relatar a luta de seu filho e da família durante 14 meses para enfrentar a doença. O sofrimento com a perda do filho foi transformado em uma das principais bandeiras do mandato de deputado socialista.
Desde a sanção da Lei Pietro, em 22 de abril de 2009, criando a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, o número de brasileiros cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) cresceu de 750 mil para 3,1 milhões.
O deputado disse que, apesar de a solidariedade ser latente e pertencer à natureza do brasileiro é preciso que a informação correta chegue às pessoas. “Ninguém é solidário sobre algo que não conhece”, afirmou Beto explicando o sentido da Lei Pietro de divulgar e esclarecer sobre como proceder para se transformar em doador de medula óssea. “Não há solidariedade se não houver trabalho, esclarecimento, envolvimento de órgãos públicos e organizações não-governamentais  (ONGs)”, avalia.
Para a imprensa presente Beto pediu que os jornalistas divulguem a notícia positiva de crescimento do número de doadores no Brasil para incentivar outras pessoas que ainda têm dúvidas a respeito.
Todo ano, cerca de 10 mil brasileiros recebem diagnóstico de leucemia, doença que pode ser curada por meio de quimioterapia, mas na maioria das vezes a cura depende de transplante de medula de alguém que seja 100% compatível. Mas essa pessoa só será localizada, em caso de ser compatível com alguém que precisa de transplante para continuar vivendo, se fizer parte do Redome. “Vamos investir na matéria prima que é o doador. Porque eu andava nas ruas e enxergava pessoas que poderiam ser doadores para meu filho, mas para ser doador é preciso estar no cadastro”, alertou Beto.
O prêmio recebido pelo deputado ocorreu no ato realizado pelo Ministério da Saúde para apresentar a Campanha Nacional de Doação de Órgãos e divulgar o balanço de transplante do primeiro semestre deste ano. Nos últimos 10 anos, o Brasil dobrou o número de doadores, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira. Neste período os transplantes aumentaram de 7.500 para 15.141 cirurgias.
Mais de 50% das famílias brasileiras, ao perder um ente, são favoráveis à doação de órgãos. Este é o maior índice de aprovação à doação do mundo. A proporção de doadores subiu de 6,5 por milhão de habitantes em 2003, para 12,8 por milhão de habitantes em 2012. Para 2013, a projeção é de 13,5 por milhão de habitantes.
Em 2010, havia 59.728 na fila aguardando no Sistema Brasileiro de Transplantes. Eram pessoas já estavam prontas para a cirurgia e em avaliação médica. Já em 2013, houve uma redução neste número absoluto e no tempo de espera. Agora são 38.759.
Também recebeu o prêmio a Força Aérea Brasileira (FAB). O trofeu foi entregue ao comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Juniti Saito. A FAB integra o sistema brasileiro de transporte de órgãos. A homenagem à instituição é o reconhecimento pelo apoio as centrais de captação distribuídas pelo Brasil e pelo esforço logístico aéreo para acessar localidades de difícil acesso, como é o caso da região amazônica.
“O Brasil é o recordista mundial em transplantes totalmente gratuitos”, destacou o ministro Alexandre Padilha ao saudar os dois agraciados. O ministro lançou a nova campanha que marca o Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado nesta sexta-feira (27), com as mensagens-chave “Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com sua família”.
A campanha tem objetivo de sensibilizar e estimular a doação de órgãos em todo país.  O Brasil é referência mundial no campo dos transplantes. Atualmente, 95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é gerenciado pelo Ministério da Saúde, pelos estados e municípios.
Nas peças da campanha deste ano, o protagonista é Matheus Bitencourt Lazaretti, de sete anos, que foi transplantado há alguns anos. Em 2007, a criança também participou da campanha anual de estímulo à doação de órgãos.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Deputado Beto recebe homenagem como Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil



O Deputado Federal Beto Albuquerque será homenageado, na próxima terça-feira, dia 24, com o Prêmio “Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil”. O Prêmio é instituído pelo Ministério da Saúde.
Por meio da Portaria nº. 1.751/GM de 23 de setembro de 2005 foi instituído o Prêmio Anual denominado “Destaque na Promoção da Doação de Órgãos e Tecidos no Brasil”. A premiação é feita todos os anos durante a semana do dia 27 de setembro, data em que se comemora o Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos. O Prêmio é uma miniatura da escultura criada para homenagear pessoas físicas ou jurídicas, instituições públicas ou privadas, associações de pacientes, organizações não-governamentais, entre outras, que se destaquem na promoção da doação e captação de órgãos e/ou de tecidos para transplante. Durante o ano há uma eleição feita pelas Centrais Estaduais de Transplante definindo quem serão os homenageados, pessoa física e pessoa jurídica - instituição pública ou privada, que tenham apresentado destaque em âmbito nacional ou internacional na promoção da doação de órgãos e tecidos para fins de transplantes, por meio de atividades educativas, esclarecimento público, campanhas, apoio e outras atitudes ou mesmo ações consideradas relevantes. Para este ano foram eleitos:

Pessoa Jurídica – FAB (Força Aérea Brasileira) na pessoa do Comandante Brigadeiro do Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica. A FAB se destacou no apoio às Centrais com relação à logística de distribuição de órgãos em todo o país, principalmente nas localidades sem acesso.

Pessoa Física: Deputado Beto Albuquerque, que foi autor do projeto de lei (PL) nº 4.383/08 (Lei Pietro 11.930/2009). O PL cria a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que acontece anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Ele é apoiador da causa e tem manifestado apoio nas questões de transplante.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Beto Albuquerque fala sobre "Doação de Medula Óssea" na TV Câmara


Confira a participação do deputado Beto no Programa Palavra Aberta na TV Câmara.

O Brasil registra atualmente cerca de 9 mil novos casos de leucemia, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer. Em muitas dessas ocasiões a doença só pode ser curada através do transplante de medula óssea de doador que tenha compatibilidade genética com o paciente. Quem fala sobre o assunto é o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um batalhador da causa. Programa Palavra Aberta desta quarta-feira (18 de setembro de 2013) sobre "Doação de Medula Óssea".



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A diferença entre a vida e a morte



Vamos nos colocar um pouco na pele do outro, se a gente tentasse, eu disse tentasse sentir a dor do próximo as coisas seriam mais fáceis, eu digo se gente tentasse, porque ninguém sabe o tamanho da dor até senti-la, As fotos e folders aqui e em outros perfis divulgando sobre o cadastro de doadores de medula óssea, não é pra causar pena,nem um impacto passageiro,as fotos e folders, videos ,etc,são ...de pessoas reais, com enfermidades reais, crianças que não sabem o que é correr, pular, ..Crianças que não tem um dia se quer sem levar picadas de agulhas, que não podem brincar com outras crianças e como outras crianças....E também jovens e adultos, que estão longe de suas esposas, esposos, filhos, pais...Gente ,tente se imaginar, só um pouquinho, e tudo muito sério....Não sinta pena, Sinta amor ao próximo, sejamos humanos, você pode sim ajudar, se cadastre, seja um possível doador, se não pode doar, compartilhe, repasse, se informe e repasse, vamos aumentar essa corrente, hoje e alguém que você nem conhece, mais amanhã pode ser alguém da sua família, amigos, ou você mesmo...

 UM POUCO DE VOCÊ POR UMA VIDA, SEJA UM POSSÍVEL DOADOR DE MEDULA ÓSSEA...DOE VIDA EM VIDA!

"Quem tem câncer tem pressa"

Fonte: Liga da Medula Óssea.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Doação de medula: tire suas dúvidas



Quase meio milhão de pessoas foram diagnosticadas com leucemia no Brasil em 2012, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Na maioria dos casos, a possibilidade de cura é o transplante de medula óssea - tecido responsável pela produção dos componentes do sangue. Entretanto, encontrar tipos de medulas compatíveis é um desafio e, no Brasil, as chances são de uma em cem mil.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos, quando apenas 10% dos doadores eram brasileiros localizados no Redome. A partir de maio de 2013, esse número passou para mais de 3 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%.
Mas este número é expressamente pequeno diante das chances apresentadas ao paciente, por isso pedimos que se cadastrem como possíveis doadores de medula óssea, dê esperanças aos pacientes que ainda aguardam pelo transplante de medula óssea.

Como se tornar um doador
 procurar um hemocentro próximo a sua residência, ter entre 18 e 54 anos, boa saúde e não apresentar doenças, como as infecciosas ou as hematológicas, por exemplo. Apresentar documento oficial de identidade, com foto. Preencher os formulários: ficha de identificação do candidato e termo de consentimento. E colher uma amostra de sangue para testes, para fazer o exame HLA, que irá determinar as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
 Lembrando que primeiro é feito o cadastro se houve a compatibilidade o doador é chamado para fazer novos exames e assim dar início o processo de doação!

SEJA UM MULTIPLICADOR DE VIDAS!
Fonte: Liga da Medula Óssea e Liga da Medula

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Bebê com leucemia tem 3 possíveis doadores, mas nenhum se apresenta

Garoto de 1 ano está internado no Centro Boldrini, em Campinas, desde abril. Segundo Inca, chances de encontrar medula compatível é de 1 em 100 mil.

Bebê com leucemia tem 3 doadores compatíveis, mas nenhum se apresentou (Foto: Sávio Monteiro/EPTV)

Um garoto de um ano e 10 meses com leucemia tem três possíveis doadores compatíveis para a doação de medula óssea, mas após dois meses de contato pela central de transplantes, nenhum deles se apresentou para os exames específicos e confirmação da cirurgia. O menino Matheus Rangel Ribeiro foi diagnosticado com o câncer quando tinha oito meses. Ele fez o tratamento, mas a doença voltou em abril deste ano.
Para esta nova fase, a família se mudou de Belo Horizonte (MG) para Campinas (SP), onde está internado no Centro Bondrini, hospital referência no tratamento ao câncer infantil. O pai de Matheus, o administrador de empresas Paulo Ribeiro, conta que os médicos disseram à família que a cura depende do transplante de medula, e que a cirurgia precisa ser feita com urgência, pela reincidência da doença.
Enquanto espera pelo procedimento cirúrgico, o tratamento é agressivo. "Ele precisa ser submetido a uma nova sessão de quimioterapia muito pesada. E isso traz um desgate muito grande pra ele. Na realidade, ele pode até vir a ter intercorrências que até impossibilitem que ele tenha a possibilidade de fazer o transplante", relata a mãe do garoto, a economista Glaucia Ribeiro.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de uma em 100 mil. Após triagem, os três possíveis doadores para o Matheus foram contatados e informados que teriam possibilidade de fazer o transplante. Dois deles são brasileiros e um foi localizado no cadastro internacional. "Eles foram receptivos à doação e foi solicitado a eles que fossem até o hemocentro para 'fechar' a compatibilidade, mas ainda não fizeram. Um doador, que mora no exterior, está impossibilitado de vir para o Brasil até o dia 15 de novembro", conta o pai do garoto.
Desde que chegou a Campinas, Matheus está internado na Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Centro Boldrini. "A gente sabe de outros casos de outras crianças que precisam da doação, e os doadores, quando contatados, não respondem ao chamado, completa Paulo Ribeiro.


Bebê de 1 ano com leucemia tem três doadores compatíveis para transplante, mas nenhum deles se apresentou para exames (Foto: Sávio Monteiro/EPTV)
Bebê com leucemia está internado no Centro Boldrini, em Campinas (Foto: Sávio Monteiro/EPTV)

Esperança
A mãe de Matheus está grávida de oito meses de uma menina. A garota é uma esperança como doadora de medula, mas os pais vêem com cautela a possibilidade do transplante.
"A gente tem muita fé que Deus tenha mandado a Manoela para curar o nosso filho, mas a gente precisa ser realista. São 25% de chance dela ser compatível. A gente realmente precisa da doação", diz a mãe.

Transplante
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja total compatibilidade tecidual entre doador e receptor, caso contrário, as células transplantada podem iniciar um processo de rejeição ao receptor, segundo o Ministério da Saúde. Esta compatibilidade é determinada por um conjunto de genes, que devem ser iguais entre doador e receptor. A análise é realizada em testes laboratoriais específicos a partir de amostras de sangue, chamados de exames de histocompatibilidade (HLA).
Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de até 35%. Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo) disponível, a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos semelhantes. Hoje, já existem mais de 20 milhões de doadores nos registros mundiais.
Doação
Para ser um doador voluntário de medula óssea é necessário ter entre 18 e 55 anos e não possuir doenças transmissíveis pelo sangue. Para doar o sangue de cordão umbilical de seus filhos, as gestantes precisam preencher alguns critérios, dentre eles, deve ter mais de 18 anos, ter feito no mínimo duas consultas de pré-natal documentadas, estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta e não possuir, no histórico médico, doenças neoplásicas (câncer) e/ou hematológicas (anemias hereditárias, por exemplo).

Fonte: G1: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/09/bebe-com-leucemia-tem-3-possiveis-doadores-mas-nenhum-se-apresenta.html

MPS lança Campanha Socialize a Vida, Doe Sangue e Medula Óssea nos Estados do Amapá e São Paulo



O Movimento Popular Socialista (MPS), segmento social do Partido Socialista Brasileiro (PSB), lançará neste mês de setembro a campanha Socialize a Vida, Doe Sangue e Medula Óssea nos Estados do Amapá, dia 10, e São Paulo, dia 27.
 O lançamento nacional do projeto, que tem por objetivo aproximar as pessoas na luta por uma causa que pode salvar a vida de milhares de brasileiros, já está oficialmente nas ruas de todo o País desde julho deste ano.
“A nossa meta é lançar em todos os Estados individualmente. Já lançamos no Mato Grosso do Sul e agora vamos para o Amapá e São Paulo. Todos sabem que o sangue é vital para a vida de qualquer ser vivo, ou seja, para o bom funcionamento do organismo muitas pessoas dependem da solidariedade de outras. Pacientes com caso de leucemia, na maioria dos casos, dependem do transplante de medula óssea”, afirmou a secretária Nacional do MPS, Maria de Jesus Matos.
O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS) lembra que os bancos de sangue e os centros de transplante carecem muito de doadores. Ele chama a atenção para dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca),segundo os quais o Brasil tem mais de 10 mil novos casos de leucemia por ano. "São pacientes que precisam de transplante de medula e que podem ser salvos com um gesto de solidariedade", afirma.
Verifique, abaixo, quem pode e como doar sangue e medula óssea:                               
Quem pode doar?
·         Homens ou mulheres com idade entre 18 e 60 anos;
·         Pesar acima de 50kg;
·         Não ser usuário de drogas;
·         Não estar gestante ou amamentando;
·         Não ter recebido transfusão de sangue nos últimos 10 anos;
·         Nunca ter contraído Hepatite, Sífilis, HIV ou qualquer outra doença transmissível através do sangue;
·         Não ter sofrido acidente com materiais contaminados com sangue nos últimos 12 meses;
Como doar?
Sangue – É preciso levar documento de identidade; estar alimentado; ter dormido pelo menos 06h na noite anterior; não fazer exercício físico antes da doação.
Medula Óssea  – Para fazer o cadastro de doador de medula é preciso ir a um hemocentro credenciado para extrair uma pequena quantidade de sangue e preencher um formulário com dados pessoais; após esse processo será feito um exame de histocompatibilidade (HLA), um teste feito em laboratório para identificar as características genéticas que podem influenciar no transplante. Assim o seu tipo de HLA será incluído no cadastro nacional e você poderá ser chamado quando um paciente for compatível.
O Brasil registrou em 2010 aproximadamente seis mil casos de morte por leucemia. Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer, cerca de 10 mil novos casos são diagnosticados anualmente. Em muitos deles o transplante de Medula é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue.
MPS
É um segmento voltado para bandeiras relacionadas ao cotidiano da população brasileira como educação, transporte, habitação, segurança e saúde. Temas que estão presentes na realidade do cotidiano de cada brasileiro, assuntos que são discutidos diariamente para promover um Brasil com oportunidade para todos.

Fonte: Portal PSB Nacional: http://www.psb40.org.br/not_det.asp?det=4433

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

"Para quem doa é apenas um incômodo… mas para quem recebe, é a diferença entre a vida e a morte".
A continuidade da realização dos sonhos dessa pessoa e de tantas outras, é uma prova de amor!



Registro de Receptores de Medula Óssea atingiu 155 até julho de 2013.




Registro de Doadores de Medula Óssea atingiu 3.152.767 de doadores em julho de 2013. Estamos avançando!




Fonte: Liga da Medula