Beto anunciou a destinação de R$ 1,5 milhão para a construção do Centro
de Diagnóstico. Foto: Serginho Neglia
Na ocasião, Beto Albuquerque destacou a conquista do GHC, que há três
anos vinha pleiteando poder realizar o cadastro de possíveis doadores. “A
partir de agora o GHC passa a se a porta para os gaúchos que mais precisam.
Encerro a Semana da Lei Pietro mais feliz, pois temos mais um polo que irá
agregar muitos doadores de medula óssea”, comemorou. No Rio Grande do Sul
apenas três instituições tinham autorização para realizar o cadastro –
Hemocentro, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e a Santa Casa .
Beto aproveitou a ocasião para anunciar a destinação de R$ 1,5 milhão,
por meio de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União, para a construção
do Centro de Diagnóstico do Hospital. “O GHC é um hospital público que nos
orgulha e que terá condições também de diagnosticar doenças”.
Desde a primeira campanha da Lei, em 2009, o número de doadores
cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. É o terceiro
maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados
Unidos e da Alemanha. “Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores
de todas as etnias no Brasil para podermos fazer frente à doença”, reiterou
Albuquerque. As chances de se encontrar doadores compatíveis também aumentam
quanto mais ampla for a amostra genética do banco de dados.
O incentivo ao cadastro como doador é foco do deputado, que perdeu seu
filho em 2009, após 14 meses de luta contra a leucemia e na busca de um doador
compatível. “Se o governo investisse mais em campanhas de doação, o sistema de
saúde pública teria redução nos gastos com tratamento”, aponta.
Conforme o coordenador das Comissões Intra-hospitalares de Doação de
Órgãos e Tecidos para Transplante do Grupo Hospitalar Conceição (Cihdotts/GHC),
Augusto Capelletti, o número de doadores cadastrados no Redome é de cerca de 3
milhões. Para ele, no entanto, apesar desse número expressivo, muitas pessoas
ainda necessitam de doação. “O GHC está ampliando a possibilidade de doadores
compatíveis com aqueles que necessitam de transplante para continuar vivendo”,
avalia. Ele revela que o Rio Grande do Sul, por ser um Estado com grande
miscigenação, favorece a busca por doadores compatíveis. Ainda de acordo com
Capelletti, o GHC pretende cadastrar cerca de 130 doadores por mês.
Para fazer o cadastro, o doador, munido de um documento de identidade
com foto, deve procurar o Banco de Sangue do GHC, onde informará dados pessoais
e fará uma coleta de 5ml de sangue. Num primeiro momento, até o dia 15 de
janeiro, o hospital estará priorizando o cadastramento de funcionários do
próprio GHC. E, a partir de 16 de janeiro, será aberto ao público em geral. O
horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 17h.
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