Estudantes do curso de Farmácia da UPF optam por ajudar quem precisa de transplante
Em vez de sujar os bixos e fazê-los participar de brincadeiras muitas vezes constrangedoras, estudantes do curso de Farmácia da Universidade de Passo Fundo (UPF), no norte do Estado, optaram por promover um trote que, no futuro, poderá salvar a vida de pacientes que necessitam de um transplante de medula óssea.O grupo incentivou seus calouros a fazer parte do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Ontem, os estudantes passaram por uma coleta de sangue – 10ml são retirados de cada candidato a doador que deseja ser incluído no registro.A iniciativa contou com a participação de jovens de outros cursos. A estudante do oitavo semestre de Letras Maraísa Cappellari, 25 anos, aguardava ansiosa pela coleta. Assim como dezenas de voluntários, ela se comoveu com a iniciativa dos universitários e resolveu colaborar.– Acho muito importante este tipo de ação. Se todos ajudassem, quem sabe não teríamos tanta gente esperando um doador – disse.As amostras de sangue armazenadas serão enviadas ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde passarão por um exame de histocompatibilidade (HLA), teste de laboratório que identifica as características genéticas que possam influenciar no transplante de medula. Esses dados e as informações do doador ficam registrados no Redome.Procedimento simples ajuda a salvar vidasA professora Salua Younes, 42 anos, que coordena o laboratório-escola do curso de Farmácia da UPF, diz que a falta de conhecimento ainda limita o número de doadores no país:– As pessoas acham que passarão por uma cirurgia. É um procedimento simples e que pode salvar alguém.Hoje, a probabilidade de se encontrar um doador de medula óssea compatível com um portador de leucemia é de uma em 100 mil em todo o país. Aumentar o número de pessoas cadastradas no Redome é a única forma de elevar as chances de sobrevivência de quem depende de uma nova medula.Para se tornar doador, é necessário ir a um hemocentro ou procurar uma unidade de saúde. Se a cidade não tiver como fazer a coleta, funcionários do hemocentro mais próximo podem ir ao local.
Fonte: http://www.zerohora.com/
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