quinta-feira, 6 de junho de 2013

Rondônia receberá homenagem por campanha
voluntária de medula óssea

O governo de Rondônia, por meio da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), e Associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (Atmo), serão homenageados no Rio de Janeiro, durante o Encontro Nacional sobre Doação de Medula Óssea, nesta sexta-feira (07), na sede do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A homenagem é fruto da iniciativa, criada de forma voluntária, por jovens jornalistas e publicitários do estado. A Campanha também tem como parceiros o Instituto Nacional de Apoio a Vida (Invida) e a empresa de telefonia Vivo.
A Campanha Nacional Casa Comigo? Sou Doadora de Sangue e Medula Óssea, partiu de Rondônia e todos os hemocentros do país receberam o material publicitário. O governo de Rondônia abraçou a causa e para fortalecer a campanha nacional Casa Comigo?, o governador Confúcio Moura, assinou no último mês de abril, o Termo de Cooperação entre o governo de Rondônia, Fhemeron, e a empresa de telefonia Vivo.
Nas próximas semanas, segundo o secretário de Segurança Pública de Rondônia Marcelo Bessa, aproximadamente dez mil servidores serão convidados aderirem a Campanha. "Estamos estudando uma forma de organizar essas doações. Nosso efetivo estará pronto para doação de sangue e de também para o cadastro de medula óssea", afirmou Bessa.
De acordo com o presidente do hemocentro de RO, Orlando Ramires, está sendo planejado uma força tarefa para receber todas as doações da Secretaria de Segurança Pública (Sesdec). "Toda nossa equipe estará pronta para receber os dez mil doadores. E com essa iniciativa, vamos colocar o nosso estoque de sangue em dia. A Campanha Nacional Casa Comigo? está sendo uma grande aliada. O Brasil deve abraçar a causa nobre, que os jovens profissionais de comunicação levantaram. Há muito tempo não via uma campanha bem produzida e interessante. Eles produziram sem recursos financeiros, usando o talento e boa vontade. É o que nos faz acreditar que muitos cidadãos serão despertados e o Brasil ganhará novos doadores de sangue e medula", enfatizou o presidente do hemocentro.
Lindberg Oliveira, representante do Atmo do núcleo de RO, diz que todas as redes de medula óssea no Brasil apoiam a iniciativa de Rondônia. ”É uma alegria podermos ver jovens comprometidos em conscientizar os cidadãos sobre a necessidade e a responsabilidade de se tornar um doador de medula óssea e poder salvar vidas”, explica Lindberg.
A Campanha Nacional Casa Comigo? será aderida pelo estado do Rio Grande do Sul dentro das próximas semanas, afirmou o deputado federal Beto Albuquerque, autor da Lei Pietro, que institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea do Brasil.
Para o governador Confúcio Moura, o reconhecimento da Campanha Nacional Casa Comigo?, reforça a importância do trabalho voluntário. "É uma grande satisfação poder ver que Rondônia está contribuindo com o país. Uma iniciativa modesta, mas de grande valia para todos nós. Os jovens jornalistas e publicitários e também a ATMO, estão dando uma lição de cidadania e solidariedade para todos nós brasileiros", salientou o governador.

CASA COMIGO
Casa Comigo é o nome da Campanha iniciada em 2012, quando a jornalista Lú Braga foi doar sangue e encontrou apenas uma bolsa de sangue do seu tipo, O positivo. Foi então, que ela usou a criatividade e foi fotografada ao lado da sua bolsa de sangue com um cartaz dizendo”Casa comigo? Sei fazer miojo e sou doadora de sangue”. A imagem foi compartilhada pelo Ministério da Saúde e em poucas horas o Brasil já partilhava da mesma ideia e muitas pessoas foram incentivadas a um hemocentro e fazer sua doação.

Neste ano, a ideia foi produzida por uma equipe formada por jornalistas e publicitários e resultou na Campanha Nacional Casa Comigo? Sou Doadora de Sangue e Medula Óssea.



Fonte: Portal Rondonotícias

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Anvisa lança cartilha com orientações sobre armazenamento do sangue de cordão umbilical

Não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de procedimento

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária lançou nesta sexta-feira uma cartilha para esclarecer os benefícios e as limitações do armazenamento do sangue de cordão umbilical, prática que vem crescendo nos últimos anos. Um dos objetivos é orientar futuros pais que veem na coleta uma forma de garantir o tratamento de doenças do filho.
O texto explica que o cordão umbilical é uma alternativa no tratamento de doenças hematológicas, por ser rico em células-tronco, porém são raros os relatos de transplantes de sangue de cordão autólogo (no próprio doador) no mundo e não há estatísticas quanto à eficácia desse tipo de procedimento.
"Nem sempre será possível utilizar o próprio sangue de cordão armazenado. Este uso é contra-indicado em algumas situações. Por exemplo, para tratar doenças de origem genética, como certas leucemias (a causa mais comum de transplantes realizados na infância), uma vez que o sangue do cordão pode carregar o mesmo material genético e os mesmos defeitos responsáveis pela doença manifestada", diz a cartilha.
De acordo com a Anvisa, das 45.661 unidades de cordão umbilical armazenadas em bancos privados no país, entre 2003 e 2010, apenas três foram utilizadas para transplante autólogo. A legislação proíbe que os bancos privados façam transplantes usando o material de uma pessoa para tratamento de outro paciente. Nos bancos privados, os custos são arcados pelo contratante. A cartilha incentiva as pessoas a doarem os cordões umbilicais para os bancos públicos, onde o acesso é gratuito.
A maioria dos transplantes usa células-tronco do sangue do cordão armazenado em unidades públicas. Mais de 10 mil pacientes no mundo foram tratados desta maneira, segundo a Anvisa.

Fonte Jornal Correio do Povo. Imagem: Google.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Lei que prevê tratamento de câncer em 60 dias vale a partir desta quinta
Prazo conta após diagnóstico e inclusão de dados no prontuário médico.

Entra em vigor nesta quinta-feira (23) a lei federal que estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de químio ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso.
A lei foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff em novembro do ano passado e tinha 180 dias para começar a valer.
O paciente que não conseguir iniciar seu tratamento dentro do prazo que prevê a lei pode fazer uma denúncia junto à ouvidoria do SUS pelo telefone 136. Essas denúncias serão fiscalizadas pelo Ministério da Saúde. Em último caso, o paciente pode ainda acionar a Justiça contra o estado ou o município em que o problema tiver ocorrido.
A nova regra, porém, não vale para três casos: câncer de pele não melanoma (a biópsia às vezes já é o tratamento), tumor de tireoide com menor risco e pacientes sem indicação de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia. Em algumas dessas situações, porém, o uso de remédios deve começar logo após a detecção da doença.
A previsão do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de que 518 mil casos de câncer sejam diagnosticados em 2013, número que deve aumentar com o envelhecimento da população e o aumento do tabagismo no sexo feminino.

Desenhista Reginaldo da Silva Filho e a mulher, Laudiceia, no Recife (Foto: Katherine Coutinho/G1)

Em todo o país, 277 hospitais, centros e institutos estão habilitados a realizar procedimentos oncológicos pela rede pública. Há unidades em todos os estados, mas cinco deles – quatro no Norte e um no Nordeste – têm apenas um local de tratamento. É o caso do Acre, Amapá, Amazonas, Roraima e Piauí.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, será preciso ampliar os serviços principalmente nessas duas regiões e no interior do país. Os investimentos para isso têm sido feitos desde 2011, com a implantação de 80 novos centros de radioterapia, aquisição de equipamentos e parcerias junto ao Ministério da Educação (MEC) para formar profissionais na área de oncologia, o que leva de dois a três anos.
"[Isso] Vai exigir uma reorganização dos estados e municípios, dos hospitais. (...) Outro grande desafio é termos mais médicos especialistas em câncer", disse Padilha, em entrevista à Globo News.
De acordo com o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os cinco estados com apenas uma unidade de atendimento ao câncer pelo SUS apresentam um perfil populacional baixo, e o cálculo do número de locais necessários é feito com base no total de habitantes. Apesar disso, segundo Magalhães, esses "vazios assistenciais" serão identificados e corrigidos.
Para quem mora no Norte e no Nordeste, muitas vezes a saída é viajar milhares de quilômetros em busca de atendimento especializado. Foi o caso de duas mulheres, uma de Rondônia e outra da Paraíba, que foram diagnosticadas no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Rosemar Rodrigues Barbosa, de 25 anos, e Jaciara de Lima Cosmo, de 18, fazem parte dos 6% dos atendimentos do hospital que incluem pessoas de fora da região. As duas começaram o tratamento menos de 20 dias após o diagnóstico da doença: uma tem um tumor na língua e a outra, um linfoma (câncer no sistema linfático).
Na tentativa de ajudar no tratamento de pacientes com câncer, clínicas privadas também poderão se credenciadar ao SUS. O objetivo do Ministério da Saúde é aproveitar a estrutura que já existe e expandi-la em novos turnos. Magalhães conta que 20 serviços privados de radioterapia estão se credenciando à rede pública, e outros já 50 foram consultados pelo governo.
"A data de hoje é um marco na disposição legal, mas nada acontece de um dia para o outro. Apoiamos a iniciativa da lei porque vira uma força a mais para o que já estávamos tratando de forma especial, que são as doenças crônicas. Cada vez mais, conseguimos colocar o câncer no centro da Política Nacional de Saúde", avalia.

Novo sistema
Desde o dia 16, municípios e estados brasileiros têm acesso ao Sistema de Informação do Câncer (Siscan), um programa de computador que reunirá o histórico de todos os pacientes oncológicos e do tratamento de cada um.
A partir de agosto, as prefeituras e os governos estaduais serão obrigados a cadastrar as informações nesse sistema – que estará disponível ao público, via internet. Quem não cumprir o acordo terá repasses suspensos por parte do governo federal.
"O Siscan vai permitir um monitoramento online em tempo real, mostrar onde há mais dificuldades, a concentração dos tipos de câncer, para elaborar forças-tarefa e agilizar procedimentos. Onde houver indícios de descaso por parte de um gestor ou prestador, haverá punição administrativa", explica o secretário.
Mais de mil pessoas foram treinadas a usar o novo sistema, com cursos a distância e manuais, segundo Magalhães. Depois de agosto, será feito o primeiro balanço, que após esse período deve ser mensal.
O Siscan ainda não chegou, porém, a instituições como o Hospital do Câncer de Pernambuco, onde o desenhista Reginaldo Carlos da Silva Filho, de 23 anos, luta contra um câncer nos ossos e nos pulmões. Após os primeiros sintomas, há cinco anos, ele levou oito meses para receber atendimento e mais de cinco meses para iniciar o tratamento.
Toda semana, Reginaldo viaja quase 70 km da cidade onde mora, Lagoa de Itaenga, até o hospital em Recife. Ele tem recebido o apoio da mulher, que conheceu em São Paulo, depois de nove meses de conversas a distância, e com quem se casou em fevereiro.


Irmãs Clediléia e Clereni se apoiam uma na outra para vencer o câncer (Foto: Anaísa Catucci/G1)

Demora no diagnóstico
Um dos problemas que a nova lei não contempla é a demora que o paciente enfrenta para obter o diagnóstico correto da doença. Esse foi o caso da vendedora Clediléia Maria Magalhães, de 35 anos, que vive em de Campinas (SP) e levou oito meses para receber o resultado de uma mamografia, que acabou identificando um nódulo. Agora, ela vive uma fase de "angústia, com um peso nas costas", à espera de novos exames para saber se se trata de um tumor maligno.
"O médico do posto disse que tem possibilidade de não ser câncer e que há casos mais graves na minha frente. Mesmo com a orientação de um oncologista, que me examinou e pediu exames pré-operatórios, ele resolveu cancelar tudo, depois solicitou uma ultrassonografia e, se for possível, irá encaminhar para um mastologista", disse.
Já a irmã mais velha de Clediléia, Clereni Maria Cândido, de 47 anos, foi diagnosticada em 2007 com um tumor no ovário que se espalhou para outros órgãos. Para detectar a doença, ela resolveu pagar as próprias despesas – pelo menos, R$ 2,5 mil. Acabou passando por três hospitais, quatro cirurgias e se aposentou por invalidez.
Para o oncologista Pedro Ricardo de Oliveira Fernandes, do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas, a nova regra não melhora os problemas da rede pública.
"Diante da situação que enfrentamos hoje, é uma utopia acreditar que vai ocorrer com tanta agilidade a mudança do cenário que temos nos hospitais da cidade. Os exames ambulatoriais pelo SUS demoram muito e, quando precisamos de exames sofisticados, existem pacientes que morrem na fila por conta da precariedade", diz.
Na opinião do secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, os serviços do SUS devem facilitar o diagnóstico por meio de exames como ultrassom, endoscopia e colonoscopia.
"Outro ponto é apostar na detecção precoce. Quanto mais cedo o médico, na atenção básica, suspeitar de algo, maior pressão haverá para o paciente fazer os exames e iniciar o tratamento", diz.
Esse é o ponto fraco da maioria dos casos. Segundo Rodrigo Almeida de Souza, diretor do Hospital de Base Ary Pinheiro, em Rondônia, o diagnóstico precoce depende do tempo que o paciente leva para procurar o posto de saúde e ser encaminhado a um especialista.
Esse tempo prolongado pode ser determinante, como vive na pele a dona de casa Francisca Camurça, de 53 anos, que faz tratamento contra um câncer de mama em Porto Velho, após quase sete meses de espera pelo resultado.
Sobre o tratamento, Francisca não tem queixas. "Começou rápido, o que demorou foi detectar a doença", lamenta.
Apesar de essas situações de longa espera não parecerem exceção, há casos exemplares de atendimento de câncer no país. Os moradores do interior paulista Conceição Aparecida de Matos e José Gomes Ferreira, de 71 anos, se beneficiaram da rapidez dos serviços oferecidos em Jaú.
Ela, que trabalha como costureira, foi diagnosticada com câncer de intestino e ele, de próstata. Em um mês, Conceição passou por cirurgia e agora faz acompanhamento. José segue o mesmo caminho, e admite que a falta de informação e o preconceito para fazer exames preventivos fizeram com que ele só procurasse um médico aos 60 anos de idade.
No entanto, o atendimento não deve apenas ser rápido, mas também preciso. No caso da professora de Sobradinho (DF) Maria Aparecida Nere, de 53 anos, uma avaliação equivocada poderia ter lhe custado a vida.
Após fazer um autoexame das mamas em 2011, ela suspeitou que estava com câncer no seio esquerdo. Consultou-se com dois ginecologistas do SUS, e eles disseram que era apenas gordura e que não deveria se preocupar, pois "câncer não dói". Mas dois exames feitos no mesmo ano mostraram que os especialistas estavam errados.
Hoje, após fazer cirurgia e sessões de químio e radioterapia, Maria Aparecida espera pelo resultado de uma ressonância magnética – feita em clínica particular – para saber se um caroço identificado no tórax e outro na mama esquerda são novos tumores.

Ajuda influente
O aposentado gaúcho Adão Monteiro, de 66 anos, acredita que só conseguiu o tratamento contra um câncer de próstata porque teve ajuda de um vereador.
Ele esperou 11 meses para tratar a doença, diagnosticada em 2011, e precisou passar por 37 sessões de radioterapia no Complexo Hospitalar da Santa Casa, em Porto Alegre.
"Foi demorado. Se não conhecer ninguém influente, a pessoa morre. Eles não dão bola. (...) É um descaso com o ser humano. Quando a pessoa estiver morrendo, daí eles atendem", desabafa a mulher de Adão, Regiane Alves Monteiro.
Outro entrave vivido por pacientes com câncer é a falta de acesso aos medicamentos necessários ao tratamento, que às vezes não são encontrados no SUS e precisam ser comprados. Adão também passou por isso, e decidiu entrar na Justiça contra a Prefeitura de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde mora, para receber o remédio de que precisava.

Atendimento
Dados do ministério mostram que, antes mesmo da nova lei, 78% dos casos de câncer em estágio inicial já têm sido tratados em até 60 dias. Nos casos de câncer em estágio avançado, esse índice sobe para 79%. As informações mostram ainda que 95% das crianças e dos adolescentes começam a ser tratados dentro desse prazo.
Apesar disso, ainda há uma grande desigualdade de tratamento em cidades mais distantes dos grandes centros urbanos, disse Padilha.

"Queremos reduzir as desigualdades em relação ao tratamento de câncer no país. Queremos que todos sejam tratados em 60 dias" Alexandre Padilha, ministro da Saúde

Se o prazo máximo estiver próximo do fim e o tratamento ainda não tiver começado, os pacientes poderão procurar e cobrar a Secretaria Municipal de Saúde, segundo Padilha.
"Sabemos que será um grande desafio para os municípios cumprirem o prazo, mas é preciso que o cidadão busque informações nos equipamentos de saúde. [...] O ministério também terá uma comissão de acompanhamento de cumprimento dos prazos em todo o país", disse.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães, o paciente ou os familiares também podem ligar para o Disque Saúde (Ouvidoria Geral do SUS), no telefone 136.

Câncer no Brasil
O Inca prevê 518 mil novos casos de câncer em 2013. No ano passado, foram mais de 500 mil diagnósticos de tumores, e o gasto público com internações foi de R$ 806 milhões. Esse é o segundo problema de saúde que mais mata no Brasil, atrás apenas de doenças cardiovasculares.
Entre as mulheres, o câncer que mais mata é o de mama – foram 12.705 casos entre 2010 e 2011, o que representa 15,3% das mortes femininas no país. Já entre os homens, o câncer de traqueia, brônquios e pulmões somou 13.677 casos no mesmo período, alcançando 14,2% dos óbitos.

"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente" Nise Yamaguchi, oncologista

Para Padilha, a população brasileira também precisa melhorar os hábitos como forma de prevenção.
"É um problema de saúde pública que será cada vez mais presente por conta do modelo de vida, da urbanização e do envelhecimento. [...] A prevenção do câncer, antes de mais nada, é não fumar, ter hábitos saudáveis, fazer exercícios", destacou.

'Decisão cautelosa e útil'
Na opinião da oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina e médica dos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein, em São Paulo, a decisão do governo é extremamente cautelosa, útil, e vem da necessidade de agilizar o sistema.
"O câncer não pode esperar, mas o tempo não é o principal fator determinante, e sim a qualidade do tratamento, se ele é correto, coerente. É preciso saber o que se está fazendo, e isso não é imediato, depende da resposta do patologista, de uma biópsia", explica.
Nise diz que, na maioria das situações, dois meses são um prazo razoável. A exceção fica por conta de alguns tipos de leucemia, que avançam mais rápido. Em relação às metástases – quando um tumor se espalha para outros órgãos ou tecidos –, não é possível saber quando elas vão ocorrer, razão pela qual não dá para afirmar se 60 dias são um período seguro ou não.
De acordo com a especialista, na maioria dos países não existe esse tipo de lei.
"Neste Brasil continental, seria impossível dar conta de um prazo menor, pois não adianta uma lei para não ser cumprida. Dentro de um ano é que poderemos avaliar essa medida", diz a médica.

Fonte: Luna D'Alama - Do G1, em São Paulo
*Colaboraram G1 PE, DF, RO, RS,  Ribeirão Preto e Franca, Bauru e Marília, e Campinas e Região



quarta-feira, 22 de maio de 2013


Menina de 18 anos cria algoritmo 

que diagnostica leucemia

Estudante americana desenvolveu ferramenta que identifica casos da doença por meio de determinadas características das células


Brittany Wenger vive em Sarasota, na Flórida, e desenvolveu uma ferramenta capaz de
 diagnosticar a leucemia de linhagem mista

São Paulo – Muitas garotas de 18 anos costumam ouvir música, navegar na internet e ir às compras. No caso da americana Brittany Wenger, a ciência é outro hobby. A estudante desenvolveu uma ferramenta capaz de diagnosticar a leucemia de linhagem mista, uma das formas mais agressivas e menos detectáveis da doença já catalogadas pela medicina.
Wenger criou uma "rede neural artificial" que detecta determinados padrões na expressão genética dos pacientes. "Diferentes tipos de câncer têm diferentes impressões digitais moleculares", explicou ela ao siteMashable. Ao analisar características específicas como tamanho, forma e espessura das células, o algoritmo pode dizer se a pessoa tem leucemia ou não.
A pesquisa que deu origem à nova ferramenta começou quando a estudante tinha 15 anos. Sua prima foi diagnosticada com câncer de mama e Wenger decidiu juntar seus conhecimentos de programação para ajudar na melhor detecção da doença.
Para isso, ela analisou padrões genéticos a fim de identificar quais aspectos estavam presentes em células cancerígenas. O trabalho voltado para o câncer de mama rendeu a Wenger um prêmio de 10 mil dólares pago pelo Google em 2012. Foi um estímulo para ela prosseguir buscando uma solução similar para a leucemia.
Como funciona
Por meio do site Cloud4Cancer, é possível ter uma ideia de como a ferramenta funciona. A plataforma foi criada pela jovem para que o algoritmo ficasse ao alcance dos médicos. Nela, o especialista preenche um breve formulário sobre os aspectos de uma amostra celular previamente recolhida e recebe na hora o diagnóstico sobre o câncer de mama.
Os números do trabalho são animadores. A ferramenta identificou cerca de 99% dos casos de câncer avaliados – índice de sucesso 5% acima daquele oferecido por outros métodos disponíveis no mercado. Ao todo, mais de 7 milhões de testes já foram realizados com o algoritmo em três anos.
"Eu ensinei o computador a responder uma questão simples: o nódulo é maligno ou benigno?", resume Wenger.
O Instituto Nacional do Câncer estima que 52 mil novos casos de câncer de mama foram registrados no Brasil em 2012. Na última semana, a atriz Angelina Jolie, que tinha predisposição genética para a doença, teve suas mamas removidas cirurgicamente para reduzir as chances de contrair a doença.
Assista aqui ao vídeo (em inglês) no qual Brittany fala sobre sua pesquisa sobre câncer de mama que levou à criação do algortimo premiado pelo Google:


Fonte: Saulo Pereira Guimarães, da Exame.com

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Atitude que salva vidas...

" Um pouco de você por uma vida"



As chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são raras - podem chegar a uma em cem mil! Por isso, ao se tornar um doador, você está ajudando a diminuir essa distância.

Qualquer pessoa com idade entre 18 e 55 anos e boa saúde poderá doar medula óssea. Ela é retirada do interior dos ossos da bacia, a...través de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.

Todos os dados são organizados nos Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

O processo de doação é muito simples. Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (05 ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada. Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários. Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação. Seu atual estado de saúde será então avaliado.
COMPARTILHE essa idéia!!Seja um anjo herói na vida de alguém por toda uma vida!

Fonte: Liga da Medula. 
Curta e compartilhe essa ideia: http://www.facebook.com/ligadamedula.ossea?fref=ts

quinta-feira, 9 de maio de 2013

ENCONTRO com Fátima Bernardes
Mães de transplantados contam o que mudou na visão delas sobre o mundo

Assista no link: http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/t/videos/v/maes-de-transplantados-contam-o-que-mudou-na-visao-delas-sobre-o-mundo/2561312/


Alícia com três anos é transplantada de coração.

A pequena Alícia, que tem apenas três anos, contou que está ótima após o transplante de coração.  "Eu tenho que agradecer a quem me doou o coraçãozinho", agradeceu a pequena Alícia em seu breve depoimento.  

segunda-feira, 6 de maio de 2013

“Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!”


"Eu estou disposta a doar, quantas vezes forem necessárias!" Danubia Borges.


Boa noite!
Um depoimento emocionante de uma doadora de Medula Óssea..
"A emoção ainda toma conta de mim, e é complicado tentar colocar no papel algo tão importante assim. Toda vez que tento expressar em palavras o que vivi, lágrimas começam a surgir sem que eu perceba.
Tudo começou há quase dois anos atrás quando um amigo teve aplasia medular, uma pessoa que estava acostumada a salvar vidas. Ele um rapaz jovem, casado, com uma vida toda pela frente, bombeiro por profissão e por amor.
Ali começava a luta da família, foram várias campanhas, foram várias noites sem dormir e dias intermináveis em busca de uma compatibilidade. Ele lutou até o fim, mas infelizmente não acharam.
Em uma dessas campanhas resolvi me inteirar mais sobre o assunto, já que não há uma divulgação e a falta de informação às vezes dificulta muito.
Eu não tinha noção o que era necessário fazer pra tornar uma doadora de medula óssea.
Através das informações passadas pela família me tornei doadora na esperança de um dia poder ajudar alguém.
Meses se passaram e eu no fundo nunca pensei que um dia fosse compatível com alguém.
No mês de fevereiro desse ano pra minha surpresa o pessoal do Hemocentro entrou em contato, dizendo que talvez eu pudesse ser compatível com alguém, pediram então que eu fosse até lá pra fazer uma segunda coleta para que fizessem exames mais específicos.
Assim foi feito. Informaram-me no dia que caso houvesse a compatibilidade o pessoal do INCA entraria em contato.
Dias se passaram e eu mais uma vez achava que não tinha dado em nada. Mas pra minha surpresa o INCA entrou em contato, dizendo que sim, que eu era compatível com uma pessoa que estava precisando, e perguntaram se eu estava disposta a fazer a doação de medula óssea.
Hora alguma eu hesitei, disse que estava disposta sim quantas vezes fosse necessário.
A partir daí começou todo o processo. Eles entraram em contato com o pessoal do Araújo Jorge (aqui mesmo em Goiânia) Associação de Combate ao Câncer do estado de Goiás.
Fiz todos os exames e assinei o termo de responsabilidade aceitando fazer a doação.
Exames entregues, tudo ok, saúde em perfeito estado, era hora de partirmos para a doação.
Marcaram a data da minha internação. Tiraram todas as minhas dúvidas e falaram como seria o procedimento.
Eu tive que doar 2 bolsas de sangue para que depois eu as recebesse de volta no dia da doação.
Internei numa quinta-feira apenas para receber soro e pra que eles me preparassem para o procedimento no outro dia.
Enfermeiros a todo o momento aferiam minha pressão, minha temperatura e com todo cuidado e atenção tentavam me deixar o mais a vontade possível.
No outro dia pela manhã foi feito o procedimento, fui pro centro cirúrgico logo pela manhã.
Foi feito uma medicação para que eu dormisse, tomei anestesia “RAC” não senti absolutamente nada, e acordei no final do procedimento.
Eles fazem dois furinhos minúsculos na região da bacia (furos a ponta de um lápis de escrever) e tiram a quantidade de sangue de acordo com o seu peso.
Voltei para o quarto, recebi uma bolsa de sangue que havia doado durante o procedimento mesmo, e a outra quando já estava no quarto.
O efeito da anestesia passou e a única coisa que sentia era um incomodo da região da bacia, nada de insuportável, pelo contrário (mulheres que já tiveram filho, o incomodo que senti é o mesmo de quando está próximo de dar a luz).
Depois do procedimento os cuidados foram os mesmo, aferiam pressão e temperatura, continuei tomando soro e de repouso.
Só no outro dia pela manhã que recebi alta, o médico passou pra ver como estava e viu que não era necessário nem mesmo fazer mais curativo pois a cicatrização estava ótima.
Então fui embora pra minha casa, com a sensação de ter ajudado alguém, extremamente emocionada.
Pedem para que não peguem peso, e fique de repouso por uns 3 dias. Depois disso a vida volta ao normal. Continuo tomando uma vitamina a base de ferro.
Daqui uma semana, volto ao Araújo Jorge para fazer um hemograma completo, pra ver se está correndo tudo bem.
Difícil tentar descrever tudo o que estou sentindo. Só queria compartilhar com vocês a emoção que sinto nesse momento. Já estou em casa, me recuperando muitíssimo bem.
Uma felicidade extrema de saber que há um alguém, que pra mim não tem rosto, nem nome e nem sobrenome e que nesse momento também pode estar sentindo o mesmo que eu.
Acho que agora eu entendo perfeitamente o porquê deles (INCA) não informarem a identidade nem de quem está doando muito menos de quem está recebendo.
É uma emoção que transborda dos meus olhos todas as vezes que me pego pensando na felicidade dessa pessoa de poder ter esperança de vida!
Pra mim foi tudo tão simples, foi tudo tão rápido e tão gratificante. Doar algo que pra mim não me fará falta e que pra alguém é de uma importância extrema.
Imagino a angústia, a demora e o sofrimento não só dele, mas da família também em busca da cura, em busca de uma compatibilidade, de alguém disposto a ajudar.
Lógico que se possível queria muito conhecer essa pessoa que recebeu a medula, mas só de saber que eu de alguma forma pude ajudar e que ainda consegui levar esperança e assim fazer com que ele desse um singelo sorriso de felicidade pra mim já é o suficiente.
Talvez a gente devesse olhar mais para o lado, respirar outros ares e doar mais.
Doar medula óssea, doar sorriso, doar carinho, doar um simples abraço ou uma palavra de força e conforto.
Obrigada a todos que DOARAM um tempo pra mandar uma mensagem de força e carinho.
Muita coisa passando pela cabeça e no coração, os olhos dizem!
O significado é muito importante, mas os sinônimos também fazem parte:
Doar: Ceder gratuitamente a outrem; fazer doação, dar.
Sinônimos: brindar, ceder, conceder, dadivar, dar, facultar, obsequiar,oferecer, ofertar, outorgar e presentear
“Deve-se doar com a alma livre, simples, apenas por amor, espontaneamente!”
Eu estou disposta a doar, quantas vezes forem necessárias!"
Danubia Borges.


Fonte: Liga da Medula Óssea.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Bebê gerada após seleção genética doa medula à irmã

Maria Clara, gerada após seleção genética doa medula à irmã Maria Vitória, 6

Maria Vitória, 6, nasceu com talassemia major, uma doença hereditária que prejudica a produção de glóbulos vermelhos. A cada três semanas, tinha que receber "sanguinho", termo usado por seus pais para se referir às transfusões frequentes.
Há um ano e dois meses, ela ganhou a irmã que tanto pediu aos pais e que poderia ajudá-la a se ver livre da doença por meio de uma doação de células-tronco.
Maria Clara, a irmã mais nova, foi gerada a partir de um embrião selecionado em um tratamento de fertilização in vitro feito pelos pais.
A seleção buscou embriões sem a talassemia major e compatíveis para um transplante de células-tronco. O procedimento trazia uma chance de até 90% de cura para Maria Vitória.
Por isso, quando a mais nova nasceu, as células-tronco de seu cordão umbilical foram colhidas e congeladas.
Bebê gerada após seleção genética doa medula à irmã
Maria Clara, gerada após seleção genética doa medula à irmã Maria Vitória, 6, que nasceu com uma doença hereditária
Mas, como o número de células-tronco do cordão não era suficiente para o transplante, considerando o peso da mais velha, foi preciso esperar até que a caçula crescesse um pouco mais para que também fossem retiradas as células-tronco de sua medula óssea por uma punção no osso ilíaco, na bacia.
Há 22 dias, o transplante finalmente foi feito. E, nesta semana, apresentou resultados: a medula óssea de Maria Vitória teve "pega", ou seja, passou a produzir suas células de maneira saudável.
Antes de receber o transplante, ela foi submetida a uma forte quimioterapia para "destruir" sua medula óssea doente. As células doadas pela irmã repovoaram sua medula para que ela funcionasse de maneira normal.
A químio causou reações indesejadas, como náuseas e queda de cabelo, mas seu efeito mais grave (e discutido com os pais) é a infertilidade.
Segundo o médico responsável pelo transplante de Maria Vitória, Vanderson Rocha, do Sírio-Libanês, a chance de a menina ter filhos no futuro é pequena porque 95% dos pacientes submetidos a esse procedimento ficam inférteis.
Esse foi o primeiro caso na América Latina de seleção de embriões livres de doenças genéticas e compatíveis para um transplante.
O geneticista Ciro Martinhago foi o responsável pela seleção dos embriões. Segundo ele, o caso abre brecha para que outras doenças também possam ser tratadas dessa maneira, como a leucemia. Depois do nascimento de Maria Clara, Martinhago já usou o método em outros 20 casos, a maioria para talassemia major e anemia falciforme.
Para o médico, o importante é ter a certeza de que a família quer mais um filho, independentemente da ajuda que ele possa oferecer a um irmão doente.
"Não pode haver o desejo de ter o filho para curar o irmão. A criança não pode se sentir usada dessa maneira. Os pais que atendo me dizem que, se não for possível fazer a seleção, vão querer ter o filho de qualquer jeito."

CURA POSSÍVEL
O médico Vanderson Rocha afirma que Maria Vitória será acompanhada de perto por um bom tempo e só será possível falar em cura definitiva daqui a um ano.
Os pais das meninas, porém, já comemoram.
"Sempre pensei que, se houvesse uma chance de cura para a Maria Vitória, eu não ficaria de braços cruzados. Não consigo descrever a sensação de meta cumprida", diz a biomédica Jênyce Reginato da Cunha, 36, mãe das meninas.
A rotina de transfusões começou quando a filha tinha cinco meses. A mãe conta que a menina sempre considerou o procedimento "normal", mas, há um ano, começou a reclamar e a não querer mais se submeter às picadas.
Antes do transplante, ela já vinha apresentando excesso de ferro no fígado, uma consequência das transfusões que pode causar cirrose e insuficiência cardíaca.
Hoje, Maria Vitória terá alta do Hospital Sírio-Libanês, onde fez o transplante e morou durante um mês.
Cansada da rotina do hospital e com saudade da casa da família, em Cerquilho (SP), deixará para trás um quarto todo decorado com adesivos e pôsteres da novela "Carrossel" --especialmente da personagem Maria Joaquina, interpretada pela atriz Larissa Manoela, que ela sonha em conhecer.


Fonte: Folha de São Paulo por Mariana Versolato

quarta-feira, 3 de abril de 2013


Câncer

Número de pessoas que sobrevivem ao câncer deve aumentar 31% até 2022, diz estudo americano

Previsão está em relatório da Sociedade Americana de Pesquisa sobre o Câncer

Célula cancerígena
Célula cancerígena: a taxa de sobrevivênca não é uniforme para todos os tipos de câncer. O câncer de pulmão, segundo tipo mais comum da doença, representa apenas 3% dos sobreviventes (Thinkstock)
A Sociedade Americana de Pesquisa sobre o Câncer (The American Association for Cancer Research, AACR) divulgou nesta quarta-feira o segundo Relatório Anual de Sobrevivência ao Câncer nos Estados Unidos. O documento, publicado no periódico científico da AACR, Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, prevê um aumento de 31% na sobrevivência ao câncer nos Estados Unidos até 2022: de 13,7 milhões de sobreviventes em janeiro de 2012 para 18 milhões dez anos mais tarde.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Cancer Survivors in the United States: Prevalence across the Survivorship Trajectory and Implications for Care 

Onde foi divulgada: periódico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention

Quem fez: Janet S. de Moor, Angela B. Mariotto, Carla Parry, Catherine M. Alfano, Lynne Padgett, Erin E. Kent, Laura Forsythe, Steve Scoppa, Mark Hachey e Julia H. Rowland

Instituição: Instituto Nacional do Câncer (National Cancer Institute), nos Estados Unidos

Resultado: O estudo prevê um aumento de 31% na sobrevivência ao câncer nos Estados Unidos até 2022: de 13,7 milhões de sobreviventes em janeiro de 2012 para 18 milhões dez anos mais tarde
O relatório utiliza dados governamentais do programa Surveillance, Epidemiology and End Results, que recolhe informações sobre câncer na população dos Estados Unidos, e de projeções para o censo populacional do país.
Além do aumento estimado no número de sobreviventes ao câncer, o documento mostra que a sobrevivência não é uniforme para todos os tipos de câncer. Atualmente, mulheres com câncer de mama representam 22% dos sobreviventes, enquanto homens com câncer de próstata correspondem a 20%. Pacientes com câncer de pulmão, o segundo tipo mais comum da doença, representam apenas 3% dos sobreviventes.
"Pacientes com câncer de próstata apresentam quase 100% de taxa de sobrevivência em cinco anos. O câncer de mama teve um aumento expressivo, de 75% em 1975 para quase 89% em 2012. Mas nós precisamos de ferramentas de diagnóstico e tratamentos melhores para o câncer de pulmão", afirma Julia Rowland, diretora do Departamento de Sobrevivência ao Câncer do Instituto Nacional do Câncer, parte do Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos Estados Unidos.
Desafios – De acordo com Julia, o aumento do número de pessoas que sobrevivem ao câncer representará um novo desafio para a saúde pública. Pacientes diagnosticados com câncer terão chances maiores de apresentar outras doenças concomitantes que precisarão ser tratadas. Ela também estima que 16% dos pacientes já terão desenvolvido um tumor anteriormente. "Garantir que esses pacientes tenham vidas longas, saudáveis e produtivas será um desafio para todos nós", afirma.

Fonte: Revista Veja. 27/03/2013
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Células T
Estudo sobre novo tratamento contra a leucemia demonstra avanço

Caso da menina de 7 anos tratada com células T reprogramadas gera esperança em tratamento com modificação genética


Emily Whitehead, não apresenta mais câncer depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados

Cientistas americanos anunciaram nesta segunda-feira o avanço em um novo tipo de terapia celular imunológica que fez desaparecer a leucemia em uma menina usando suas próprias células T reprogramadas para combater o câncer.
O estudo do caso de Emily "Emma" Whitehead, de 7 anos, gera a esperança de um novo caminho contra um tipo de leucemia forte, conhecida como leucemia linfoide aguda (LLA), que poderia inclusive substituir a necessidade de quimioterapia e transplantes de medula óssea algum dia.
Mas a pesquisa publicada na revista New England Journal of Medicine também descreve a tentativa de reprogramar células T ou linfócitos T – os encarregados de coordenar a resposta imunológica celular no nosso organismo – em outra criança que não sobreviveu, apontando para a necessidade de mais estudos para melhorar a terapia que está sendo testada.
A LLA é a forma mais comum de leucemia em crianças e costuma ter cura. No entanto, nos casos das crianças estudadas, tratava-se de um tipo de alto risco que é resistente a tratamentos convencionais, razão pela qual seus pais decidiram que participassem dos testes clínicos deste novo método.
A técnica consiste em eliminar do sangue dos doentes os linfócitos T, principais células do sistema imunológico, para modificá-las geneticamente com a ajuda de um vírus e dotá-las de um receptor molecular que lhes permite atacar as células cancerígenas.
Sem a reprogramação, os linfócitos T não são capazes de combater a doença, mas os cientistas os transformaram em células CTL019 e voltaram a inseri-las nos pacientes, onde se multiplicaram até somar milhares. No caso de Whitehead, elas permaneceram em seu corpo durante meses.
– Emily permanece saudável e não tem câncer 11 meses depois de ter recebido linfócitos T geneticamente modificados que permitiram se concentrar em um objetivo concreto presente neste tipo de leucemia – destacou a Universidade da Pensilvânia em um comunicado.
A segunda criança acompanhada neste estudo de duas pessoas tinha 10 anos e também demonstrou evidências de câncer durante dois meses após o tratamento, mas sofreu posteriormente uma recaída fatal quando o câncer voltou na forma de células de leucemia que não abrigavam os receptores das células específicas que eram o objetivo da terapia.
– O estudo descreve como estas células têm um efeito anticancerígeno poderoso nas crianças – afirmou o co-autor da pesquisa, Stephan Grupp, do Hospital Infantil da Filadélfia, onde os pacientes participaram dos testes clínicos.
– No entanto, também aprendemos que em alguns pacientes com LLA precisaremos modificar mais o tratamento para nos concentrarmos nas outras moléculas na superfície das células da leucemia – acrescentou.
Os cientistas da Universidade da Pensilvânia desenvolveram primeiro esta terapia de linfócitos T para ser utilizada em pacientes adultos que sofriam uma forma diferente de leucemia, conhecida como leucemia linfática crônica (LLC).
Em 2011, um pequeno teste com três adultos já tinha demonstrado um primeiro êxito inicial com o método. Dois desses pacientes ainda demonstram uma remissão do câncer mais de dois anos e meio depois.

Fonte: ZERO HORA



quinta-feira, 21 de março de 2013


Movimento: #doepalavras
Mensagens de FORÇA aos pacientes com câncer



Envie sua mensagem no portal: doepalavras.com.br ou pelo Twitter, acrescentando a hashtag # doepalavras. Realização RC Comunicação e 3bits, com o Apoio da Sone Distribuidora.

terça-feira, 19 de março de 2013

Telão instalado em hospital exibe recados de força enviados por estranhos



Todos sabemos que a palavra tem poder, um deles é o da transformação. Em qualquer situação, palavras ditas na hora certa são capazes de fazer guinadas incríveis em nossa trajetória de vida. E porque não usar o poder da palavra com o poder da inteligência coletiva para incentivar pessoas de forma direta e impactante?
Foi isso que o Hospital Mário Penna de Minas Gerais fez, criou o projeto “Doe Palavras“, para incentivar os pacientes na luta contra o câncer. Pois durante o tratamento, os pacientes que fazem quimioterapia passam horas no hospital recebendo medicação, e para incentivál-los na luta contra a doença, o projeto coloca em telões mensagens enviadas por usuários do Twitter. O projeto ganhou tamanha repercussão, tanto no Brasil quanto fora dele, que será feita uma compilação das mensagens que irão para um livro do projeto e será doado para diversos outros hospitais.
Muitas vezes essas palavras certas são as que dão força e que tem o poder de transformar a maneira como os pacientes enfrentam o câncer. Você também pode mandar sua mensagem de força para essas pessoas, pelo site do projeto ou pelo twitter com a hashtag #doepalavras. Depois de passar por um filtro, ela será exibida em TVs dentro do hospital, nos locais onde os pacientes mais precisam de força – como a sala de quimioterapia.
Por Vicente Carvalho


Confira mais site: http://www.doepalavras.com.br/


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Beto busca apoio da ALRGS para a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula


Deputado foi recebido pelo presidente da AL, Pedro Westphalen. Foto: Fabiana Calçada

O deputado federal Beto Albuquerque, fez uma visita cortesia ao presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado estadual Pedro Westphalen, nesta segunda-feira (25). Acompanhado do deputado estadual Miki Breier e do assessor da bancada socialista na ALRS, Luiz Noé, Beto Albuquerque aproveitou para solicitar ao presidente, o engajamento da Casa na Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula óssea, instituída pela Lei 11.930, sancionada em 22 de abril de 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A semana da Lei Pietro, que leva o nome do filho de Beto falecido em fevereiro de 2009 em razão de leucemia, prevê que todos os anos, de 14 a 21 de dezembro, a doação de medula óssea seja incentivada.
Para o deputado, a semana de mobilização é importante para desmistificar, esclarecer e mobilizar as pessoas a fim de que procurem o Hemocentro e se cadastrem como possíveis doadores. Segundo Beto, ocorrem cerca de 9 mil casos de leucemia todos os anos no Brasil, e o desafio é vencer o pouco tempo que se tem para reagir à doença. “Uma das formas de vencer esse pouco tempo é tendo um grande cadastro de candidatos a doadores de medula. Já agregamos três milhões de doadores através dessas campanhas. Os transplantes dependem da nossa solidariedade”, afirmou.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Saudade é o amor que fica! 

Depoimento de um pediatra e oncologista

“Médico pediatra e oncologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivência e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar.
No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós médicos somos treinados para nos sentirmos “deuses”. Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além. Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim. Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia. Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
-E o que a morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela, quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei “entupigaitado”. Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
-E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: -E o que a saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim…
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo “meu anjo, que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existe saudades! O amor que ficou é eterno.”
Rogério Brandão - Médico oncologista clinico
Fonte ATMO: http://atmo.org.br/

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Neste Carnaval doe sangue, doe medula!

Bonita campanha do Hemocentro da Paraíba, doe sangue e doe medula! Feliz Carnaval! 

Fonte: ATMO - http://atmo.org.br

MEDULA ÓSSEA
Estímulo à doação é tema de Projeto de Lei
Criação e implantação do Programa de Doação de Medula Óssea, pretende desenvolver junto ao funcionalismo público municipal a consciência sobre a importância e necessidade de ampliar o número de doadores de Medula Óssea

Partindo do pressuposto que o Poder Público não pode se eximir de uma questão importante, quanto a doação de medula óssea, que pode vir a salvar inúmeras vidas, o vereador Eduardo Peliciolli (PSB) protocolou um projeto de lei para realizar o Programa de Cadastro de Doadores de Medula Óssea em parceria com o Hemocentro Regional de Passo Fundo, a criação da Semana de Mobilização Municipal para Cadastramento de Doadores de Medula Óssea na data indicada de 14 a 21 de dezembro e ainda desenvolver estímulos para os servidores públicos municipais se cadastrarem no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea - REDOME. “Não podemos mais perder vidas como a de Pietro Albuquerque por que há falta de doadores cadastrados. Nesse exato momento, outros passo-fundenses aguardam por doadores compatíveis”, esclarece Peliciolli. 

O vereador alerta que quando não há um doador aparentado, um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais, a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos semelhantes, mas não aparentados. Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). “Assim, o Programa de Doação de Medula Óssea atuará em parceria com o Hemopasso, em forma de convênio entre a entidade e o poder público. Além disso o programa deverá desenvolver, com a colaboração do Hemocentro as atividades de efetuar campanha de divulgação e esclarecimento junto a todos os servidores municipais da Administração Direta e Indireta com a finalidade de estimular a doação de Medula Óssea, elaborar o cadastramento dos servidores municipais que, voluntariamente, se dispõem a doar a Medula Óssea, expedir aos servidores municipais doadores de Medula Óssea comprovante de inclusão no REDOME, e elaborar uma agenda para coletar o sangue dos doadores, somente com autorização do órgão controlador”, salienta o vereador.

(Vereador Eduardo Peliciolli / FOTO DIVULGAÇÃO)

Peliciolli argumenta que os servidores públicos municipais que se cadastrarem como Doadores de Medula Óssea de forma voluntária, terão como folga do serviço dois dias, sem prejuízo da remuneração ou ao banco de horas, podendo gozar deste benefício junto ao período de férias. “Apesar de crescente, o número de doadores ainda é insuficiente para atender à demanda de pacientes, principalmente, pelo fato da probabilidade de se achar um doador compatível dentro do Brasil ser de um em cem mil. Todo mundo pode ajudar. Para isso é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa”, pontua o vereador.

O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

Fonte: Redação Passo Fundo / DM




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Por que congelar células-tronco?




A moda de congelamento de células-tronco tem se destacado entre os famosos e tem ganhado cada vez mais pais que se preocupam com o futuro dos seus filhos. A técnica é feita no nascimento do bebê e garante que a criança seja tratada com maior eficácia nos casos de doenças ou transplantes de medula durante sua vida. Saiba mais sobre o assunto e veja por que congelar células-tronco.Células-tronco

Doenças que podem ser curadas com as células-tronco

Fonte: Mundo Das Tribos


As células-tronco obtidas através do sangue do cordão umbilical do bebê são muito importantes. Por isso, é essencial que sejam conservadas com segurança e tecnologia. Algumas famosas como Heloísa Perissé, Isabela Garcia e Nívea Stelmann são adeptas as tendências. Durante o nascimento dos bebês, elas foram acompanhadas por um profissional especializado.

Durante o parto, as células-tronco ficam no cordão umbilical, que é coletado pelo profissional em uma bolsa especial. A bolsa é levada para o laboratório, onde ocorre a separação de células vermelhas e plasma das células brancas (onde ficam as células-tronco), que são compactadas e armazenadas em tanque de nitrogênio líquido. O material é congelado em uma temperatura de 196º C negativos. As células são congeladas em um sistema de temperatura decrescente, não congelando de forma brusca.


O sangue do cordão umbilical é congelado, pois possui o mesmo potencial terapêutico que a medula óssea, ou seja, trata doenças relacionadas a cânceres no sangue (onco-hemetológicas). Ele é rico em células-tronco adultas e possui vários benefícios de uso. Como se trata de células novas, que não foram expostas a agentes como poluição, radiação, infecções e outros, em caso de transplantes, as chances de rejeição são menores.


Leucemias, mielomas, linfomas, anemias, osteoporose, deficiências imunológicas, doenças metabólicas e muitas outras. Estudos prometem a cura de diabetes tipo 1, lesões raquimedulares, esclerose múltipla, cerebrais, ósseas e articulares, doenças cardíacas (infarte, insuficiências e chagas) e outras.


No ano de 2010, foi feito um estudo realizado pela Duke University (nos Estados Unidos) com crianças e bebês com paralisia cerebral sugeriu que, quando são tratadas com o sangue do próprio cordão, apresentam melhoras significativas no desenvolvimento motor e de fala. No entanto, esse tipo de uso de células-tronco ainda está sendo testado.


As células-tronco são excelentes para o tratamento de várias doenças. Elas têm sido também grandes apostas para o tratamento de doenças degenerativas. A capacidade regenerativa de uma célula-tronco é muito grande e o tratamento com uso possui maior eficácia. Os médicos acreditam que em um futuro próximo o uso dessas células poderá atuar na regeneração do fígado, coração e outros órgãos que são degenerados com o tempo.