sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Beto Albuquerque comemora os 764 transplantes feitos pelo Instituto de Cardiologia do DF


O vice-presidente de Relações Governamentais do PSB, Beto Albuquerque, participou nesta sexta-feira (23) do ato Celebrando a Vida, na Esplanada dos Ministérios, em comemoração aos 764 transplantes realizados pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), desde o início de sua atuação em 2009, e para destacar a importância da doação de órgãos no Brasil. O evento foi realizado pela instituição em parceria com o Ministério da Saúde e estiveram presentes pacientes transplantados e seus familiares, profissionais do hospital e autoridades que também prestigiaram a banda militar Dragões da Independência.
A menos de três meses para o final deste ano, o ICDF realizou mais transplantes de órgãos do que em todo o ano passado. Até o momento, foram feitos 211 procedimentos em adultos e crianças superando o número de 2015 inteiro – 210 procedimentos. A instituição chegou a ser a primeira colocada no ranking nacional de transplantes nos três primeiros meses de 2016. A meta é a realização de 800 transplantes até o final deste ano.
Para Beto Albuquerque, se declarar para a família como um doador de órgãos é uma atitude nobre. “Ser um doador de órgãos ou se cadastrar para ser um possível doador de medula óssea é um ato de solidariedade na prática. Se a pessoa quiser ser doadora de órgãos, antes que aconteça alguma fatalidade e sua vida seja tirada, comunique seus familiares. Não precisa assinar documento nem registrar em lugar nenhum. Basta aproveitar aquele almoço em família e dizer ’se acontecer algo comigo, doem meus órgãos pra que eles deem vida a outras pessoas’”.
O socialista lembra ainda que é preciso que ocorra morte encefálica para que seja autorizado pelos familiares o transplante de órgãos. “De todas as mortes que ocorrem no país, apenas 1% se encaixam nesse quesito. Por exemplo, no Rio Grande do Sul morrem 80 mil pessoas por ano por várias razões, mas só 800 pessoas têm morte encefálica e, às vezes, as famílias não permitem a doação. Então, não se pode perder esses poucos doadores que surgem”, reforça.
O Brasil é o segundo país que mais transplanta órgãos publicamente em todo o mundo e fica atrás apenas dos Estados Unidos. O ICDF é o único hospital multitransplantador da Região Centro-Oeste e referência nacional em cardiologia de alta complexidade. Além disso, atende pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), de convênios e particulares. “O SUS, no que diz respeito a isso, é o melhor instrumento de financiamento de transplantes do mundo. Aqui no Brasil, 95% dos transplantes de toda natureza são pagos pelo SUS”, destaca Albuquerque.
Beto é padrinho do instituto e explica que inciou sua luta nessa causa após a morte de seu filho Pietro, vítima de leucemia mielóide aguda. Em homenagem a Pietro, foi inaugurada uma unidade do ICDF com o nome dele em 2014, resultado de um projeto do ex-superintendente da instituição, João Gabbardo, que trabalhou junto ao poder público e à equipe médica do hospital para sua construção. Em dois anos de existência, a Unidade Pietro Albuquerque já realizou mais de 130 transplantes de medula óssea e é considerada uma das maiores e mais modernas do Brasil.
“Desde a morte do Pietro, em 2009, isso passou a ser uma agenda prioritária pra mim porque eu não queria que outros pais passassem pelo mesmo que eu. Então passei a me envolver com o assunto em todos os estados”, afirma. Segundo o socialista, o número de brasileiros cadastrados no banco de doadores subiu de 750 mil, em 2009, para mais de 4 milhões atualmente; o banco de medula brasileiro já está interligado ao americano e ao europeu – somando mais de 27 milhões de cadastros de doadores; foram criados, junto com o Ministério da Saúde, dez centros públicos de banco de sangue do cordão umbilical, uma das formas de transplante de medula.
Números
O órgão mais transplantado pelo ICDF, no acumulado dos anos, foi o fígado (238 procedimentos); seguido do coração (151); medula óssea (140) – autólogo, quando são utilizadas as próprias células tronco do paciente, e alogênicos aparentado e não aparentado, quando são utilizadas células tronco de doador compatível; rim (126); córnea (108); e pulmão (2).
O Distrito Federal segue aumentando a quantidade de procedimentos. Alguns fatores como a conscientização das famílias sobre a doação de órgãos e a edição do decreto 8.783, que disponibilizou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para o transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano em todo o país, foram essenciais para esse crescimento.
Como doar medula óssea
Para doar é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Em seguida, procure o Hemocentro do seu estado e se cadastre como doador voluntário. É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros nos estados.

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