sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Hospital Conceição começa cadastro de doadores de medula óssea
Beto anunciou a destinação de R$ 1,5 milhão para a construção do Centro de Diagnóstico. Foto: Serginho Neglia
O Grupo Hospitalar Conceição (GHC) começou nesta sexta (21), dia do encerramento da Semana de Mobilização Nacional para a Doação de Medula Óssea, instituída através da Lei Pietro (11.930/2009), o cadastro de doadores de medula óssea. O lançamento aconteceu no Banco de Sangue do hospital e contou com as presenças do diretor-superintendente do GHC, Carlos Eduardo Nery Paes, diretores da instituição e do deputado federal Beto Albuquerque (PSB), autor da Lei Pietro. O cadastro irá integrar o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), do Instituto Nacional de Câncer, sendo interligado com uma rede internacional de doadores de medula.


Na ocasião, Beto Albuquerque destacou a conquista do GHC, que há três anos vinha pleiteando poder realizar o cadastro de possíveis doadores. “A partir de agora o GHC passa a se a porta para os gaúchos que mais precisam. Encerro a Semana da Lei Pietro mais feliz, pois temos mais um polo que irá agregar muitos doadores de medula óssea”, comemorou. No Rio Grande do Sul apenas três instituições tinham autorização para realizar o cadastro – Hemocentro, Hospital de Clínicas de Porto Alegre e a Santa Casa .


Beto aproveitou a ocasião para anunciar a destinação de R$ 1,5 milhão, por meio de emenda parlamentar ao Orçamento Geral da União, para a construção do Centro de Diagnóstico do Hospital. “O GHC é um hospital público que nos orgulha e que terá condições também de diagnosticar doenças”.
Desde a primeira campanha da Lei, em 2009, o número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. “Precisamos, no entanto, chegar a 10 milhões de doadores de todas as etnias no Brasil para podermos fazer frente à doença”, reiterou Albuquerque. As chances de se encontrar doadores compatíveis também aumentam quanto mais ampla for a amostra genética do banco de dados.
O incentivo ao cadastro como doador é foco do deputado, que perdeu seu filho em 2009, após 14 meses de luta contra a leucemia e na busca de um doador compatível. “Se o governo investisse mais em campanhas de doação, o sistema de saúde pública teria redução nos gastos com tratamento”, aponta.
Conforme o coordenador das Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Grupo Hospitalar Conceição (Cihdotts/GHC), Augusto Capelletti, o número de doadores cadastrados no Redome é de cerca de 3 milhões. Para ele, no entanto, apesar desse número expressivo, muitas pessoas ainda necessitam de doação. “O GHC está ampliando a possibilidade de doadores compatíveis com aqueles que necessitam de transplante para continuar vivendo”, avalia. Ele revela que o Rio Grande do Sul, por ser um Estado com grande miscigenação, favorece a busca por doadores compatíveis. Ainda de acordo com Capelletti, o GHC pretende cadastrar cerca de 130 doadores por mês.
Para fazer o cadastro, o doador, munido de um documento de identidade com foto, deve procurar o Banco de Sangue do GHC, onde informará dados pessoais e fará uma coleta de 5ml de sangue. Num primeiro momento, até o dia 15 de janeiro, o hospital estará priorizando o cadastramento de funcionários do próprio GHC. E, a partir de 16 de janeiro, será aberto ao público em geral. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 17h.


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