terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Beto fala sobre transplante de medula nesta terça-feira na Câmara

O Brasil registrou em 2010 quase seis mil casos de morte por leucemia. Anualmente, cerca de dez mil novos casos são diagnosticados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer. Em muitos deles, a doença só pode ser curada por meio de transplante de medula óssea de doador que possua grande compatibilidade genética com o paciente.
Com o objetivo de desmitificar a doação de medula, o Deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) proferirá nesta terça-feira (18), na Câmara dos Deputados, palestra sobre o tema “Transplante de Medula Óssea”. O evento integra a Semana Nacional de Doação de Medula Óssea, que teve início no dia 14 e segue até o dia 21, e visa incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930 de 2009, que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho de Albuquerque. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença.
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
Depois de instalada, a leucemia progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação.  O diagnóstico inicial é feito por hemograma, mas sua confirmação é necessária pelo exame da medula óssea (mielograma). Nesse exame, retira-se menos de um mililitro do material esponjoso de dentro do osso e examina-se as células ali encontradas.
Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Quanto maior o número de doadores cadastrados, maiores as chances de que seja encontrado um com a medula apropriada”, explica.
Desde a primeira campanha, em 2009, o número de doadores cadastrados no Brasil aumentou de 750 mil para mais de 2,5 milhões. É o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha.
O parlamentar comemora a evolução, mas alerta para a necessidade de conscientizar os doadores cadastrados acerca da importância de que realmente compareçam para doar.  “Cerca de 15% dos doadores compatíveis não comparecem para o procedimento de doação após serem localizados”, lamenta.
Para ser um doador de medula basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.
No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome, juntamente com os dados do doador, que será procurado caso apareça um paciente compatível.
Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
A palestra acontecerá no auditório da TV Câmara, às 16 horas.
Fonte: Elisabeth Dereti e Tatyanna Vendramini – Liderança do PSB na Câmara



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