Doador estava cadastrado no banco nacional, que é ligado ao internacional.
Hospital de Santa Maria é o único a fazer o procedimento no interior do RS.
Desde 1990, transplantes eram realizados apenas entre parentes. Nos últimos anos, mais de dez doadores anônimos também ajudaram pacientes de outros hospitais do país. O anvio do material ao exterior é considerado um avanço. Mais de 300 pacientes com câncer já foram salvos graças a transplantes pelo HUSM.
O doador é um homem com menos de 30 anos, morador da serra gaúcha, que se cadastrou no banco nacional. Ele não pode ser identificado porque a legislação não permite. Como o banco brasileiro está ligado ao internacional, em fevereiro ele recebeu um telefonema informando que havia sido achado um paciente compatível com a medula dele. Em abril, fez os exames e, nesta quinta-feira (12), passou pelo procedimento, que durou uma hora e meia.
A medula óssea, que são células capazes de produzir novas células sanguíneas, foi extraída com uma espécie de seringa dos ossos do quadril. Na sexta-feira (13), a paciente de Istambul, que é uma criança, poderá receber a doação.
"No momento em que ela vai fazer a doação, ela está doando vida para alguém. É uma relação, talvez a mais altruísta que existe. Tu decide que tu vai ser responsável de salvar a vida de quem não conhece, em qualquer parte do mundo", destaca o médico do Centro de Transplante de Medula Óssea do HUSM Cristian Dias Barbosa.
O doador vai ficar em observação no hospital até sexta, por precaução, por causa da anestesia. Depois, vai poder voltar à vida normal, sabendo que as características sanguíneas dele puderam salvar a vida de uma criança.
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