quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Morador do interior do RS doa medula óssea a paciente de Istambul

Doador estava cadastrado no banco nacional, que é ligado ao internacional.
Hospital de Santa Maria é o único a fazer o procedimento no interior do RS.

Do G1 RS
Pela primeira vez, o Hospital Universitário de Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, realizou uma coleta de medula óssea que será doada a uma paciente de Istambul, na Turquia. O HUSM é o único no interior do estado que faz esse tipo de procedimento.
Desde 1990, transplantes eram realizados apenas entre parentes. Nos últimos anos, mais de dez doadores anônimos também ajudaram pacientes de outros hospitais do país. O anvio do material ao exterior é considerado um avanço. Mais de 300 pacientes com câncer já foram salvos graças a transplantes pelo HUSM.
Hospital de Santa Maria faz coleta de medula que será doada a paciente na Turquia (Foto: Reprodução/RBS TV)Hospital do RS faz coleta de medula que será doada
a paciente na Turquia (Foto: Reprodução/RBS TV)
O doador é um homem com menos de 30 anos, morador da serra gaúcha, que se cadastrou no banco nacional. Ele não pode ser identificado porque a legislação não permite. Como o banco brasileiro está ligado ao internacional, em fevereiro ele recebeu um telefonema informando que havia sido achado um paciente compatível com a medula dele. Em abril, fez os exames e, nesta quinta-feira (12), passou pelo procedimento, que durou uma hora e meia.
A medula óssea, que são células capazes de produzir novas células sanguíneas, foi extraída com uma espécie de seringa dos ossos do quadril. Na sexta-feira (13), a paciente de Istambul, que é uma criança, poderá receber a doação.
"No momento em que ela vai fazer a doação, ela está doando vida para alguém. É uma relação, talvez a mais altruísta que existe. Tu decide que tu vai ser responsável de salvar a vida de quem não conhece, em qualquer parte do mundo", destaca o médico do Centro de Transplante de Medula Óssea do HUSM Cristian Dias Barbosa.
O doador vai ficar em observação no hospital até sexta, por precaução, por causa da anestesia. Depois, vai poder voltar à vida normal, sabendo que as características sanguíneas dele puderam salvar a vida de uma criança.

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