segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Governo do RS realiza ato alusivo à Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea



Nesta sexta-feira (18), o Governo do Estado do Rio Grande do Sul realizou solenidade alusiva a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que iniciou na segunda-feira (14). O ato, que acontece no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, contou com a presença do governador José Ivo Sartori, da secretária de Políticas Públicas, Maria Helena Sartori, e dos secretários da Saúde, João Gabardo, e do Trabalho e Assistência Social, Miki Breier, além de deputados e lideranças. Até 21 de dezembro, serão realizadas diversas ações de incentivo ao cadastro da população no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), em todo o Brasil.
A abertura oficial deste ano aconteceu em Recife (PE), onde a força da solidariedade e o engajamento em favor da vida marcaram a cerimônia, no Palácio do Campo das Princesas, com a presença do governador Paulo Câmara e do prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que se cadastraram como doadores. Na quarta-feira (16) foi a vez do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, abraçar a campanha em grande ato realizado na Capital Federal.
A campanha foi instituída pela Lei nº 11.930/09, de autoria do então deputado federal Beto Albuquerque (RS), que ficou conhecida como Lei Pietro, em homenagem ao filho do ex-parlamentar gaúcho. Pietro foi vítima de leucemia mieloide aguda e faleceu após 14 meses de luta contra a doença. De acordo com Beto o foco deste ano é convocar os quatro milhões de cadastrados no País a atualizarem seus dados. “Hoje cerca de 20% dos cadastrados no Redome não são encontrados. Por isso, faço um apelo aos 300 mil gaúchos que estão no Banco de Cadastro para que atualizem seus dados”.
Após a abertura, as irmãs Flávia e Fernanda Lima deram um testemunho emocionante do transplante realizado com sucesso há 17 anos. “É muito bom poder salvar a vida de alguém, ainda mais de uma irmã”, destacou Flávia.
Número de doadores vem aumentando no RS
Em 2009, quando a Lei Pietro foi instituída, o Rio Grande do Sul tinha 45 mil doadores e hoje conta com cerca de 300 mil. Beto revelou que a meta no pais é atingir 10 milhões de cadastrados, pois a chance de encontrar um doador compatível é um em 100 mil. “Essa não é uma meta para ontem, mas é uma meta totalmente possível de atingirmos. É muito importante que o Norte e o Nordeste avancem no número de cadastrados, pois o Brasil tem uma diversidade genética muito bem distribuída”, destacou Albuquerque.
Saiba mais
Este é o sétimo ano de realização da campanha e os resultados alcançados desde o seu lançamento são, para Beto Albuquerque, motivo de comemoração. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, atrás apenas dos registros dos Estados Unidos e da Alemanha.
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2016 o Brasil irá registrar 10.070 novos casos de leucemia, doença que na maioria das vezes somente pode ser vencida com o transplante. Encontrar um doador com a compatibilidade genética necessária é o primeiro obstáculo à cura. De acordo com Beto Albuquerque, há casos em que são pesquisados até cem mil doadores para que seja encontrado um compatível. “Por isso, quanto maior o número de pessoas cadastradas, maiores as chances de que seja encontrada uma com a medula apropriada”, afirma.
A Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.
Para ser doador, basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário. No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

'A medulinha pegou', celebra pais em MG após transplante da filha



"O milagre chegou. Minha medulinha pegou!" foi uma das frases na mensagem publicada por Ione Vilela nas redes sociais para comemorar o sucesso do transplante de medula óssea da filha Isabella, de 6 anos. Era a única solução para a família de Juiz de Fora, que voltou a lutar contra a leucemia neste ano.

O doador, que vive nos Estados Unidos, foi encontrado em outubro. O transplante foi realizado em 24 de novembro no hospital Samaritano, em São Paulo, onde a menina está internada desde 29 de julho para o tratamento.

"Mais uma vez, muito emocionados, vamos dividir com vocês esse momento tão feliz quanto o dia em que a nossa Bebella nasceu. Hoje [quarta] tivemos mais uma bênção de Deus e a medula pegou!! Sabemos que temos um longo caminho pela frente!! Muitas vindas ao hospital, exames... Mas também estamos certos de que Deus continuará abençoando nossos caminhos", explicou a mãe na mensagem.

Isabella foi diagnosticada com leucemia pela primeira vez em dezembro de 2013, quando estava com 4 anos e meio. Após meses de quimioterapia, a doença entrou em remissão em meados de 2014, mas retornou em maio deste ano, quando a menina reiniciou o tratamento. No agradecimento, Ione Vilela ressaltou todos os médicos e instituições onde Isabella foi cuidada em Juiz de Fora e em São Paulo, além das pessoas que abraçaram  a campanha #UmAnjoparaBella em prol do cadastramento de doadores e a pessoa, ainda desconhecida, que permitiu a cura da filha.

"Não seria possível sem o nosso querido anjo doador!! Te amamos!! Não seria possível sem o apoio constante de nossos familiares e amigos! Tudo isso não seria possível sem o apoio de todos vocês que estão junto conosco desde o princípio: orando, ajudando nas campanhas de doação de sangue e medula", publicou Ione Vilela.


Outro caso de sucesso
Também em novembro, o juiz-forano Paulo Sérgio, o Paulinho, de 5 anos, também passou pelo transplante de medula óssea no mesmo hospital em São Paulo. O irmão caçula foi o doador. A família anunciou que a medula pegou no final do mês e agora ele permanece em observação.

Como se tornar um doador
Podem se cadastrar como doadores de medula óssea quem tem entre 18 e 55 anos. A pessoa deve procurar a unidade do Hemominas, levando um documento original e oficial com fotos.

No local, receberá orientação de como é feito o cadastro e o transplante. Será colhida uma amostra de 5 ml de sangue, usada para fazer o exame, que terá o resultado codificado e cadastrado no Redome, o banco de dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

No entanto, os doadores precisam manter os dados atualizados no site do Inca até completar 60 anos, para ser localizado em caso de compatibilidade.

Em Juiz de Fora, o Hemominas funciona na esquina da Avenida Rio Branco com Rua Barão de Cataguases, no Centro. O cadastramento é feito de segunda a sexta, de 8h às 18h. Em caso de dúvidas, as pessoas podem ligar para (32) 3257-3117 ou 3257-3113.

Fonte: G1