quarta-feira, 23 de abril de 2014

BRASÍLIA             | 22.04.2014

Centro de transplante de medula óssea do DF se chamará Pietro Albuquerque

 
 Equipe do ICDF fala sobre nova ala de transplante de medula. Foto: Chico Ferreira


O líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS), visitou, nesta terça-feira (22), as obras da ala destinada ao transplante de medula óssea do Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF). O socialista é autor da Lei nº 11.930, conhecida como Lei Pietro em homenagem ao seu filho, vítima de leucemia mieloide aguda, que faleceu em fevereiro de 2009, após 13 meses de luta contra a doença.

A Lei estabeleceu a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, realizada anualmente entre os dias 14 e 21 de dezembro. Nesse período, diversas atividades são realizadas em todo o País com o objetivo de incentivar o cadastro da população no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

Nesta terça, data em que são comemorados cinco anos de vigência da Lei, Beto foi surpreendido com uma expressiva homenagem, recebida com muita emoção. Durante a visita, o superintendente do hospital, João Gabbardo, comunicou que o novo setor receberá o nome de Pietro Albuquerque, graças, segundo Gabbardo, ao engajamento do parlamentar na luta contra a doença.

Desde a sanção, o número de doadores voluntários aumentou de 750 mil para mais de 3 milhões em todo o País. Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia por ano, doença que, na maioria das vezes, somente pode ser vencida por meio de transplante. “Esse aumento representa uma grande vitória, mas também precisamos trabalhar para que haja condições e agilidade no transplante. É inaceitável que, no Brasil, a pessoa encontre o doador e fique na fila à espera de um leito”, ressaltou Beto.

A inauguração da nova ala do ICDF está prevista para o final do mês de maio. De acordo com a diretora clínica Núbia Vieira, o andar destinado a transplantes de medula óssea tem 1.200 metros quadrados e a previsão é que passe a funcionar com mais de 40 leitos. Segundo o Ministério da Saúde, este será o maior centro de transplantes de medula óssea do Brasil. “Também teremos o atendimento do hospital-dia – quando o paciente já transplantado vem apenas para receber medicamentos, sem necessidade de internação –, com 13 poltronas disponíveis”, acrescentou Núbia.

Atualmente, o hospital conta com apenas dois leitos destinados ao transplante de medula, mas são realizados apenas os chamados autólogos, cujas células, tecidos ou órgãos são retirados da própria pessoa e implantados em um local diferente do corpo. Desde novembro de 2013, já foram realizados 12 procedimentos dessa natureza.

Com a inauguração da nova ala, passarão a ser realizados também os transplantes alogênicos, que consiste na retirada de material de outra pessoa para ser implantada no paciente.

Há cinco anos, o Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia do Rio Grande do Sul assumiu a gestão do ICDF, que enfrentava dificuldades para manter essa estrutura em Brasília. Desde então, o hospital passou a ser referência na região em transplantes como o de coração e o de fígado.

Doença – Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), de origem geralmente desconhecida, cuja principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. Depois de instalada, a doença progride rapidamente, exigindo que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, que inicialmente é feito por hemograma.


Tatyana Vendramini
SAÚDE  | 22.04.2014

Lei Pietro completa cinco anos

Arte: Vagner Campos

Nesta terça-feira (22), a sanção da Lei Pietro completa cinco anos. De autoria do deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), a lei institui a Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea.
Atualmente, o Brasil registra cerca de 10 mil novos casos de leucemia, doença que na maioria das vezes somente pode ser enfrentada por meio de transplante. No Rio Grande do Sul, onde são registrados 1 mil novos casos de leucemia por ano, há 51 mil pessoas cadastradas no banco de doadores de medula óssea.

O parlamentar calcula que é preciso chegar a 300 mil cadastros de possíveis doadores no Estado para que a demanda seja atendida.