Beto Albuquerque cita caso médico e critica falta de leitos na saúde pública
A história de um garoto de dois anos, diagnosticado com leucemia em outubro de 2012, comoveu e, ao mesmo tempo, preocupou o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). Em discurso no plenário Ulysses Guimarães nesta quarta-feira (14), o parlamentar citou o caso do pequeno Pedro Lemos Sanches, cuja família encontrou doador compatível no banco mundial de doadores e lhe deu esperança na luta pela vida.A felicidade do garoto e de seus pais, no entanto, depende de um transplante no Hospital das Clínicas, único em Ribeirão Preto (SP) que presta o serviço. “Esse assunto me tocou muito o coração. O menino Pedro conseguiu o mais difícil, que foi encontrar um doador compatível de medula óssea na Alemanha. A notícia ruim dada ao Pedro e sua família é que não há leito disponível para fazer o transplante. Isso é inaceitável no momento em que discutimos saúde pública”, criticou o socialista.
Beto Albuquerque pediu ao presidente da Mesa que a matéria sobre o drama da família, divulgada pelo jornal “A Cidade”, seja reproduzida em massa nos veículos de comunicação de todo Brasil. “O Ministério da Saúde e a rede hospitalar do País tem que resolver isso. Eu perdi um filho por não achar um doador, e essa criança que encontrou um doador ainda precisa aguardar um leito para fazer o transplante. É uma vergonha”, lamentou o parlamentar.
Assim como Pedro, outras 1.050 pessoas esperam por um doador de medula óssea no Brasil, de acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Rodome).
Seja um doador - Para ser doador de medula basta procurar o hemocentro mais próximo, ter entre 18 e 55 anos e estar em bom estado de saúde. É necessário levar documento de identidade oficial com foto e preencher um formulário.
No ato do cadastro, são coletados cinco mililitros de sangue para análise do código genético de compatibilidade, chamado de HLA (histocompatibilidade). O resultado do exame fica armazenado no Redome, juntamente com os dados do doador, que será procurado caso apareça um paciente compatível.
Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. Se a compatibilidade for confirmada, a pessoa será consultada para decidir sobre a doação.
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