terça-feira, 28 de agosto de 2012

Gastos com tratamento de vítimas de câncer podem chegar a US$ 8 bilhões em 2030



Brasília – Especialistas estimam que até 2030 os gastos com o tratamento de doentes de câncer cheguem a US$ 8 bilhões. Apenas as doenças derivadas do consumo de tabaco podem custar US$ 133 bilhões. Nos Estados Unidos, a estimativa é que sem novas medidas, o número de tumores malignos deve  aumentar 70% até 2030 nos países de rendimento médio e 82% nos países pobres.

No Brasil, pesquisas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que a leucemia é o tipo mais frequente na maioria das populações, correspondendo a 25% ou 35% de todos os tipos, sendo a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) a de maior ocorrência em crianças até 14 anos.

Pelos dados do Inca, os linfomas correspondem ao terceiro tipo de câncer mais comum em países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, correspondem ao segundo lugar, ficando atrás apenas das leucemias.  Só na Índia, 70% das mortes por câncer ocorrem na faixa dos 35 aos 69 anos, reduzindo a vida das vítimas em duas décadas em média, segundo as autoridades do país.

Representantes de várias entidades científicas que pesquisam a prevenção e a cura do câncer defendem que é fundamental ampliar os investimentos em pesquisas e políticas públicas. O diretor do Centro para a Pesquisa Global sobre a Saúde, em Toronto, no Canadá, Prabhat Jha, apelou para que os líderes políticos deem mais atenção ao assunto.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.


Internacional Saúde
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Doadores brasileiros fazem parte de rede mundial


O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) agora faz parte da lista do Bone Marrow Donors Worldwide (BMDW), banco de dados que reúne informações de registros de doadores de medula de 46 países. Dezessete milhões de doadores, entre eles os mais de 2 milhões de brasileiros, estão disponíveis no banco de dados do BMDW.

O BMDW facilita o trabalho dos profissionais que procuram doadores para pacientes que precisam do transplante. Com uma busca preliminar no site do BMDW é possível saber se há doadores para os pacientes e onde estão localizados no mundo. “A entrada do REDOME significa uma diversidade genética importante para os pacientes em busca de doadores”, afirma Luis Fernando Bouzas, diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do INCA e coordenador do REDOME.

Além de ser o terceiro maior registro do gênero do mundo, atrás apenas de EUA e Alemanha, o Brasil se destaca por ter 99,5% dos doadores com os exames de compatibilidade realizados, ou seja, disponíveis para uma busca completa. A Alemanha, segundo maior banco de doadores de medula, tem mais de 4 milhões de cadastrados em seu registro porém apenas 2,7 milhões disponíveis.

Em 2010 o INCA e a Fundação do Câncer firmaram convênio com o National Marrow Donor Program (NMDP), registro de doadores dos EUA, que permitiu que brasileiros passassem a fazer doação também para o exterior. Por meio do convênio com o NMDP, já foram enviadas oito doações nacionais para pacientes de diversos países, como Austrália e África do Sul. A perspectiva é que o número de doações para o exterior aumente com a entrada do REDOME no BMDW.

Fonte: Inca