sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Doadores de medula vão poder se cadastrar pela internet a partir de 2011

Agência Brasil

BRASÍLIA - A partir de janeiro de 2011, o coordenador do Registro Nacional de Doares de Medula Óssea (Redome) do Instituto Nacional de Câncer (Inca), hematologista Luis Fernando Bouzas, espera colocar em funcionamento um sistema de informática que permitirá o cadastramento de doadores pela internet.

Hoje, o acesso é pelo e-mail redome@inca.gov.br. O cadastro é feito por meio dos hemocentros. O Redome está com telefone novo (21 3207-5238) desde o último dia 2. Bouzas destaca a importância da atualização dos dados dos doadores no caso de eles serem chamados a doar sangue para pacientes compatíveis. O telefone serve para obter informações sobre o processo e tirar dúvidas de pessoas interessadas em doar medula.

Já os pacientes que precisam buscar doador são inscritos, via internet, no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme) por seus médicos. Qualquer pessoa na faixa etária dos 18 aos 55 anos pode se inscrever como doadora. Para tanto, em um primeiro momento, deve fornecer seus dados pessoais e fazer a coleta de uma amostra de sangue.

Isso permitirá que o Inca realize testes para determinar a característica genética de cada doador. As informações serão mantidas no banco de dados do Redome e cruzadas posteriormente com os dados dos pacientes. A pessoa cadastrada pode ser chamada para a doação até completar 60 anos.

Bouzas esclarece que a coleta da medula óssea não representa nenhum risco para os voluntários. “É um procedimento seguro. O doador não sofre nenhum tipo de problema ou sequela. Não é tirado nenhum pedaço dele, já que a medula óssea é aquele material líquido, gelatinoso, parecido com o sangue, que tem dentro dos ossos. Não tem nada a ver com a medula espinhal ou sistema nervoso central", explica.

O médico garantiu que a coleta é um procedimento simples. Em três ou quatro dias, a pessoa pode voltar às suas atividades normais. “Não há razão para ficar com medo. Mais de 50 mil transplantes são realizados por ano em todo o mundo”, afirma. Bouzas lembra que a doação de medula pode salvar vidas. “A gente conta com a solidariedade da população para participar do registro."

A doação de medula óssea é vetada, entretanto, a quem teve ou tem doenças transmissíveis pelo sangue, como hepatites B e C ou aids. Também não se pode ter nenhum tipo de câncer, doenças infecciosas ou ligadas à medula óssea. Segundo Bouzas, há cerca de 70 doenças indicadas para transplante de medula. Entre elas, leucemias agudas e crônicas, linfomas, anemias graves e congênitas.

De acordo com o Inca, 30% dos pacientes têm um doador compatível na família, que em geral é um irmão. Os restantes 70% não encontram doador parental e dependem do cadastro do Redome.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nova oportunidade de cadastrar-se como doador de medula óssea

O Hemocentro de Alegrete estará novamente na cidade nesta sexta-feira, dia 5, para uma nova etapa da Campanha Minha Cura Pode Estar em Você. Na oportunidade, as equipes estarão no salão do júri, no Fórum, das 9h às 15h, para cadastrar doadores de medula óssea. O procedimento é simples - bastam cinco mililitros de sangue - e pode salvar vidas. Na mais recente visita do Hemocentro, 200 pessoas foram cadastradas, desta vez serão 300.

Toda essa mobilização teve início a partir de cartazes distribuídos na cidade, em prol da menina Mariana Cuervo Eidt, servidora do poder judiciário em Santa Cruz do Sul, portadora de Leucemia Linfoide Aguda. Com apoio de empresas e entidades, a ideia foi sendo divulgada. A simplicidade do ato e o grande benefício que ele pode trazer também ajudam. Uma das incentivadoras da campanha, a juíza Mirtes Blum estará na quinta-feira no programa Canal Livre, ao meio-dia, na RCCFM, detalhando o assunto.

O sangue coletado no dia da ação é encaminhado para Porto Alegre, onde é analisado. A partir de então, a pessoa é cadastrada no Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea (Redome), órgão atrelado ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os dados são então cruzados com os dos pacientes - se aparecer alguma compatibilidade, o doador é avisado. Aí então é que será feita a coleta da medula, a partir do osso da bacia - procedimento de fácil recuperação. Para o doador, uma indisposição passageira, mas para o paciente a diferença entre a vida e a morte.